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Artigos

  • A Amazônia é nossa

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 23/03/2005

    Vi contristado, há pouco, as notícias de estudos que ambientalistas, sobretudo norte-americanos, veicularam, em Conferência sobre a Amazônia, a propósito da situação daquela parte importante do nosso território, e que muitos, muitíssimos, teimam em pretender internacionalizar.

  • Universidade e Constituição

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 23/03/2005

    O ministro Tarso Genro tornou a pauta da educação, sem dúvida, a mais relevante, na fronteira das conquistas sociais a que responde, especificamente, o recado do governo. A implementação do Prouni, com o apoio logrado da área pública e, sobretudo, da privada no terceiro grau, representou um avanço qualitativo nas prioridades nacionais do ensino. Tão percutente quanto a do analfabetismo drasticamente reduzido no país, é hoje a da massa de estudantes, mais de um milhão, capacitados à entrada no campus, e barrados pela falta de vagas da universidade pública, e sem recursos para ingressar na particular.

  • Esquecimento injusto

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/03/2005

    Jarbas Vasconcelos, governador de Pernambuco, reclamou do esquecimento do nome de Ulysses Guimarães na recente onda de comemorações dos 20 anos de redemocratização nacional.

  • O preço dos automóveis

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/03/2005

    As montadoras de todos os veículos estão fazendo intensas e caras campanhas para vender seus produtos, os carros que todos querem possuir, quando não os têm, é o que nos informam os dirigentes dos suplementos de carros no mercado. O mercado secundário também está altamente freqüentado aos domingos e não são poucos os compradores de carros usados, a maioria das marcas conhecidas e, quando lhes é possível identificar, o último dono, que lhes constitui uma garantia.

  • A força de Eliot em português

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 22/03/2005

    Há 40 anos morria o poeta considerado por muitos o ponto culminante da poesia no século XX. Foi T. S. Eliot (1888-1965). Eu o chamaria de poeta mais importante de seu tempo.

  • Bola da vez

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/03/2005

    Na semana passada, comentei que o governo federal, de forma ainda confusa, procura limpar o terreno para a reeleição de Lula em 2006. Essa limpeza de terreno, inclui, além da limpeza, a construção do próprio terreno, se é que existe construção de terreno. Na engenharia, o terreno é pré-existente, necessitando apenas de adequação à obra pretendida, estrada ou edifício. Em política, o terreno precisa ser construído, grão de terra por grão de terra, até formar uma superfície aproveitável.

  • A democracia em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/03/2005

    Têm sido realizadas na Europa e nos Estados Unidos pesquisas de opinião, somente entre os jovens, sobre o que pensam eles do estágio atual da democracia ou, se se quiser, das democracias, pois o sistema democrático se nos apresenta sobre várias acepções.

  • O preço da burrice

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/03/2005

    Não deu outra. Na semana passada, comentando o aumento prometido pelo Severino aos deputados, manifestei-me a favor da medida, achando que os congressistas ganham realmente pouco - opinião que contraria a massa infanto-juvenil e moralista da população brasileira, a mídia em primeiríssimo lugar.

  • A comemoração dos 20 anos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/03/2005

    Todos os participantes na comemoração dos vinte anos do retorno da democracia, como a entendemos no Brasil, não estavam convencidos - é a minha suposição - de que estamos, efetivamente, num regime democrático. Basta, como exemplo, a ditadura com nome de presidencialismo do presidente da República, desde que é sua vontade que deve prevalecer; é a do presidente da Republica.

  • Internação, corrente ou aposentadoria

    O Globo (Rio de Janeiro), em 20/03/2005

    No momento em que lhes escrevo, me encontro num estado emocional e psicológico deplorável, quiçá calamitoso. Sei que vocês (nem o governo, aleluia!) não têm nada com isso e minha revelação equivale mais ou menos à que, por exemplo, faria um ator de quinta categoria ou em surto psicótico, explicando à platéia, antes do espetáculo, que sua performance, naquele dia, será inferior à do elenco de um circo falido homiziado num arraial de Cobrobó. As vaias que recebesse seriam mais que merecidas e acredito que também farei jus a vaias (linchamento eu acho um pouco de exagero, embora, na conjuntura em que vivemos, até compreensível, todos andam muito tensos) e penso seriamente em não botar os pés fora de casa neste domingo, nem que seja no interesse de preservar minha mãe de referências desairosas, pela desdita de ter parido um filho como eu.

  • Mar aberto

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/03/2005

    Cena de um filme de Jacques Tati com a qual me identifico: num balneário de classe média, um executivo gordo e careca está boiando no mar, de óculos escuros para se proteger da luminosidade meridional.

  • Bush e os dois ocidentes

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 18/03/2005

    As declarações do começo da semana de Berlusconi a Bush foram peremptórias. A Itália sai, de vez, da ocupação do Iraque, em conseqüência do morticínio pelas tropas americanas do policial-chefe Calpari que cobriu com seu corpo as balas disparadas contra o carro que conduzia Sgrena ao aeroporto. O reconhecimento é claro, de parte do primeiro-ministro. Não podemos mais afrontar a opinião pública que deu honras de herói nacional frente ao Tabernáculo da Pátria, em Roma, ao protetor da refém italiana. É como se na percussão direta de um repúdio de fundo da dita "Velha Europa" se partisse o último elo, ainda, do liame do continente com a cruzada irrompida pelo 11 de setembro.

  • E o 15 que não é de Rachel?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/03/2005

    Rachel de Queiroz marcou a literatura brasileira quando, com "O Quinze", entrou com todo vigor no grupo daqueles que Oswald de Andrade chamou de "os búfalos do Nordeste" -que invadiram a Semana de Arte Moderna com a temática da seca.