
O dragão, a fera da rua larga
Há movimentos aparentemente contraditórios, hoje, no trato da língua portuguesa. De um lado, alguns jovens de escolas da Zona Sul divertem-se em seu computadores economizando vogais ou recriando o que se entende por fonética. O não é naum, assim como você se escreve simplesmente vc. Ainda não percebemos aonde querem chegar, mas o movimento está aí.Como uma espécie de reação, embora difusa, cronistas de jornais consagrados promovem um movimento a seu modo. Resolveram atrair de volta à cena vocábulos que dormiam no esquecimento ou frases que pareciam abafadas num confortável arcaísmo. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o inspirado Joaquim Ferreira dos Santos (O Globo), na crônica "As doces sirigaitas".