Aniversário natalício do Acadêmico Carlos Heitor Cony
Comemorou-se no dia 14 de março o aniversário natalício do Acadêmico Carlos Heitor Cony, que ocupa a Cadeira n. 3 do Quadro dos Membros Efetivos.
Comemorou-se no dia 14 de março o aniversário natalício do Acadêmico Carlos Heitor Cony, que ocupa a Cadeira n. 3 do Quadro dos Membros Efetivos.
Não chegam a 4, mas talvez sejam 40. Fica faltando um Ali Babá que saiba a fórmula mágica que abrirá a caverna cheia de ouro e pedras preciosas, acrescida de um tríplex em Guarujá e um sítio em Atibaia. Em tempo de delações premiadas (premiadas por quê?) e depois da delação de Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado e uma vestal do PT, faltam duas delações que podem acontecer em breve.
Entre as coisas que não entendo —quase todas— estão os critérios ou a falta de critérios das premiações em geral, desde a do prêmio Nobel ao Oscar que anualmente a Academia de Hollywood distribui aos que se destacaram nas várias categorias que compõem um filme: roteiro, ator, atriz, diretor, coadjuvante etc.
Nem o mundo nem o papa estão precisando de minha opinião sobre o próprio papa e o mundo. Também não tenho opinião sobre os US$ 5 milhões que Eduardo Cunha teria recebido como propina. Em princípio, acho muito dinheiro, lembro de um faturador da cia de navegação acusado de embarcar para Paulo Afonso 2 trilhões de tábuas do Paraná e da Finlândia, para o governo fazer um barracão de 18 m² que realmente foi feito com uma enorme faixa: "Obra do governo".
Sou ignorante, entre outras coisas, da política e economia. Apesar disso, a crise atual está tão escancarada que até um Aedes aegypti perceberia. Além dos problemas atuais que envolvem corrupção e falta de rumo do governo, já estamos em arranjos preliminares para a próxima eleição presidencial.
"No grande teatro da vida vão levar mais uma vez a revista colossal: Pierrô, Arlequim e Colombina vão a preços populares repetir o Carnaval." Na voz de Mário Reis, que serviu de modelo para o sucesso de João Gilberto, a marchinha estava em todos os lugares e ruas de Paquetá, onde passei parte da minha infância.
Poucas vezes tivemos crise como a que atravessamos. Não é dramática como a de 1954, que provocou o suicídio de um presidente. Nem sanguinária (até agora), como os golpes de 1964 e 1968.
O lugar comum garante que há gosto para tudo. Em criança, meu objeto de desejo era ser maquinista da Estrada de Ferro Central do Brasil. Adorava os trens, dentro ou fora deles. Minhas preces suplicavam a Deus, aos anjos, arcanjos e serafins, a graça de passar o resto da vida dirigindo as antigas Marias-Fumaças.
Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um estudo sobre a literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a América Latina. Veio entrevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.
Não sou entendido em economia, história, política, na realidade, como alguns leitores já perceberam, não sou entendido nem em mim mesmo. De maneira que não sei a data em que a humanidade começou a existir. Só do aparecimento do homem na Terra, creio que são 8.000 séculos ou algo assim.
Ninguém duvida da capacidade de comunicação do Papa Francisco. Suas demonstrações são inequívocas.
Até agora, não me convenci da moralidade e eficiência da delação premiada, a não ser em caso de guerra declarada contra o inimigo real. Fora disso, a delação pode ser confundida com a tortura ou a chantagem. Há um ditado antigo: condena-se o delatado e despreza-se o delator.
Somente um imbecil poderia afirmar que a esquerda chegou ao poder. O governo do PT é, em muitos sentidos, uma confusa colcha de retalhos, e faltando a costura interior, adotou um desenho eminentemente conservador.
É comum o cronista receber mensagens de leitores criticando o horror que ele expressa pela humanidade. Condenam o pavor que dedico aos homens, mulheres e instituições.
Embora não tenha compromisso com a ciência e a história, o Gênesis, primeiro livro da Bíblia aceita por várias religiões, é o relato literário mais articulado da criação do mundo, acima e afora das teses acadêmicas.