Evento
- Outros EventosData e horário:29 de Setembro de 2021 às 16h00Coordenação:Acadêmico Antônio TorresPalestrante:Monha Coen
Especial Coronavírus: Rubens Belfort Mattos Junior, presidente da Academia Nacional de Medicina
Outros EventosData e horário:27 de Setembro de 2021 às 16h00Palestrante:Rubens Belfort Mattos Junior
Notícia
“Pandemia e Espiritualidade” é tema da vigésima sétima mesa-redonda em formato podcast da Academia Brasileira de Letras
Publicada em 29/09/2021
O podcast conta com a participação de Monja Coen.Acadêmica Ana Maria Machado concede entrevista em evento virtual
Publicada em 27/09/2021
A participação da Acadêmica no programa de entrevistas “Conversa com Escritor(a)” aconteceu no dia 24 de setembro e está disponível no Youtube.
Artigo
A Idade da Pedra Lascada
Tribuna Online, em 29/08/2021Estamos, estranhamente, voltando à Idade da Pedra Lascada e ao Pithecantropus Erectus. Mas ao avesso, em robôs e na técnica que supre o trabalho do homem.
Desde a burocracia que nos assoma para o cadastramento de emprego ou de alma, o derruído agendamento (sempre ocupado telefonicamente) nas aposentadorias ou Detran, o aumento ardoroso dos preços de remédios e supermercados, a fome nos aviões, substituída por água, a conselho da Anvisa, quando os tripulantes se fartam no fundo das aeronaves (será preciso um seguro contra a fome, leitores, quando os voos crescem e ela continua?) Mais.
Horta feliz dos versos
Tribuna Online, em 12/09/2021Escreveu o grande Poeta Paul Valéry, que “o melhor do novo é que responde um desejo antigo”. Todos criamos numa tradição.
Assim, toda ruptura se estabelece sobre as ruínas do velho, é uma horta nova com o esterco antigo. E dele, hão de nascer flores e hortaliças. Com a chuva a visitar a horta, ou com seu regar diário, laborioso. E é como brota o poema.
Os Vivos
Tribuna Online, em 19/09/2021“O homem deve ser destruído de novo” – a frase do grande Goethe nos deixa perplexos. Ou “a funda dos homens”- para o Poeta francês Michaux.
Nem uma coisa, nem outra. Porque já não bastam as coisas que oprimem o homem, sejam as forças econômicas na recessão ou sob o império do capital, sejam as forças da natureza na peste, nos terremotos, tempestades, ou desastres.
O novo romance
Tribuna Online, em 26/09/2021Quantas vezes a crítica contemporânea fala da morte do romance, como tantas vezes já ouvi falar sobre a morte da poesia e houve um instante que um notável ensaísta japonês previu o fim da história.
Tudo isso soa estranho, diante da capacidade de cada verdadeiro poeta criar a poesia e cada verdadeiro romancista dar nova versão do romance e mesmo a história, segundo Paul Valéry, é sempre a mesma. A história cansa, como a criação.
O Brasil entre o poder do horror e o horror do poder
O Globo, em 26/09/2021Quando disse que o presidente só podia ser um rato, o boteco quase veio abaixo de tanto riso e palmas, de tanto protesto e vaias
Há tempos que eu não via Joca, meu velho amigo privilegiado, morador de casarão em trecho exuberante da floresta. Se não fosse apenas pelo prazer de vê-lo e ouvi-lo, não podia recusar seu convite para “tomar uma cerveja e saber como andam as coisas no Brasil”. Fui intrigado.
Direita selvagem
O Globo, em 19/09/2021O bolsonarismo existe independente do presidente Bolsonaro. Um dia, como todo ser humano, o presidente se acaba; mas a tropa que ele formar, não
Agora, as vítimas da hora são os adolescentes. Em alguns países, já estão imunizando crianças de 2, 3 anos. Mas, no Brasil, o presidente telefonou para o ministro da Saúde e perguntou que negócio é esse de vacinar menores de idade. O ministro comunicou imediatamente à nação a decisão do chefe. O povo, sobretudo quem tem filhos, ficou perplexo, sem saber o que fazer. Estava indo tão bem!
Quem quer feijão
O Globo, em 05/09/2021Se discursos de Goebbels e Mussolini são o que serve, o presidente deve estar se armando para combater a democracia
No primeiro ano do atual governo, Roberto Alvim era secretário de Cultura num ministério estranho, não me recordo se o de Cidadania, Turismo ou o Não-tem-outro-fica-aí-mesmo. Homem de teatro, Alvim teve então que fazer um discurso solitário e bem ensaiado, não sei mais para que evento. Resumindo, Roberto Alvim teve a infeliz ideia de repetir um discurso do nazista Joseph Goebbels, compadre e amigo pessoal de Adolf Hitler, além de responsável pela Propaganda no governo deste. Alvim também mandou passar, no fundo do que dizia, um trecho de Wagner, acordes que Hitler (e o próprio Goebbels) mandava tocar nos encontros políticos do Partido Nazista.
Ceder a uma tentação?
O Estado de S. Paulo, em 10/09/2021Devo reler ‘A Cidadela’, de A. J. Cronin? Devemos reler os livros que nos encantaram?
Passei por uma livraria, começo da noite, final de semana, e vi na vitrine um romance que me deixou arrepiado. Há quantos anos, e ponham quantos nisso, eu não via uma nova edição de A Cidadela, de A. J. Cronin? Naquele instante, me veio um turbilhão de imagens. Dei tanta entrevista falando de livros que me foram fundamentais e jamais citei A Cidadela. Injustiça de uma memória falha. E um de meus orgulhos é justamente esta memória acionada por cheiros, imagens, brisas, perfumes, sons.
Dilemas legais
O Globo, em 28/09/2021O bom-mocismo do presidente Jair Bolsonaro tem a ver, sobretudo, com a proximidade do julgamento de alguns dos processos que podem atingi-lo e do encerramento da CPI da Covid, que discute internamente como encaminhar o relatório final de maneira que tenha consequências práticas. Há questões técnicas que podem obrigar a CPI a fazer dois ou três relatórios, cada um endereçado a um órgão próprio, como sugere o professor e jurista Aurélio Wander Bastos, que alertou a comissão de que não cabe ao Ministério Público Federal dar seguimento a acusações de crime de responsabilidade.