
Falemos de flores
O paraibano Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, Geraldo Vandré, que neste mês completou 75 anos, é uma das figuras mais fascinantes da música popular brasileira.
O paraibano Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, Geraldo Vandré, que neste mês completou 75 anos, é uma das figuras mais fascinantes da música popular brasileira.
Dilma Rousseff é uma pessoa simples e afável. Essa foi a impressão que me deu, ao conhecê-la. Tem uma folha de serviços respeitável no governo Lula e quando secretária no Rio Grande do Sul, mas não é mãe do povo, nem será, como afirma, nem minha mãe, que já tive a minha, insubstituível e faleceu. Penso que se encontra entre as estrelas do firmamento. Nem quero mais mãe alguma, que me basta a vida com sua ternura ou furor, basta a sorte de cada dia, basta a luta de sobrevivência.
Não lhe guardei o nome, o número e o partido. Guardei apenas a cara, uma cara subdesenvolvida. Poderia ser a de um figurante anônimo num filme do Cinema Novo. Durou poucos segundos na tela, mas houve tempo para dar o seu recado: 'Eu sou a solução!'
Michelângelo Caravaggio nasceu na cidade do mesmo nome em 1571, Itália e faleceu em Porto Ercole, no ano de 1610.Revolucionou a pintura com uso de contrastes, entre luz e sombra, com alta dramaticidade, criando quadros que se destacam por lances de brutalidade ou cenas de sangue. Com uma abordagem reflexiva, ora de ódio, ora de terror, ora de culpa, cercado de uma violência que não se amenizava entre o escuro e o rubro, sendo contraditoriamente, com a paixão, um zeloso defensor da Contrareforma.
Desconfio de que já contei esta história em crônica muito antiga, mas de forma incompleta. Agora, com a proximidade das eleições, acredito que ela deva ser relembrada. O escritor Álvaro Lins foi editoria-lista do 'Correio da Manhã', chefe da Casa Civil na Presidência de JK e embaixador em Portugal, onde, aliás, criou um caso internacional dando asilo a um adversário do regime salazarista. Muitos o consideram o crítico literário mais completo do Brasil. Sua entrada na Academia Brasileira de Letras foi uma noite memorável, pois chegou atrasado duas horas para a cerimônia. Em Lisboa, ele decidiu visitar a Suíça, sendo ali recebido com todas as honras. Na manhã do seu primeiro dia em Genebra, depois de ler os jornais locais, deu um giro pela cidade em companhia de um funcionário do governo. Andou pelas ruas, de carro e a pé.
Em Brasília o clima tem sido denso de fofocas, expressão popular que os comentaristas políticos, sérios, conspícuos, traduzem por "tensão". E aqui entre nós, as tensões têm sido muitas e graves: quebra de sigilo na Receita Federal, escândalos na Casa Civil, longuíssima e inútil discussão no Supremo Tribunal Federal sobre a lei da Ficha Limpa, nepotismo diversificado e, menos recente, o mensalão envolvendo parlamentares, prisão de políticos, desentupido tráfico de influência, corrupção em várias modalidades e por aí vai.
Neste domingo, às 18 horas, graças ao dinâmico Santander Cultural e à fantástica Aliança Francesa, terei uma missão gloriosa: participarei de um debate com o grande cineasta israelense Amos Gitai e seu produtor, Laurent Truchot. Gitai veio de um festival sobre sua obra, realizado no Rio, e aqui encerrará a Mostra Especial que reúne vários e importantes filmes, marcos de uma carreira marcada pelo talento e pela coragem.
Tudo bem. Apesar das trapalhadas dos últimos dias, as eleições foram calmas e os resultados mais ou menos previstos: a queda de Dilma e a subida de Marina. Mais uma semana e ela poderia entrar no segundo turno.
Foi uma comemoração singela, de acordo com a personalidade da homenageada. A professora Edília Coelho Garcia, ao completar os seus primeiros 90 anos de vida, como se disse no belo cartão que lhe foi entregue, na Casa de Julieta Serpa, no Rio, falou um pouco sobre as lembranças e as esperanças que ainda tem em relação a educação brasileira. Não escondeu o seu tradicional e conhecido espírito crítico: “Se não forem feitas mudanças substanciais, será difícil encontrar o caminho que nos leve ao crescimento desejado.”
O Papa acaba de realizar na Inglaterra viagem exemplar para dizer da sua lição sobre modernidade e secularização. Bento XVI, pouco dado a viagens, ao contrário de seu antecessor, tem buscado lugares canônicos para desenvolver esta visão contemporânea da Igreja, diante dos conflitos culturais emergentes da "guerra de religiões" ou, sobretudo, do confronto entre ciência e crença centrado na profunda discussão sobre o relativismo contemporâneo e os novos embates entre a fé e o conhecimento.
Nem sempre escolho os livros que devo ler. São eles que me escolhem, me chamam da prateleira de uma livraria, e muitas vezes os compro sem saber qual a razão; mas cada um deixa sempre algo importante. Recentemente abri ao acaso alguns volumes de minha pequena biblioteca, e copio trechos sublinhados;
Companheira dos usuários, a língua participa dos acontecimentos e mudanças históricas por que eles passam, sucessos ou fracassos. A língua portuguesa, transplantada à América por nossos descobridores e colonizadores, chega ao Brasil no século 16 num momento promissor.
Até ontem, o DMLU já tinha recolhido mais de 80 toneladas de cartazes, de santinhos, de panfletos diversos, um reflexo do peso do marketing político na campanha eleitoral. Pode ser um alívio, mas algumas coisas talvez deixem saudade. Por exemplo: as fotos dos candidatos sorrindo.
Há uma série de comemorações dos centenários de figuras ilustres da vida brasileira. Depois de Rachel de Queiroz e Aurélio Buarque de Holanda, agora é a vez de ser relembrado o que Carlos Chagas Filho representou para a nossa ciência. Foi o que fizemos, na Academia Nacional de Medicina, a convite do seu presidente, Pietro Novellino.