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Artigos

  • Sentenças e palpites

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/05/2005

    Mania nova que está sendo adotada sobretudo por juízes de primeira instância: dar palpites que nada têm com os autos, fazendo discursos paralelos e até panfletos a pretexto de julgarem ações que entram na Justiça por supostos ou por provados crimes eleitorais.

  • A bomba da aposentadoria

    Diário do Comércio (SP), em 19/05/2005

    Quando ouço um homem ou uma mulher com idade de aposentadoria, fico pensando como irão eles e milhões de outros viverem com a migalha que recebem do INSS.

  • Tango e terrorismo em Brasília

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 18/05/2005

    O desaguisado de Kirchner, no desfecho da nossa cúpula de maior amplitude intercontinental, não perturbou o ambicioso desígnio de Lula. Nem retornaremos ao poço sem fundo das nossas relações com o Prata. Ou ao desgaste do Mercosul, tanto se vá ao cerne da pauta comercial do empresariado brasileiro com o portenho, e se o liberte da condição de refém da nossa persistência protecionista. O arrufo presidencial é de um script que persevera, desde o ano passado, mas passou ao destempero, frente à escala de nosso protagonismo emergente.

  • Os demônios interiores de Machado

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 18/05/2005

    Que fazer com Machado de Assis neste começo de milênio? Como enfrentá-lo? Temos de responder a estas perguntas entre agora e 2008. Parece longe? Está perto. É que, em 2008, estaremos comemorando o centenário da morte de Machado. Elevado pelo país que foi dele e é nosso ao comando mesmo da cultura de uma nação, Machado de Assis inventou o Brasil tal como Dante inventara a Itália e Shakespeare determinara a invenção da Inglaterra. Machado criou cada um de nós, formou-nos, plasmou-nos. Com todas as diferenças de nossa heterogeneidade, somos o que Machado de Assis fez de nós.

  • As causas da esquerda

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/05/2005

    Nunca li nem perdi tempo pensando em Tom Wolfe, que andou por aqui durante a Bienal do Livro, da qual não fiz parte por motivos de saúde. Mas, num jantar no bonito apartamento do Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional dos Editores e Livreiros, o encontrei com seu elegante terno claro, contrastando com a roupa escura dos demais convidados. É magro e tem o rosto bastante enrugado, do contrário poderia parecer o Robert Redford quando faz filme baseado em romance de Scott Fitzgerald.

  • O destino de um técnico

    Diário do Comércio (São Paulo), em 18/05/2005

    Não conheço pessoalmente o banqueiro Henrique Meirelles. Meu território é outro, e, como não tenho mais contas em vários bancos, como nos velhos tempo do Correio Paulistano , não freqüento bancos para descontar títulos, entre as duas fases de pagamento do pessoal.

  • O poema de um povo

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 17/05/2005

    O poema brasileiro por excelência, o poema que fala por nós, que nos representa e que nos fixa para sempre como País que tem alguma coisa de novo para dizer ao mundo - "Invenção de Orfeu", de Jorge de Lima - sai agora em nova edição. Para que chegássemos a essa "Invenção", foram necessários, ao Brasil, mais de quatro séculos de caminho percorrido, de idioma revivido, recriado, recapturado, de experiências dirigidas em várias profundidades, à espera de uma nova seiva de palavras e de sons fornecidos pela terra que é nossa. E o poeta que atingiu esse ponto de desbravamento, Jorge de Lima, teve de percorrer sua própria trilha, durante um bom tempo, em versos de boa feitura, mas ainda não enquadrados no espírito de todo um povo.

  • A amante das letras

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/05/2005

    Merecidíssimo o Prêmio Camões dado, neste ano, a Lygia Fagundes Telles. E olha que tenho convivido com gente que transita, e bem, nos diversos gêneros da literatura, desde a clara e saborosa literatura infantil ao ensaio mais denso, impenetrável.

  • Sul-América e árabes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/05/2005

    A idéia que fez sucesso nos meados do século passado foi a do Mercado Comum Europeu, ou a abolição das aduanas para a circulação de mercadorias, e, paralelamente, a abolição dos vistos em passaportes, ficando o viajante, homem de negócio ou turistas desobrigado a ter o passaporte de uma das nações que integram o mercado comum.

  • A vida breve

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/05/2005

    Mais uma vez, comissão de artistas vai ao governo pedir providências contra a falta de atenção e incentivos à cultura, prometidos durante as campanhas eleitorais, quase que de porta em porta, e esquecidos ou simplesmente negados durante o mandato de cada grupo que chega ao poder.

  • Suando frio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/05/2005

    Suor masculino atrai homossexuais e mulheres, diz estudo. O suor masculino excita o cérebro dos homens homossexuais do mesmo modo como acende luzinhas no cérebro de mulheres heterossexuais, mas deixa insensíveis os homens heterossexuais. No experimento, o suor era colocado em frascos de vidro a 1 cm do nariz. Folha de São Paulo / Ciência, 10.05.2005 

  • Os pecados da carne

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/05/2005

    As diversas religiões e seitas dominantes no mundo oriental sempre estiveram em moda. Não contam com muitos praticantes entre nós, só conheço um, que é monge budista e com quem trabalho diariamente na CBN. É um sujeito bacana, culto e honesto em tudo o que faz e pensa.Mas são inúmeros e crescentes os admiradores do Oriente e de suas religiões. "Ex Oriente lux" -do Oriente vem a luz- um ditado que aprendi em criança. Nos meios artísticos e alternativos, o Dalai Lama é uma espécie de papa, embora sofrendo a concorrência do Santo Daime, que fascina os mais radicais, ou os mais desesperados.

  • Avanços que fazem a história

    O Globo (Rio de Janeiro), em 14/05/2005

    A unanimidade mundial nas exéquias de João Paulo II fizeram de um Papa o símbolo contundente contra a “civilização do medo” que nos rodeia. A seu sucessor, no rastro deste momento único, impunha-se desbordar a expectativa do vai-e-vem entre a conservação e o progressismo. O sorriso novo de Bento XVI no balcão da basílica trazia muito desta quase transfiguração, nas palavras do novo pontífice, tão longe do cardeal Ratzinger, como estrito guardião da fé. Refletiu a humildade radical e o peso descomunal da investidura. Ainda na Sistina, cabeça baixa após os votos, um novo homem se levantava, cativo da escolha esmagadora. O fascinante de agora não é uma prospectiva de embate com a prévia lógica de Ratzinger, mas do que seja, nos tempos modernos, um primeiro Papa, teólogo e intelectual exigentíssimo, neste retorno ao profetismo do Vaticano II.

  • O Guedes

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/05/2005

    Não tenho certeza, posso estar enganado, como sempre, mas creio que foi o primeiro Guedes que conheci, primeiro, único e bastante. Era magro, muito magro. Eu desconfiava que ele era magro porque se chamava Guedes, mais tarde descobri que se chamava Guedes porque era magro.