Só não há uma crise institucional no país porque a presidente Dilma está tratando a disputa entre o ex-presidente Lula e o ministro do Supremo Gilmar Mendes de maneira equilibrada, sem envolver o governo. Da mesma maneira, o presidente do Supremo, Ayres Britto, está cuidando de não dar ao fato a dimensão que ele realmente tem, na tentativa de esvaziar suas consequências.
Nos últimos dias tive a oportunidade de falar sobre o papel da imprensa em situações diversas: ontem, na Academia Brasileira de Letras, encerrei o ciclo de palestras coordenado pelo acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco sob o tema geral de "Eleições e reflexões", falando sobre "os direitos e deveres" da mídia.
Na imprensa portuguesa, vez por outra, publica-se crítica à existência do acordo ortográfico de unificação da nossa língua. Alguns jornais afirmam que os filólogos brasileiros encheram o documento de "bizarrices inúteis", enquanto outros reclamam que a Academia das Ciências de Lisboa, parceira do projeto, errou pelo excesso de "cedências" às hipotéticas pressões neocolonialistas do Brasil. É evidente que nada disso faz sentido. Devemos ter mesmo só uma forma de expressão escrita, para que o nosso idioma passe a ser, estrategicamente, adotado como uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas. Falar é outra coisa. Cada um segue falando de acordo com a sua tradição. Da mesma forma, não se pode defender a existência interna de uma separação linguística, dividindo o falar do rico e do pobre. O Vocabulário Ortográfico, editado pela Academia Brasileira de Letras, tem 370 mil verbetes, o que é uma amostra da sua força e da disponibilidade das palavras para todos. Machado de Assis fez toda a sua extraordinária obra de romancista com o emprego de somente 16 mil vocábulos. Temos uma realidade plurilinguística, considerando-se basicamente que a norma padrão (culta) deve ser respeitada nos códigos escritos, pois são esses que, mais tarde, os estudantes terão que utilizar nos seus diversos concursos. Veja-se o que aconteceu na seccional paulista da OAB. Dentre os 20.237 candidatos (bacharéis em direito), o índice de reprovação foi de 92,8°/o, o que levou o presidente Luiz Flávio Borges D'urso a afirmar que "há pessoas que chegam à prova e não sabem conjugar verbos ou colocar as palavras no plural".
Não são apenas as versões do encontro do ex-presidente Lula com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, no escritório do ex-ministro do Supremo e do governo Lula Nelson Jobim que estão desencontradas. O próprio encontro em si não poderia ter acontecido se vivêssemos em um país sério.
Em virtude do feriado de Corpus Christi, a sessão plenária da próxima semana será antecipada para quarta-feira, dia 6 de junho.
Realiza-se hoje, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., o Seminário Brasil, brasis com o tema “O futuro: midiático ou virtual?”. Com mediação do Acadêmico Marco Lucchesi, a mesa terá como palestrantes Luis Erlanger e Marcelo Tas.
O quarto Ciclo de Conferências da Academia, sob o título “90 anos da Semana de Arte Moderna”, coordenado pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin, terá início dia 5 de junho. A conferência de abertura, “A proposta modernista: ruptura cultural?”, estará a cargo de Eucanaã Ferraz. Dia 12 de junho, o professor Adriano Espínola trata do tema “A proposta modernista: a revolução na palavra”. Em 19 de junho, Luís AugustoFischer discorrerá sobre “Moderno, modernismo e modernidade”, e a conferência de encerramento, “Saldo e legado da Semana de Arte Moderna”, será proferida pelo Acadêmico Domício Proença Filho, no dia 26 de junho.
No dias 14 e 15 de junho, o Acadêmico Ivo Pitanguy participará, na qualidade de convidado de honra, da ExpoGestão 2012, que acontecerá em Joinville. Na ocasião, discorrerá sobre “Preservando a Dignidade do Corpo no Envelhecer”.
O livro inédito de Carlos Drummond de Andrade, descoberto e prefaciado pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin, é matéria de capa da revista Bravo! de junho. Os 25 poemas da triste alegria serão lançados em julho, na FLIP, em seguida à palestra do Acadêmico.
Amanhã, dia 1o de junho, em S. Paulo, os Acadêmicos Evanildo Bechara e Arnaldo Niskier falarão na Academia Paulista de Letras sobre “Usos e abusos na língua portuguesa”.
Num Colégio Eleitoral constituído por cerca de 300 escritores, professores universitários e jornalistas culturais, o Acadêmico Antonio Carlos Secchin, pela quinta vez, foi eleito para integrar o júri intermediário do Prêmio Portugal Telecom. A reunião do júri, para definir os doze finalistas do Prêmio, ocorrerá em São Paulo, no mês de setembro.
No dia 10 de maio de 2012, o Acadêmico Celso Lafer participou do Seminário Internacional “História Contemporânea: Memória, Trauma e Reparação”, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Proferiu palestra sobre o tema Justiça, História, Memória: reflexões sobre a Comissão da Verdade. Em 24 de maio de 2012, proferiu Palestra Magna na II Conferência Nacional do ILA Brasil (International Law Association), realizada na PUC-Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Na ocasião discorreu sobre A Constitucionalização do Direito Internacional.
Nos dias 3 e 5 de junho, o Acadêmico Carlos Nejar representará a Casa de Machado de Assis em João Pessoa, a convite da Academia Paraibana de Letras, quando analisará a obra de Zé Lins do Rego. Nos dias 6 e 10 de junho, o Acadêmico Carlos Nejar participará, em Recife, a convite da Secretaria de Cultura de Pernambuco, do Congresso Internacional de Poesia, apresentando-se em conferência, debates e recital de poemas.
Publicada em 30/05/2012
A coordenação é do Acadêmico e poeta Antonio Carlos Secchin, e a primeira conferência, denominada “A proposta modernista: ruptura cultural?”, esteve a cargo do poeta e professor Eucanaã Ferraz.
Publicada em 30/05/2012
A Academia Brasileira de Letras prestou homenagens na quarta-feira, dia 30 de maio, às 17h30min, ao engenheiro Alberto Monteiro de Carvalho, responsável pela construção do Petit Trianon, em 1923.
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