
Um panteão para o país de Lula
A área de comunicação do Planalto, a meio mandato, lança-se à tarefa de mobilização política visando a promoção da nossa auto-estima. Há que se perguntar, entretanto, se o enfoque da campanha vai ao fundo do sentimento do País dos excluídos que ganhou as eleições e se percebe em outra e emergente sintonia nacional. Existe, de fato, para esses setores uma baixa valorização do Pindorama? Ou se está apenas importando a perspectiva do Brasil de salão, gasto pelo eterno recomeço das mesmas promessas? Não há como transferir para o País transfigurado pelo sucesso eleitoral de 2002, esta visão tradicional, frente a uma tomada de consciência que começa com a organização do PT e que vai, degrau a degrau, nas sucessivas campanhas, forjando uma identidade fundadora. Foi a Palácio com Lula, e seu impacto continua ainda a exigir ampla análise.