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Artigos

 
  • Como sobrevivemos?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 12/06/2005

    RECEBO PELO CORREIO TRÊS LITROS de produtos que substituem o leite. Uma companhia norueguesa quer saber se estou interessado em investir na produção deste novo tipo de alimento, já que, conforme o parecer do especialista David Rietz, “TODO (as maiúsculas são dele) leite de vaca tem 59 hormônios ativos, muita gordura, colesterol, dioxinas, bactérias e vírus”.

  • A metástase

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/06/2005

    O organismo político da nação está sofrendo de uma doença maligna. Os sinais estão na cara de todos nós, mas, acima de tudo, na cara dos principais envolvidos nos escândalos que estão vindo à tona numa progressão assombrosa. A biópsia, a cargo da CPI dos Correios ou da CPI do "mensalão", mesmo que termine em suculenta pizza, não disfarçará a doença que atualmente corrói a estrutura do poder.

  • A reforma universitária pede passagem

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 10/06/2005

    O segundo texto da Proposta Universitária, antes de qualquer discussão do seu impacto, marca uma definitiva inovação em nossa cultura política. Não temos precedente de uma busca tão profunda das opiniões, discordâncias, teses de fundo, a criar um contraditório deste porte no debate brasileiro. O crédito vai logo, e todo, ao ministro Tarso Genro que tanto recebe, finalmente, a nova versão, tanto não tranca também a busca da última proposta, antes de começar o debate no Congresso Nacional. E a profundidade das trocas de ponto de vista só fez, por outro lado, reforçar o constitutivo essencialmente dialogante do modo de ser do atual situacionismo brasileiro.

  • O sal não salga

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/06/2005

    A "big word" , como dizem os americanos, aqui e agora, é corrupção. É bom ter por perto um "pai dos burros", o dicionário, para ter a exata noção do que se está falando ou do que estão falando. Na etimologia, a palavra vem do latim "corruptus", que tem significado para todo gosto: "estragado, subornado, seduzido". Francisco Antônio, dicionarista de meu tempo de colégio, latim-português, aumenta o leque do emprego de corrupção. É também "viciado, pobre, depravado, falsificado". Com o tempo, perdeu o "s" no francês arcaico e, no português, perdeu e manteve o "p". Com "p" e sem "p", é sempre a mesma coisa.

  • Os amantes de Fausta

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/06/2005

    Não vem ao caso contar como e por que me apaixonei por Fausta. Uma mulher com esse nome não merecia o amor de ninguém, muito menos o de um sujeito como eu, que não sou dado a paixões. A verdade é que, um dia, constatei que estava apaixonado por ela e, em decorrência disso, competia-me conquistá-la. Não chegou a ser uma resolução heróica de minha parte: eu não tinha nada a fazer naquela ocasião, e dedicar-me à conquista de uma mulher cujo nome era Fausta, se não resolvia nenhum dos meus problemas, pelo menos deveria me distrair.

  • A batalha da CPI

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/06/2005

    Chega ser incrível que nessa batalha da CPI dos Correios o presidente Lula está perdendo a sua intuição política, que o conduziu do torno mecânico ao Palácio do Planalto.

  • Genealogia das opiniões

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/06/2005

    Uma pergunta que sempre me faço e acredito que outros também a façam: de que se alimenta a mídia, principalmente os jornais, que não dispõem dos recursos da imagem em movimento e do som?

  • O laicismo religioso

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/06/2005

    Os analistas brasileiros, apressados nas suas observações sobre a derrota do Sim na eleição de domingo, 29, na França, não prestaram atenção um fator poderoso, que, no entanto, não foi levado na devida consideração. Trata-se do laicismo, sobre cuja base foi elaborada a Constituição, pela comissão de juristas presidida pelo ex-presidente Giscard d’Estaing.

  • Sem comentário

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/06/2005

    Do noticiário da semana passada: "Levantamento feito pelo Banco Central revela que, no primeiro trimestre deste ano, os bancos lucraram no país R$ 6,335 bilhões, valor 52% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O crescimento do lucro do setor se explica pelo aumento dos ganhos com tarifas e com juros".

  • Ocorre com a pessoa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/06/2005

    Citei várias vezes o padre Antônio Vieira, uma nota de psicologia humana, que vemos, com, freqüência reproduzida, principalmente na vida pública, no Estado-espetáculo que é o característico da política de nosso tempo.

  • Tempo de poesia

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 07/06/2005

    É com palavras que se fazem poemas. Com palavras e com letras, sons, riscos, traços, mas também com o silêncio. Há um silêncio que segura versos, cesuras, ritmos, tornando-os mais significativos. Sob esse aspecto, a boa prosa e a boa poesia se ligam intimamente quando buscam pelo ser.

  • Antônio Carlos Vilaça

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/06/2005

    É assim mesmo. Morreu Antônio Carlos Vilaça, no sábado, 28 de maio. Apenas uma pequena informação, na seção dos anúncios fúnebres, noticiando o seu falecimento, providência de anônimos que o admiravam. Estava abrigado no asilo São Luís, destinado a idosos sem família e sem recursos, em fase de doença terminal. Durante algum tempo, por iniciativa de Marcos Almir Madeira, ocupava um quarto na sede do PEN Club do Brasil. Com a morte de Madeira, acho que foi despejado e foi parar num asilo.

  • As enchentes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/06/2005

    As enchentes são desses assuntos que, entra ano e sai ano, são presentes na vida dos paulistanos desde a chegada dos jesuítas ao planalto predestinado, que é este, onde vivemos.

  • O não de franceses

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/06/2005

    Foram dois franceses, Jean Monet e Robert Schuman, que tiveram a idéia do mercado comum europeu, hoje União Européia.