
Na Oficina
O poeta Tiago Lunardelli teve a delicadeza de preparar um questionário sobre os focos de minha secreta elipse ou, em outras palavras, sobre as obsessões que me aprisionam.
O poeta Tiago Lunardelli teve a delicadeza de preparar um questionário sobre os focos de minha secreta elipse ou, em outras palavras, sobre as obsessões que me aprisionam.
Estamos vivendo um momento delicado da judidicialização de questões políticas fundamentais para o futuro do país. Dois fatos dos últimos dias podem indicar que nos bastidores do Judiciário arma-se uma blindagem não apenas à presidente Dilma, como ao ex-presidente Lula e sua família.
Tudo indica que as mulheres estão fartas da desigualdade e da violência física ou verbal que ainda ronda seus passos
Pôr fim à violência sexual é um compromisso que todos aqueles que abominam as sociedades autoritárias devem assumir
O Brasil de hoje (ou de sempre?) está tão bizarro que o deputado Eduardo Cunha pode escapar da condenação por quebra do decoro parlamentar devido a uma engenhosa montagem financeira que protegeu seu dinheiro ilegal no exterior.
Em reunião da Academia Brasileira de Educação, o presidente, professor Carlos Alberto Serpa, desafiou os seus pares a apresentar sugestões a serem encaminhadas ao MEC, com o propósito de aperfeiçoar a educação brasileira.
As últimas semanas mostram o cansaço da política partidária e o crescimento de uma mobilização espontânea no comando das urnas. Os resultados argentinos acentuam o desengaste dos situacionismos, em busca, ao mesmo tempo, de uma identidade mais profunda para o desempenho político.
Falamos, o tempo todo, em presidencialismo de coalizão. Promessa enganosa ou desculpa inútil. Na prática política cotidiana o que se observa é o choque, ou a mera barganha, o conflito de interesses menores ou ambições maiores. A essa contracena inóspita se deve chamar de presidencialismo de colisão, sustentado pela democracia de consumo.
O homem que dá as cartas na Câmara dos Deputados em Brasília, seu presidente Eduardo Cunha, visto mais uma vez ontem a distribuir o tempo de seus colegas como se nada estivesse acontecendo fora da rotina, na fria letra da lei está em estado de flagrante delito.
Estranha é a atitude do líder petista rejeitando o diálogo, ele que sempre ganhou usando a palavra, desde as históricas greves do ABC Paulista.
“Vou provar que não faltei com a verdade na CPI”, afirmou o presidente da Câmara Eduardo Cunha diante da abertura do processo de cassação de seu mandato por quebra do decoro parlamentar.
Parte significativa do Congresso Nacional vive uma onda de entropia e fundamentalismo. Tentou-se a redução da maioridade penal, a revogação do estatuto do desarmamento, onde se ouviram frases de hospício, como o aborto de “fetos com tendências criminosas”.
Os entendidos garantem que o avião é o meio mais seguro de transporte. Mesmo assim, tenho medo maior dos aeroportos do que dos aviões. Alguns deles são imensos shoppings onde há aviões à espera dos fregueses, como os táxis. Que geralmente não são seguros. Sempre que posso, vejo um programa na tevê sobre desastres aéreos. A cada acidente, com ou sem mortos, leio tudo nos jornais e revistas, incluindo os telejornais.
Exemplar do momento político que vivemos é o apoio de oposição e governo ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, por motivos diferentes, é certo, mas baseado na mesma baixa política que há muito vem prevalecendo no nosso presidencialismo de coalizão cansado de uma guerra nada santa.
Acontece com qualquer um: de repente, dobra-se uma esquina errada e nunca chegamos ao destino desejado. Quando se aproxima o fim da jornada, quando o homem faz seu balanço interior, contabilizando lucros e perdas, ele fatalmente se faz a pergunta: onde e quando dobrei a esquina errada?