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Artigos

 
  • Poetas e poesias

    Não me lembro qual foi o poeta que se recusou a fazer um romance porque jamais escreveria esta frase: "A marquesa saiu às quatro horas". Era um fundamentalista em matéria de literatura. De minha parte, há mais de 60 anos que quase todos os dias escrevo que a marquesa ou a condessa, se não saiu às quatro horas, saiu às quatro e meia. E dai?

  • Davos social

    Houve época em que a reunião do Fórum Econômico Mundial aqui em Davos era um encontro que praticamente definia os caminhos do capitalismo mundial. A crise econômica que domina o mundo desde 2008, no entanto, retirou de Davos essa prerrogativa, resumindo as reuniões seguintes a debates estéreis sobre como sair da crise, sem que surgissem ideias criativas ou soluções viáveis.

  • Austeridade versus empregos

    Não é por acaso que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abrirá o Fórum Econômico Mundial aqui em Davos. A Europa está no centro das discussões sobre como sair da crise atual, e enquanto os Estados Unidos parecem estar encaminhando uma lenta recuperação, a zona do euro não encontrou um consenso sobre como tratar o assunto de maneira conjunta.

  • Reinventar o capitalismo

    O clima aqui em Davos no primeiro dia de Fórum Econômico Mundial, se não chega a ser de pessimismo, é muito marcado pela necessidade de rever atitudes e procedimentos para que o capitalismo continue sendo o melhor sistema econômico disponível.

  • Em busca do caminho

    Desde janeiro de 2009, sob o impacto da crise econômica que estourara em setembro do ano anterior, o Fórum Econômico Mundial encontrava-se em uma situação de paralisia, como se deglutisse com dificuldade seus próprios erros, culpando-se por não ter entendido que a crise estava já instalada.

  • O rigor histórico

    Não faz muito, lembrei o encontro de dom Pedro II com Graham Bell, quando o imperador do Brasil, testando o telefone que acabara de ser inventado, assustado, teria dito: "Tem um homenzinho falando aqui dentro". Leitor interessado no rigor histórico reclamou junto à ombusdman deste jornal, dizendo que pesquisara no arquivo do Museu Imperial de Petrópolis e a frase ali registrada era: "Meu Deus, isto fala!".

  • Dilma e o sucesso sem surpresas

    Registra o país 59% de apoio, entre ótimo e bom, do governo Dilma. Sua crescente estabilidade foge das expectativas clássicas e da esperança das oposições, como alternativa de chegada ao Planalto. Essa dominante de opinião pública não se chocou com as derrubadas ministeriais, tal como, no passado recente, passou em branco pelo mensalão. É o que só aumentou a desarticulação do chamado "país do tudo bem", habituado ao quadro do velho status quo, entre as condenações moralistas do situacionismo, e, após, de quem lhes tomasse o poder. Esta toada pendular seria o cantochão da mudança, ora tão frontalmente desmontada pelo país de Dilma. Aí está o esfacelamento do DEM e o choque do PSD histórico, nas nossas áreas mais afluentes.

  • Uma agressão à diversidade cultural

    De vez em quando, talvez na falta do que fazer, alguém inventa algo totalmente fora de propósito. No caso da educação brasileira, quase tudo o que poderia ser teorizado consta de belíssimos e bolorentos relatórios. Isso não é coisa nova, pois até no Império buscava-se copiar o que vinha de fora, como uma típica e desnecessária manifestação de transplantação de cultura.

  • Manter o sonho

    O Fórum Econômico Mundial chega ao fim aqui em Davos com um saldo bastante favorável. Pela primeira vez nos últimos anos, desde que a crise econômica se acentuou no final de 2008, não se viam debates tão objetivos e resultados tão eloquentes quanto os desta edição.

  • No mesmo barco

    A solução da crise europeia passa sem dúvida por questões delicadas como a soberania nacional de cada país que compõe a União Europeia, e é por isso que a assinatura do acordo fiscal abrangente está sendo considerada passo essencial para, mais adiante, a criação de um sistema fiscal unificado.

  • Como conjugar os verbos defectivos?

    Um leitor desta coluna pergunta-nos: “É correto dizer ‘eu abulo’ em Portugal? Ou o verbo não deve ser conjugado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo em nenhum país de língua portuguesa?”

  • Brasil Econômico

    O grande gargalo que não conseguimos atravessar é o da infraestrutura do país. A produção cresce sempre à frente dela, sobretudo depois da Constituição de 1988, que extinguiu o Imposto Único sobre Lubrificantes e Combustíveis Líquidos e Gasosos, que assegurava um fluxo permanente de recursos, através do Fundo Rodoviário Nacional, ao DNER – um órgão que deu certo – que construía, conservava e planejava estradas e foi responsável pela existência da básica rede rodoviária que até hoje mantém em funcionamento as nossas estradas.

  • A última chance

    A chanceler alemã, Angela Merkel, até muito recentemente não escondia sua insatisfação com a maneira descontraída com que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a beijava, e chegou a mandar um recado oficial, por meios diplomáticos, para que o francês evitasse tais mostras de intimidade inexistentes. Chegou a compará-lo com o personagem cômico inglês Mr. Bean.

  • O paraíso democrático

    É conhecida a história do besouro. Uma comissão de técnicos em aerodinâmica, aviões e foguetes espaciais, examinou, com equipamento sofisticado, de última geração, as possibilidades de um besouro voar. E concluiu pela impossibilidade estrutural e operacional: besouro não pode voar.

  • Democracia x capitalismo

    Em Davos, tanto a democracia quanto o capitalismo foram postos em discussão em diversos painéis. Com o surgimento do "capitalismo de Estado", capitaneado pela China, a relação direta entre democracia e capitalismo já não é mais uma variável tão absoluta quanto parecia nos anos 80 e 90 do século passado.