Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Apocalipse pedagógico

    O atual estágio da educação brasileira, com 60 milhões de alunos, analisado no 7º Fórum Nacional das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), mostrou que estamos ainda com graves deficiências.

  • A ciência do falso testemunho

    A história da ciência nem sempre é feita de episódios edificantes. Fraudes e falsificações aparecem com alguma freqüência, e o caso do cientista sul-coreano Hwang Woo-suk, que "fabricou" pelo menos parte de suas pesquisas sobre células-tronco, está longe de ser único. O médico alemão Phillippus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido como Paracelso (1493-1541), revolucionou a medicina em seu tempo, mas também se dizia capaz de fabricar um ser humano em miniatura, um homúnculo, a partir de esperma.

  • O suicídio do general

    Cada vez entendo menos das coisas e dos homens. Em criança, entendia quase tudo, tudo era como era, encontrei um mundo pronto, chuva quando havia chuva, sol quando havia sol, as pessoas, as casas, tudo estava ali porque devia estar. Não precisavam de explicações nem justificativas. Até que era uma posição meio filosófica, herdada sem querer de Sócrates. Eu era um pré-socrático sem saber.

  • Até breve, em grande forma

    Sim, chega desse negócio de falar mal do governo. Por exemplo, eu ia voltar a relembrar que governo não é somente o Executivo, mas o Legislativo e o Judiciário - e estamos bastante mal servidos em todos eles. A Câmara de Deputados mesmo, abusando do fato de que ruim com ela mas pior sem ela, já entrou na fase do descaramento. Leva-se dinheiro público a rodo, trabalha quem quer, ganham-se benefícios que chegam a ser esdrúxulos de tão indecentes e otário será aquele que achar que o povo é mesmo representado pelos congressistas.

  • No recesso do coração

    HÁ ALGUNS MESES PUBLIQUEI NESTE espaço uma coluna chamada “Os segredos do porão”, descrevendo um retiro que terminou em um mágico jantar nos subterrâneos da Abadia de Melk, na Áustria. No artigo, eu comentava que, ao olhar os porões de minha alma, tudo que podia encontrar ali eram meus erros, e que procuraria organizá-los de modo que eles não me assustassem e me ajudassem a compreender melhor as coisas que não devia repetir. Estava em companhia, entre outras pessoas, do abade Burkhard Ellegast, OSB, que eu considero um mestre espiritual, embora não consigamos falar uma língua em comum (não consigo sequer pedir um copo d'água em alemão). Para minha surpresa, o abade Burkhard escreveu um texto a respeito de “Os segredos do porão”, e aqui adapto parte de suas reflexões.

  • Ênio Silveira

    São dez anos da morte de Ênio Silveira, o editor que deu ao livro o formato que hoje conhecemos, com os naturais acréscimos de um mercado ao mesmo tempo exigente e complicado.

  • Política externa: o trunfo a caminho

    Diante das eleições de outubro próximo, a polêmica brasileira fixa-se, de mais em mais, sobre a permanência, ou não, da atual política econômico-financeira como premissa para o próprio futuro da chapa presidencial. O ministro Palocci terminou por vencer todas as escaramuças de derrubada, e sua sustentação assimila-se à de como o País é visto nos rumos da globalização. Com que outras cartas conta o Governo em 2006? Por entre a poeira das disputas do mensalão, do desapontamento com o pior Congresso da nossa história política, ou do acórdão do descrédito final, deixamos, às vezes, de lado, os trunfos da política exterior.

  • A Bolívia e seus demônios

    Quando, em 1985, encontrei-me com o presidente Reagan, durante visita oficial a Washington, depois de discutirmos problemas bilaterais, disse-lhe que não desejaria encerrar nosso encontro sem falar um pouco sobre a Bolívia. Era um país sofrido, cujas riquezas se exauriam e, no seu balanço de recursos naturais e estabilidade, poderia tornar-se problemático. A Bolívia necessita de uma atenção sem retórica, rigorosamente especial por parte da comunidade internacional. Suas cicatrizes históricas e algumas revoltantes injustiças criaram um caldo de cultura e justificados ressentimentos. Acrescentei -naquela época em que as guerrilhas estavam em moda- que a desestabilização da Bolívia teria repercussões em toda a América do Sul. Certamente pensando na geopolítica foi que Che Guevara escolhera aquele país para testar seu heróico misticismo revolucionário.

  • A tecnologia e o grito de eureca

    Bons tempos os que vivemos, em que tudo tem prazo de validade e tudo pode ser descartável. Meu pai herdara uma máquina fotográfica do meu avô, foi com ela que registrou os primeiros passos de seus filhos, o batizado, a primeira comunhão, chegou mesmo a fotografar o casamento do irmão mais velho com o mesmo equipamento, que era chamado de "caixote". Ainda tenho fotos tiradas por aquela ancestral das atuais câmaras digitais, que duram o espaço daquelas rosas de Malherbe.

  • Cinco voltas

    Notícia divulgada há dias indica que o presidente Lula já deu em seu novo Air Bus, em número de viagens, o equivalente a cinco voltas da Terra, ou seja, 200 mil quilômetros.

  • A Bela e a Fera

    Um dos desejos de minha infância foi habitar um palácio como o de "A Bela e a Fera", evidente que sem a fera. Tinha tudo, do bom e do melhor naquele palácio. As luzes se acendiam à passagem da moça, a mesa estava sempre posta, havia solidão e silêncio, ninguém enchia o saco dela, a fera providenciava tudo e ainda fazia o favor de não aparecer, não queria assustá-la.

  • Armadilha para os EUA

    Tem excelentes e bem remunerados assessores o presidente dos Estados Unidos. Mas o que às vezes espanta é que o chefe de uma Nação de tal poderio desconhece as regiões do mundo onde intervém, por não ser informado ou não estar suficientemente preparado para a missão que se avoca.

  • As novas esperanças do Brasil de sempre

    Os dados contundentes do Ibope neste fim de ano desfizeram toda garantia de uma reeleição de Lula. Os números castigaram, tanto do ponto de vista das preferências paulistas, quanto de um decréscimo generalizado, no país, da popularidade do presidente. Teria talvez atingido a própria base profunda, ou o sertão do seu sucesso. Mas não há como confundir este abalo, não só com a viabilidade de um êxito final, mas com a clara superação dessas desvantagens de percurso, desde que o próprio Planalto se dê conta de que a continuidade de Lula não é o fruto amadurecido do primeiro mandato. O novo, sim, é o impacto desses números sobre a reentrada na liça, para valer, da eleição, e as esperanças que desperta nos oposicionistas que dava como favas contadas a manter o presidente a faixa no peito, agora reforçada de seu peso em ouro.

  • O tema de todos os temas

    Não há dúvida de que a TV Digital, começando a funcionar no próximo ano, representará um enorme ganho tecnológico. As imagens dos aparelhos de TV serão muito mais perfeitas, com o fim dos detestáveis chuviscos e outras imperfeições do envelhecido sistema analógico.

  • Bombas de fabricação caseira

    A poética universal acaba de ser enriquecida com os versos do hino oficial da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Embora repartição civil, está sendo militarizada aos poucos, como Jorge Zaverucha revelou em recente artigo. Tem até um hino marcial no qual se pode ler (e os interessados podem cantar) a seguinte estrofe: