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Artigos

 
  • O palhaço Arrelia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/05/2005

    No início dos anos 30 eu morava com meus pais na avenida 8, entre as ruas 1 e 2, em Rio Claro, cidade de ruas numeradas, como as americanas.

  • Alfabeto Digital

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/05/2005

    Os modismos aqui chegam, mas em geral custam a pegar. Desde a época do Descobrimento, as cartas com as novidades demoravam mais de um mês, trazidas pelas valentes caravelas portuguesas. E alguma coisa para virar modismo, naqueles tempos, não era fácil. Como espalhar pela colônia?

  • Que sociedade?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/05/2005

    Não sei não, mas, pelo que se vê e se ouve por aí, a impressão é a de que o Estado não mais representa o povo. A constatação foi feita, recentemente, por Mauro Santayana, no "JB". E ele disse mais: o Estado é uma empresa em falência com os sócios disputando o que resta.De uma forma menos lúcida, o mesmo pensamento rola em editoriais, em colunas -especializadas ou não-, em debates e em mesas redondas na TV, onde nem mais aparece a mesa, que, redonda ou quadrada, foi abolida pelos cenógrafos.

  • A Escola de Morrer Cedo

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 25/05/2005

    Fomos morar no Rio, uma cidade nesse tempo tão fagueira e tão amena. Os sambistas cantavam ''a favela dos meus amores'', num tom ainda sentimental. Nem brincando se pensava então no ''crime organizado'' e, embora as desigualdades sociais fossem crescentes, a miséria não estava tão exposta. E os estudantes, embora meio amotinados, fizeram-me um convite lírico, para que eu fosse falar-lhes sobre os românticos.

  • Baixo astral

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/05/2005

    Nos últimos meses, a rigor desde o segundo mandato de FHC, o principal assunto que canaliza denúncias, cóleras, frustrações e desculpas é a corrupção -em suas diferentes modalidades. Se formos medir em centímetros quadrados de papel o que se publica atualmente, o tema ganha disparado de qualquer outro. Por um motivo simples: não há outro assunto que faça a sociedade discutir, aprovando ou recusando o que diariamente é revelado na vida nacional.Não adianta argumentar que a corrupção é antiga, vem lá de trás, da mais remota Antiguidade, e foi comum a todas as civilizações que se sucederam no palco da história. Acontece que, ao lado da corrupção, coisas importantes foram realizadas, e o mundo rolou para a frente. Só para dar um exemplo: no tempo de Napoleão, havia corrupção em tudo, mas os ideais da Revolução Francesa se expandiram, houve o Código Civil.

  • Viagem longínqua

    Diário do Comércio (São Paulo), em 25/05/2005

    Não há dúvida que o presidente Lula da Silva tem boa imprensa. Os jornais noticiaram que ele empreende viagem à Coréia do Sul e ao Japão, para fazer negócios da bagatela de R$ 1,5 bilhão.

  • Do verso como chuva

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 24/05/2005

    O poeta Waldemar Dias da Cunha, que em vida publicou um livro apenas e deixou, ao morrer, poemas em número suficiente para mais oito volumes, representou e representa a adoção da poesia como forma de conhecimento. Conhecimento pela encantação, conhecimento pela repetição, pelo transe, conhecimento direto, feito bala de revólver que penetra sem cerimônia na realidade, o que transforma o ato de fazer poema num ato de purgação e de curtição. No fundo, um ato religioso.

  • Cachorro atropelado

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/05/2005

    Na semana passada, comentei a sentença de uma juíza que tornou inelegível um dos pré-candidatos à próxima sucessão presidencial. Não entrei no mérito da questão. Não censurei a sentença em si, que pode ser derrubada em instância superior. Dei de barato que a juíza se apoiou em fatos provados ou supostos. Não compete ao jornalista nem ao Estado exercer qualquer tipo de censura.

  • O sucesso da Petrobrás

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/05/2005

    Durante longo período de tempo nas colunas dos jornais que dirigíamos, combatemos a Petrobrás. Para nós, o Brasil não dispunha de reservas do bruto, e não poderia, nunca, ser exportador de óleo, ao contrário do que afirmavam seus técnicos, diretores e outros entusiastas da empresa.

  • Uma triste lembrança

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 23/05/2005

    Secretário de Cultura do Estado, membro da Academia Brasileira de Letras e presidente do Conselho de Comunicação do Congresso O Tribunal do Santo Ofício, abominável em sua essência, operou no Brasil cerca de 240 anos, com a matriz situada em Portugal, onde teve mais de 280 anos de existência. Foram várias as injustiças cometidas contra os judeus, com processos infames e descabidos. Com isso, muitos foram sacrificados e outros viveram na clandestinidade, sem poder professar claramente a sua fé original.

  • Caras e caras

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/05/2005

    Já foi o tempo em que "governar era abrir estradas". De Washington Luiz, autor da frase, a Lula, autor de outra frase -"olhem para minha cara e vejam se estou preocupado"-, as coisas mudaram, acho que para pior.

  • Euclides da Cunha e a Abolição

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/05/2005

    No suplemento de sua edição de domingo atrasado a Folha de S. Paulo publicou dois artigos de Euclides da Cunha sobre a Abolição da Escravatura.

  • O penico de Napoleão

    Folha de São Paulo (Rio de Janeiro), em 22/05/2005

    Como qualquer mortal, ou mesmo imortal, volta e meia questiono meus conceitos e atitudes. Ultimamente, olhando tudo em conjunto, o que fiz de ruim e deixei de fazer de bom, tenho vontade de subir à montanha e pedir clemência, implorar o perdão de todos.

  • Alegria, alegria

    O Globo (Rio de Janeiro), em 22/05/2005

    Pelo menos no dia e na hora em que escrevo, faz um lindo dia outonal, como espero que também neste domingo. Os ares parecem puros, o céu está azul e límpido e a orla da Baía de Guanabara, que fica aqui tão pertinho de onde eu moro, lá permanece em sua formosura esplendorosa e irrespondível. Devemos, portanto, estar felizes. Claro, a bela leitora (não é machismo ou discriminação, são hábitos de antanho, pois diz a lei que sou do tempo dos afonsinhos) e o inteligente leitor (idem) podem ser agnósticos ou ateus, mas também podem fingir por um momento que não são e pensar como de fato o Senhor Bom Deus caprichou ao nos dadivar a nossa terra - e não somente o Rio, é claro, mas tão grande parte de toda ela.