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Artigos

 
  • Enfim, apareceu

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/11/2005

    Quem acompanha a história econômica e política do Brasil dos últimos 50 ou 60 anos sabe que o Banco do Brasil tem tido uma participação importante nas crises políticas de vários governos republicanos. Em uma delas, levou Getúlio Vargas ao suicídio e exumou para a opinião pública os bastidores de uma trama político-partidária-institucional que envolveu toda a vida pública brasileira numa crise que até hoje ainda tem repercussões. Isto porque o Banco do Brasil foi em vários governos, desde o último até o menos recente, o grande estabelecimento bancário de apoio à economia nacional e foi usado para fins insatisfatoriamente condenados.

  • Presença de Angola

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 08/11/2005

    Dou as boas-vindas à escritora angolana Isabel Ferreira, que teve agora seu livro "Fernando D'Aqui" editado no Brasil e vem, com ele, revelar a luta pela adaptação de uma língua européia à literatura nacional de seu país.

  • Saudavelmente corretos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/11/2005

    Jornal aqui do Rio publica foto do local onde vivia um dos traficantes mais procurados pela polícia carioca, um tal de Sassá, 34 anos, que lidera o tráfico em 11 favelas, responsável pela maioria dos confrontos que provocaram interdições nas linhas Vermelha e Amarela.

  • Paris em chamas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/11/2005

    Passei em Paris e na Côte d’Azur 15 dias. Fui espairecer com civilização e cultura na mais encantadora das regiões que conheço, onde passei os melhores anos de minha vida. Venho falar de Paris por chegar de lá e dos reencontros entre polícia e populares, a primeira defendendo a ordem e os segundos querendo como, se vê, a desordem.

  • A ópera dos camundongos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/11/2005

    Camundongo pode cantar, afirma estudo. Os camundongos machos se põem a vocalizar quando as fêmeas estão presentes. Emitem melodias relativamente complexas, que parecem variar de indivíduo para indivíduo. Folha Ciência, 1º de novembro de 2005 

  • Para mais ou para menos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 31/10/2005

    Hoje, 45% dos brasileiros votariam em Serra no segundo turno e 41% em Lula, no limite do empate técnico -a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.Folha Brasil, 23 de outubro de 2005 

  • A taxa de juros de sempre

    Diário do Comércio (São Paulo), em 31/10/2005

    A taxa Selic já deu o ar de sua sua graça, reduzindo os juros em meio ponto, considerada baixa pelo presidente Lula. Sabemos de sobra que a taxa de juros está ungida à fórmula de combate a inflação, essa praga que ainda nos provoca e é indesejada por todos e em todas as classes sociais.

  • A bela Helena

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 31/10/2005

    Noite do último sábado. Repetindo um macete atribuído aos gregos, policiais disfarçados aqui do Rio instalam seu cavalo de Tróia na Rocinha. Alugam um barraco na zona do tráfico mais pesado da mais pesada favela carioca. Pela fresta de um aparelho de ar refrigerado, vêem o ponto onde mais se vende droga naquele morro.

  • Conselho de leitura

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 30/10/2005

    Sofremos, mas insistimos. É antiga a luta pela melhoria das condições de oferta de livros à sociedade brasileira. Primeiro foi uma longa fase de colonialismo cultural. Éramos escravos de obras produzidas na Europa e que influenciaram nossos maiores escritores. Portugal e França se revezaram nessa espécie de imposição, agravada pelo fato de que o Brasil foi proibido, até 1808, de ter suas próprias gráficas.

  • Leite derramado

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/10/2005

    Até onde vai minha memória, em meus muitos anos de crônica, nunca passei uma semana falando de um só assunto. Mas o referendo do último domingo tanto me espantou que aqui estou eu para comentá-lo mais uma vez, sem a autoridade de ter tomado parte nele, nem ativa nem passiva, antes pelo contrário.

  • Salvando a pátria

    O Globo (Rio de Janeiro), em 30/10/2005

    Sobrolho franzido, ar tão grave quanto lhe permitem os bermudões e as sandálias velhas, o escritor abandona de supetão o teclado e resolve descer à rua. Está difícil escrever hoje, nesta primavera londrina que o Rio de Janeiro tem vivido, com o céu sempre carregado e o sol foragido. Paradoxalmente, o que aflige o escritor não é o que, pelo menos de acordo com o folclore do ramo, volta e meia se abate sobre os que escrevem com obrigação e prazo, ou seja, a famosa falta de assunto. É justamente o contrário, é o excesso de assuntos. E, na distante juventude, tempo em que se estudava latim, ele aprendeu que quod abundat non nocet - o que abunda não faz mal. (Carece de suporte linguístico a tradução, corrente nessa época, por “quando a bunda não é nossa”.) Portanto, não teria razão de queixa.

  • Endireitando as coisas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/10/2005

    Parece um ato falho da esquerda nacional: volta e meia clama pela necessidade de "endireitar" as coisas, ou seja, endireitar a vida nacional, o Congresso, o sistema como um todo, os indivíduos em particular.

  • O supremo entra na crise

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 28/10/2005

    Talvez não exista critério mais claro da chegada da crise aos seus limites que de uma intervenção inovadora do Supremo no usar, ao lado da guarda da Constituição, o seu poder de normalização do sistema. Nessas interpretações extremas do que seja manter a Carta Magna do País, a Corte se investe da latitude que lhe permita este valor profundo pelo nosso Estado de Direito. Ela não está vinculada ao espartilho das súmulas, nem deixa de levar a interpretação da lei que recomenda o melhor direito romano, no respeito ao bem comum. Há um intrínseco poder moderador da mais alta Corte, que se exerce em favor da estabilidade geral da nação, quer contendo o fio do legalismo extremo, quer não fugindo à norma inovadora, rebelde ao precedente.

  • Como não ter raiva

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/10/2005

    Lourival Batista, um estreito amigo e experimentado político de Sergipe, sempre me dava um conselho, que era um pouco inútil, uma vez que eu já praticava esse comportamento: "Não tenha raiva, dá erisipela". Ele, também, no exercício de vários mandatos de senador, fazia uma campanha indormida contra o tabagismo e incluía entre os males associados ao tabagismo ser irascível. Quando viajava, seu hobby no avião, em tempos em que ainda se fumava no avião, era dirigir-se às senhoras que estavam fumando, pedir licença e dizer: "Minha senhora, não fume, a senhora é tão bonita; e fumar provoca rugas e raiva, e ter raiva dá erisipela".