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Artigos

 
  • A missão do mestre

    Procuramos identificar o aluno ideal. Sempre fica faltando alguma característica. Com o professor é a mesma coisa. Podemos, na modernidade, chegar ao mestre quase ideal, sobretudo a partir da realidade de que a escola mudou. E mudará sempre.

  • Lavando as mãos

    Não se deve brincar com coisas sérias - é um conselho que vem rolando desde o início dos séculos. Motivo mais do que suficiente para não levá-lo a sério, por mais séria que a coisa seja. Essa mania de abandonar crianças, muitas vezes indo além do simples abandono, mas ao crime de morte, está provocando indignação e, ao mesmo tempo, uma louvável solidariedade, com vários casais habilitando-se a ficar com os enjeitados.

  • As esponjas de vespasiano

    De tempos em tempos, gosto de citar Vespasiano, o imperador romano que se tornou notável, entre outras coisas típicas dos poderosos do mundo, porque taxou as latrinas de Roma. Seu filho achou que ele exagerava, foi reclamar e ouviu a famosa resposta: dinheiro não fede -"pecúnia no olet".

  • Maomé, a liberdade e a blasfêmia

    De repente, e não mais que de repente - e da Dinamarca - sai-se para a mais inesperada das pioras no conflito Ocidente-Islão. Não bastasse a derrubada das Torres, a invasão do Iraque, chega agora o Hamas, por irrepreensível maioria democrática, ao comando da Autoridade Palestina e à jura pela derrubada de Israel. Não mais que de repente, irrompe a dita blasfêmia contra o Profeta, após a nitidez com que Bush, no discurso sobre o Estado da União manteve os pressupostos da "civilização do medo", diante do ano novo prometido por Bin Laden. O saudita oferece, por uma vez, um Tratado de Tordesilhas à Casa Branca. Troca a saída da Cabul e do Iraque por uma tranqüilidade a perder de vista para um Ocidente reentrado nas suas fronteiras.

  • Leis e PT. saudações

    No Brasil , fazem-se tantas leis que não temos lei nenhuma. Forjou-se até uma expressão de que "há lei que pega e há lei que não pega". É impossível que haja algum jurista que saiba o que a lei em nosso país proíbe e não proíbe, faz e desfaz. Pior ainda, a lei, que é feita para regular as relações com a sociedade, não permite que ninguém saiba o que a lei obriga ou desobriga ou que regula ou não regula. O que existe é um grande caos. Basta ver que, nos nossos textos legislativos, os artigos mais importantes são aqueles que remetem a outros artigos de outras leis, que por sua vez falam de outros dispositivos de outras leis, as que são revogadas e as que permanecem em vigor.

  • Conto que faltou nas "Mil e uma noites"

    Ninguém me contou. Vi documentário produzido por grupo norte-americano e inglês sobre a invasão do Iraque durante os momentos iniciais, que foram iguais na truculência e na falta de sentido aos de qualquer outra guerra convencional, onde há um invasor e um invadido. Gigantesco avião, desses capazes de transportar Estados-Maiores, tanques, lanchas, peças de artilharia pesada e, evidentemente, bombas de imenso poder destrutivo.

  • FLA X FLU idiota

    A massa de leitores é, por natureza, heterogênea e conflitante entre si. Ao contrário de outros produtos industriais ou comerciais, a leitura dos jornais não chega a ser item indispensável, como o arroz ou o feijão. Mesmo no caso do arroz e do feijão, são infinitas as variedades servidas na mesa do brasileiro, há diversos tipos de arroz e de feijão (preto, manteiga, mulatinho etc.) e também são infinitas as maneiras de prepará-los, desde a feijoada, no caso do feijão, ao risoto de frango, no caso do arroz.

  • Fervedouro no Oriente Médio

    A crise no Oriente Médio está se avolumando e irrompeu depois que o Líbano tombou na ingovernabilidade, desestabilizando sem que seus líderes políticos conseguissem reencontrar o equilíbrio no qual conviverão durante longo período histórico muçulmanos e cristãos.

  • O Congresso e o cálculo da vergonha

    Afinal, afinal, qual é a hora de o Congresso mostrar a cara diante do país, depois da absolvição do deputado Queiroz, de todos os alcances, tamanho família, no valerioduto? Quem será o primeiro pescoço a baixar no alfanje, ciente o Legislativo de que o facilitário de dezembro não pode prosperar, nem vai o país esquecer o bolero do mensalão em todos os seus arranjos?

  • Velho tema

    Desde o princípio de meu interesse jornalístico, no fim de minha infância, que "desgraçadamente" os anos não trazem mais, ouço que Brasil e Argentina são duas nações rivais. Na história das relações de uma e outra há fases de júbilo e de azedume. É um vaivém em que duas nações amigas não raro se têm por questão de somenos importância. Desde a constituição do Mercosul, obra de José Sarney e Raúl Alfonsín, melhoraram as relações dos dois países, mas de vez em quando temos viradas que voltam ao antigo estribilho. Neste momento, a Argentina acaba de ganhar as barreiras que lhe interessam e o Brasil as cedeu.

  • Canas e bananas

    Parece que o presidente dos Estados Unidos descobriu a pólvora depois da roda, a coisa mais descoberta por todos. Disse ele que os norte-americanos têm o vício do petróleo, alertando para o exagerado consumo do produto fóssil, até agora a maior e mais popular fonte de energia industrial.

  • A dança das palavras

    Em boa hora aparece, no centenário de seu nascimento, a reedição de poemas de Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), poeta que se insere na melhor tradição da lírica brasileira ao mesmo tempo em que pode ser colocado no grupo dos que analisaram seu tempo e sua gente com o entusiasmo de um pregador de idéias. Poucos brasileiros do século XX terão tido a qualidade que o distinguia: a do analista apaixonado.