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Artigo

  • Saudades da velha dominação

    Reuniu-se em Alexandria, por iniciativa estrita de uma entidade da intelligentsia, a Academia da Latinidade, um conjunto de pensadores ocidentais e islâmicos para a crítica do diálogo internacional transformado em retórica política, senão em impostura assumida diante da brutalidade do conflito pós-queda das torres em Manhattam. Não se trata mais de invocar-se o lugar comum do choque e seus vaticínios acadêmicos, mas do entendimento do que seja, de fato, a partir de uma “civilização do medo”, o começo de um universo hegemônico, mal raiado o novo milênio. Não se cogita mais também de discutir o cenário do mundo unipolar, como mera exasperação dos colonialismos, ou das dominações conhecidas, ou repetir os paralelos entre impérios, ao fio todo da história, como a conhecemos até hoje. É escapar a realidade do que agora começa, recorrer-se a comparação entre Roma e Washington ou acreditar que o poder universal como o que constrói o Salão Oval tende a se afrouxar, necessariamente, a largo prazo, e exaurir-se pela própria inércia.

  • Napoleão e o cachorro do Marcelo

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 14/05/2004

    Citação é uma coisa perigosa que necessita de oportunidade e memória. Às vezes, abusamos da oportunidade e muitas vezes podemos ter falhas de memória.

  • Serviço de transportes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/05/2005

    De todas as cidades do mundo que conheço, e são muitas, a que tem o pior transporte coletivo é o Cairo. Os ônibus que circulam na cidade e transportam os cariotas devem ter muitos anos de tráfego, e sempre deficiente.

  • Erro de Bush

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 13/05/2004

    Se Henry Kissinger fosse o adviser de Bush, em lugar de Condolezza Rice, a guerra do Iraque não teria sido deflagrada, tendo ele em suas mãos todas as provas de que Saddam Hussein não possuía o arsenal de armas destruidoras, que serviu de argumento ao presidente para sua aventura, sem duvida fatal. O astuto judeu alemão naturalizado americano, que abriu a China aos Estados Unidos, foi um dos maiores secretários de Estado dos Estados Unidos graças à sua intuição e sua formação universitária.

  • Um estorvo ao brasileirismo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 09/05/2005

    José Veríssimo escreveu há mais de 100 anos sobre características da educação nacional com as quais, em parte, ainda convivemos. A escola deveria ser a cadeia heterogênea que ligasse todos os elementos da Nação. Isso não ocorreu, infelizmente. Permaneceram diversidades de raça, de religião e de costumes. Nossa escola primária, assim, deixou de exercer a devida influência na formação do caráter e no desenvolvimento do sentimento nacional.

  • Assunto único

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 13/05/2004

    Pensamento único é uma droga, mas pior mesmo é o assunto único. Contudo é impossível escapar dele. Não se trata de um sentimento corporativo da classe jornalística, muito menos de pinimba especifica contra um governo que, depois de se mostrar desorientado, começa a se mostrar desastrado.

  • Otto Lara Resende: incansável fazedor de amigos

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 12/05/2004

    Se fosse vivo, Otto Lara Resende teria completado 82 anos em 1º de maio. Na minha própria família, uma prima disse-me, certa vez, que era Otto quem fazia a ponte entre nós todos. O deputado Israel Pinheiro alugou uma casa defronte a nossa, em Copacabana. Experiente político mineiro, Israel era velho amigo e colega de Afonso Arinos na Câmara. Ele costumava dizer que, se o seu partido, o Social Democrático, e o de Arinos, a União Democrática Nacional, não os atrapalhassem, eles resolveriam os problemas políticos ali mesmo, na Rua Anita Garibaldi. Daí a intimidade entre os seus nove filhos e meu irmão e eu, que tomamos de fato, nos longos anos em que nossos pais ali residiram simultaneamente, as duas casas numa só.

  • A alma pequena

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 12/05/2004

    Um dos raros consensos de nosso tempo é o da ausência de heróis, de gigantes na paisagem humana e intelectual deste início de século. Tirante um desportista excepcional, como Ayrton Senna, um mito como Guevara, um personagem polêmico, mas denso, como João Paulo 2º, o cenário em que vivemos é marcado pela mediocridade de atores, de figurinos e de enredos.

  • A herança de Rosa

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 11/05/2004

    Dentro de dois anos comemoraremos o cinqüentenário do lançamento de "Grande sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Deverá a data ser lembrada em ciclos de conferências e seminários sobre o livro e a dimensão da obra rosiana como um todo no contexto da cultura brasileira. Haverá também uma nova edição do romance, com estudos e análises.

  • Ticos-ticos no fubá

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/05/2005

    Não sei como vai terminar (se é que vai terminar mesmo) a briga do governo com o Severino a propósito da agenda da Câmara dos Deputados. Fatalmente haverá barganha, o tradicional, o inevitável toma lá dá cá. Mas a razão está com Severino, por mais que o critiquem e esculhambem por ser um político fora do esquadro, politicamente incorreto, odiado e debochado pela mídia.

  • Nomeação de cabos eleitorais

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 11/05/2004

    Uma das figuras mais sinistras da democracia representativa de sufrágio direto, secreto e universal é o cabo eleitoral. Tipo perfeito para filmes de horror, é o bajulador de um político de relativo prestígio, que tem como profissão o engano dos trouxas, que se deixam ilaquear com promessas que não se cumprirão nunca, sobretudo porque não são prometidas para serem cumpridas no futuro remoto, se o chefão for eleito. Leio no Jornal do Senado (impresso no melhor papel dos jornais do Brasil), que o Senado aprovou a Medida Provisória que criou 2.793 cargos na enxudiosa burocracia do sistema federal. O presidente Lula, formado pelos marxistas-lenistas, quer um Estado extensamente burocrático, e, por MP, não por projeto de lei, impingiu à nação, já sofredora, já sofregante ao peso dos milhões de desempregados, o salário mínimo irrisório, e outras inconveniências, como essa avalanche de cabos eleitorais.

  • Ação sem necessidade

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/05/2005

    Os grandes jornais de São Paulo e Rio de Janeiro, supondo-se que nos demais Estados a situação é igual, publicaram, em uma coluna comum as vinte palavras de texto, que a Coréia do Norte já teria experimentado um foguete portador de ogiva atômica e o Irã, por sua vez, estaria de posse da bomba atômica, e já teria feito experiências subterrâneas de sua eficácia. Os dirigentes de um e outro país malograram na condução dos negócios públicos e no benefício do desenvolvimento, para o bem do povo.

  • O show do livro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 10/05/2004

    Não se tem muita certeza se estamos vendendo mais ou menos livros no Brasil. A desconfiança é de que houve uma queda, produto de uma série de fatores, entre os quais avulta a falta de dinheiro proveniente do desemprego que marca o atual estágio da nossa economia.

  • Cena de rua

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/05/2005

    Durou duas horas, ou mais, a tentativa do amigo em provar que a violência está entranhada no homem desde os tempos da criação do mundo, é peça de nosso equipamento básico, como os rins, o fígado, o esôfago e o piloro. Como prova, citou desde o assassinato de Abel por seu irmão Caim até a chacina da Baixada Fluminense.