
A morte do próximo
É citado com freqüência nos livros sagrados o próximo, a quem o Cristo nos aconselhou a amar como a nós mesmos.
É citado com freqüência nos livros sagrados o próximo, a quem o Cristo nos aconselhou a amar como a nós mesmos.
A caminho do terceiro mês de crise, e como se não bastassem a confusão nacional e a indignação da sociedade, setores mais entusiastas do "quanto mais cuspe melhor" criticam o silêncio dos intelectuais. Uma cobrança polêmica. Nunca os intelectuais falaram tanto, contra, a favor ou mais menos. Falaram e continuam falando mais do que os depoentes das CPIs, as autoridades, os inocentes e os culpados.
Lembro-me com nitidez do primeiro choque do petróleo. Foi em 1973; o bruto passou de US$ 2,50 o barril a US$ 12,00, de um dia para outro. O mundo ficou de joelhos diante dos potentados do ouro negro, esse óleo viscoso, mal odoroso, que domina o mundo. Pequenas nações, sem peso com os grandes problemas no mundo, como a Venezuela e a Colômbia, foram guindadas à altura de potências decisivas.
Nas preocupações da Academia Brasileira de Letras avultam as questões relativas à cultura e à educação do povo e, aí, ganha relevo maior uma competente e bem orientada política da língua portuguesa como fundamento e instrumento da cultura nacional. Se cabem às instituições de ensino o estudo, a pesquisa e a investigação da língua portuguesa em toda a sua dimensão histórica, caberá fundamentalmente à ABL a promoção dos meios e providências necessárias ao cultivo e florescimento da língua escrita padrão ou exemplar, como a entendemos, para efetivar os objetivos traçados pelos fundadores da Casa de Machado de Assis e que estão consagrados, como cláusulas pétreas, no artigo 1º dos nossos estatutos.
Pelos meus cálculos, que nunca são confiáveis, agosto termina hoje. Com sua fama de trazer azar e promover desgostos, criou alguns casos por aí, mas um único fatal, pelo menos até segunda ordem: morreu a Velhinha de Taubaté. Não de causas desconhecidas - como disse o Veríssimo, que deveria saber melhor do que todos nós -, mas por falência múltipla de órgãos.Além dos órgãos que todos trazemos desde o momento de nossa concepção, recentemente a Velhinha havia acrescentado a seu combalido organismo mais três órgãos em forma de Comissões Parlamentares de Inquérito, que parecem estar a caminho da falência.
Estamos assistindo à maior mudança de cargos da história das várias repúblicas nas quais vivemos. O PT, esfacelado, mudou de presidente, sobem e descem membros desse partido que perdeu o rumo e não tem forças para acompanhar a necessidade de ação contínua na gestão dos negócios públicos.
No cinema, na literatura, nas artes plásticas e na música, criou-se a cultura dos prêmios, distribuídos anualmente ou, em casos especiais, para comemorar datas ou eventos, como o centenário de uma cidade ou instituição. Ditos prêmios são geralmente relativos a obras específicas, surgidas em determinado período.
Não há nada mais cauteloso do que o capital. Certo dia, na villa da Cote d’Azu, perguntei à governante onde ela aplicava suas economias, pois, acrescentei, o pé de lã do passado, dos romances do século XIX, já não existe; estamos na era dos computadores e do mercado de capitais, e das grandes empresas cotadas em Bolsa.
Cientistas de Cingapura criaram uma bateria que gera eletricidade a partir da urina. Folha Online, 17 de agosto de 2005.
Não se trata de uma declaração racial. Pelo contrário, sou resultado de abominável mistura de sangues oprimidos, vivesse eu na Alemanha nazista seria potencialmente um promissor candidato aos campos de concentração.
O primeiro "Fico" da História do Brasil foi pedido pelo povo ao príncipe regente, Dom Pedro, o intrépido filho do prudente Rei Dom João VI. Numa exclamação, deu a conhecer a sua decisão: "Se é para o bem de todos e felicidade da nação, digam ao povo que fico". O príncipe ficaria no Brasil, não voltaria a Portugal, como queriam as cortes, e armaria a independência do Brasil.
Discute-se muito a estrutura do ensino, em nosso País. A escola deve ser assim, são tantos alunos por professor, olhe a biblioteca, não esqueça o laboratório. Cotas pra cá e pra lá, métodos como o montessoriano, teorias como a de Jean Piaget. E o resultado disso tudo?Estamos preocupados com o tipo de aluno que sai desse verdadeiro liquidificador. Sobre isso, pouquíssimas discussões. Seria de bom alvitre comparar o aluno de hoje com o de ontem, muito mais respeitoso, embora dispondo de uma soma bem menor de conhecimentos. Os de 30 ou 40 anos atrás não tiveram acesso às inacreditáveis conquistas dos tempos modernos, todas elas naturalmente discutidas em classe, como acontece com as células-tronco, e outras benfeitorias que nos colocam diante da possibilidade da clonagem humana, apesar das restrições de muitas das religiões com as quais convivemos.
Não é mole ser da esquerda -daí que sempre a evitei, como evitei ser da direita ou do centro. Atualmente, ninguém é mais da direita, ela parece uma ficção que só serve para desculpar os erros da esquerda e o oportunismo tático do centro.
Manda a honestidade lhes dizer que esta crônica está sendo escrita com indecorosa antecedência. É porque vou passar uma semana fora e meu computador pequeno, acionado a manivela, deu para sofrer convulsões e acessos de asma, de maneira que não posso mais me fiar nele. Mas a Providência acode os desvalidos e, nos dias que correm, já não é tão temerário antecipar colunas. Não vai haver novidades, exceto algum (alegado) ladrão denunciado e mais negativas da parte dos acusados. De resto, imagino que o panorama continuará mais ou menos o mesmo e, no momento em que escrevo, acredito que o presidente Lula se encontra talvez em Acopiara, no Ceará, usando chapéu e gibão de couro, inaugurando uma cacimba participativa ainda sem água (mas amanhã vai ter), anunciando como o governo dele é o maior de todos, fura-bolos, cata-piolho, como está todo mundo empregado e, finalmente, fazendo com que as mais devotas gastem o dinheiro para a próxima feira em velas aos santos de sua devoção, para ele conseguir vencer a tal Elite, que deve ser um nome difícil para Satanás.
NA SEMANA PASSADA, ESCREVI AQUI sobre o que acontece quando subestimamos os sinais que os problemas nos dão antes de atingirem, com toda a violência, o nosso quintal. Usei, como fio condutor, o livro “A síndrome de Aquiles”, do jornalista Mário Rosa, mostrando que em uma situação crítica, a luta com o inimigo nem sempre pode se basear nos valores que estamos acostumados a cultivar. Hoje, termino este assunto, com a opinião de outros estudiosos (Helio Fred Garcia, professor de Comunicação da Universidade de New York, e Daí Williams, do Eos Career Service, e um texto da University of South Australia). Procurei usar os textos destes especialistas sob o ponto de vista da crise individual, embora a maior parte se refira a eventos políticos e econômicos.