
Bolsonaro quer afrontar a sociedade
É natural que o Ministério Público de São Paulo queira autuar pessoas que descumpriram artigos ligados à segurança sanitária durante a motociata de Bolsonaro no último sábado.
É natural que o Ministério Público de São Paulo queira autuar pessoas que descumpriram artigos ligados à segurança sanitária durante a motociata de Bolsonaro no último sábado.
Se há um tipo de político que faz falta no Brasil de hoje, ele é encarnado por Marco Maciel que morreu ontem aos 80 anos, depois de uma longa enfermidade.
Os últimos dias revelaram dados concretos para confirmar o que já se intuía: Bolsonaro é um personagem político que se movimenta mais à vontade nas sombras, à margem das instituições oficiais.
Em mais um movimento que comprova como estamos regredindo como nação, mal conduzida em anos recentes e de maneira calamitosa desde o início do governo Bolsonaro, agora é o futebol que mobiliza o governo federal de maneira completamente equivocada.
O arquivamento do processo de indisciplina contra o General Eduardo Pazuello, sob pressão do presidente Bolsonaro, foi um erro do Comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogueira, gerou insegurança e alimentou suspeitas de que o Exército sucumbiu a um projeto autoritário que está em curso.
Ao pedir que o ministro da Defesa Fernando Azevedo Silva se demitisse, o presidente Bolsonaro se queixou de que não tinha respaldo político por parte de seus ministros militares.
Embora o vice-presidente Mourão tenha falado que a nomeação do general Pazuello como secretário de Assuntos Estratégicos não irá interferir na sua punição, o ato é uma maneira de o presidente Bolsonaro mandar um recado para o Exército.
Tenho escrito muitas vezes que a Covid-19 mexeu em tudo e não sabemos ainda até que ponto chegará.
Todos elogiam e tiram o chapéu à liberdade de imprensa.
“Todos os meus personagens existem” – escreveu Guimarães Rosa
Rita Mazzoni, parente minha e neta de Sebastião Bandeira, contou que Mário de Andrade, certa tarde em que esteve em Araraquara, em uma de suas visitas à chácara de Pio Lourenço, desceu a Avenida Guaianases, hoje Djalma Dutra.