Os dados contundentes do Ibope neste fim de ano desfizeram toda garantia de uma reeleição de Lula. Os números castigaram, tanto do ponto de vista das preferências paulistas, quanto de um decréscimo generalizado, no país, da popularidade do presidente. Teria talvez atingido a própria base profunda, ou o sertão do seu sucesso. Mas não há como confundir este abalo, não só com a viabilidade de um êxito final, mas com a clara superação dessas desvantagens de percurso, desde que o próprio Planalto se dê conta de que a continuidade de Lula não é o fruto amadurecido do primeiro mandato. O novo, sim, é o impacto desses números sobre a reentrada na liça, para valer, da eleição, e as esperanças que desperta nos oposicionistas que dava como favas contadas a manter o presidente a faixa no peito, agora reforçada de seu peso em ouro.