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Artigos

 
  • Leis e PT. saudações

    No Brasil , fazem-se tantas leis que não temos lei nenhuma. Forjou-se até uma expressão de que "há lei que pega e há lei que não pega". É impossível que haja algum jurista que saiba o que a lei em nosso país proíbe e não proíbe, faz e desfaz. Pior ainda, a lei, que é feita para regular as relações com a sociedade, não permite que ninguém saiba o que a lei obriga ou desobriga ou que regula ou não regula. O que existe é um grande caos. Basta ver que, nos nossos textos legislativos, os artigos mais importantes são aqueles que remetem a outros artigos de outras leis, que por sua vez falam de outros dispositivos de outras leis, as que são revogadas e as que permanecem em vigor.

  • Conto que faltou nas "Mil e uma noites"

    Ninguém me contou. Vi documentário produzido por grupo norte-americano e inglês sobre a invasão do Iraque durante os momentos iniciais, que foram iguais na truculência e na falta de sentido aos de qualquer outra guerra convencional, onde há um invasor e um invadido. Gigantesco avião, desses capazes de transportar Estados-Maiores, tanques, lanchas, peças de artilharia pesada e, evidentemente, bombas de imenso poder destrutivo.

  • FLA X FLU idiota

    A massa de leitores é, por natureza, heterogênea e conflitante entre si. Ao contrário de outros produtos industriais ou comerciais, a leitura dos jornais não chega a ser item indispensável, como o arroz ou o feijão. Mesmo no caso do arroz e do feijão, são infinitas as variedades servidas na mesa do brasileiro, há diversos tipos de arroz e de feijão (preto, manteiga, mulatinho etc.) e também são infinitas as maneiras de prepará-los, desde a feijoada, no caso do feijão, ao risoto de frango, no caso do arroz.

  • Fervedouro no Oriente Médio

    A crise no Oriente Médio está se avolumando e irrompeu depois que o Líbano tombou na ingovernabilidade, desestabilizando sem que seus líderes políticos conseguissem reencontrar o equilíbrio no qual conviverão durante longo período histórico muçulmanos e cristãos.

  • O Congresso e o cálculo da vergonha

    Afinal, afinal, qual é a hora de o Congresso mostrar a cara diante do país, depois da absolvição do deputado Queiroz, de todos os alcances, tamanho família, no valerioduto? Quem será o primeiro pescoço a baixar no alfanje, ciente o Legislativo de que o facilitário de dezembro não pode prosperar, nem vai o país esquecer o bolero do mensalão em todos os seus arranjos?

  • Velho tema

    Desde o princípio de meu interesse jornalístico, no fim de minha infância, que "desgraçadamente" os anos não trazem mais, ouço que Brasil e Argentina são duas nações rivais. Na história das relações de uma e outra há fases de júbilo e de azedume. É um vaivém em que duas nações amigas não raro se têm por questão de somenos importância. Desde a constituição do Mercosul, obra de José Sarney e Raúl Alfonsín, melhoraram as relações dos dois países, mas de vez em quando temos viradas que voltam ao antigo estribilho. Neste momento, a Argentina acaba de ganhar as barreiras que lhe interessam e o Brasil as cedeu.

  • Canas e bananas

    Parece que o presidente dos Estados Unidos descobriu a pólvora depois da roda, a coisa mais descoberta por todos. Disse ele que os norte-americanos têm o vício do petróleo, alertando para o exagerado consumo do produto fóssil, até agora a maior e mais popular fonte de energia industrial.

  • A dança das palavras

    Em boa hora aparece, no centenário de seu nascimento, a reedição de poemas de Augusto Frederico Schmidt (1906-1965), poeta que se insere na melhor tradição da lírica brasileira ao mesmo tempo em que pode ser colocado no grupo dos que analisaram seu tempo e sua gente com o entusiasmo de um pregador de idéias. Poucos brasileiros do século XX terão tido a qualidade que o distinguia: a do analista apaixonado.

  • Liberdade de expressão

    Uma charge publicada em jornal da Dinamarca, reproduzida em outros jornais, está provocando protestos (alguns deles radicais) no mundo árabe e, de quebra, uma onda de defensores da liberdade de expressão, que estaria sendo violentada pela reação "do outro lado" da corda.

  • A crise no Irã

    Quando tratado o problema da energia nuclear, tive oportunidade de uma vez escrever que essa energia, de infinitas possibilidades de emprego para a paz, no entanto poderia ser usada para a guerra de maneira amedrontadora. Evidentemente, a energia nuclear não ficaria nunca restrita aos Estados Unidos, à antiga União Soviética e mais tarde por alguns outros países.

  • Roda dos expostos

    "Roda dos expostos" recebia bebês rejeitados até o final dos anos 40. Feitas de madeira, eram geralmente um cilindro oco que girava em torno de seu próprio eixo e tinha uma portinha voltada para a rua. Sem ser identificada, a mãe deixava seu bebê e rodava o cilindro 180 graus, o que fazia a porta ficar voltada para o interior do prédio, onde alguém recolhia a criança rejeitada. Em São Paulo, bastava a campainha soar no meio da noite para as freiras da Santa Casa terem a certeza de que mais uma criança acabava de ser rejeitada.

  • O inferno de nossa desesperança

    Como título de livro, sobretudo de romance, nada mais estimulante e politicamente correto do que "Grandes Esperanças". Não vem ao caso lembrar Dickens, que, além de bom romancista (sem ser exatamente genial), parece que era um homem bom, pelo menos a julgar pela obra que deixou.