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Artigos

 
  • Lembrança da ditadura

    Tornou-se acesa a discussão em torno da implantação de um currículo único nas escolas de educação básica de todo o País. Os argumentos são os mais variados, entre eles o de que assim não se prejudicará a criança ou o jovem que necessitar transferência de um estado para outro.

  • Sem oposição

    A incapacidade de o PSDB se articular minimamente para exercer o papel que lhe cabe como maior partido oposicionista brasileiro resulta em uma apatia política perigosa, que não faz nada bem à democracia. A mais recente demonstração disso é o convite despropositado feito pelas regionais do Rio e do Distrito Federal para que o senador Álvaro Dias seja candidato a governador.

  • Bom sinal

    O PMDB está incomodado com as notícias de que os ministérios ocupados pelo partido não serão investigados porque o governo precisa do apoio dos peemedebistas para garantir a governabilidade. Em vez de se envaidecer com o que poderia ser o sinal de sua força política, o PMDB entende que, ao contrário, essa percepção refletiria uma fraqueza institucional que lhe é prejudicial.

  • O STF e a maconha

    Além de definir o alcance do papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e julgar o mensalão, o Supremo Tribunal Federal terá pelo menos mais um tema polêmico pela frente este ano. Uma decisão tomada no fim do ano passado, no dia 9 de dezembro, não teve a devida atenção da opinião pública: o STF decidiu deliberar, ainda neste ano de 2012, sobre a descriminalização do consumo de maconha, e tudo indica que a maioria do plenário tenda a favor.

  • As luzes de uma educadora

    Aprendi com o velho mestre Luís Caetano de Oliveira, que era um sábio, uma lição para mim inesquecível: as estrelas morrem, mas a sua luz continua a chegar até nós por muitos e muitos anos . Certamente é o que ocorrerá com a exemplar educadora que foi Edília Coelho Garcia. Ela nos deixou aos 91 anos de idade, mas suas admiráveis lições continuarão a iluminar os caminhos de muitas gerações de professores e especialistas brasileiros.

  • A caminho do terrorismo democrático

    Os ganhos de Mitt Romney nas pré-escolhas republicanas já são o indício promissor de derrubada do espectro temido ao fim de 2011. Vai-se ao isolamento da extrema direita do Tea Party, de Rick Santorum, respondendo, afinal, a um sentimento político americano de rejeição dos extremos. Mesmo se o candidato a avançar não proponha nada, mude de convicção a todo mês e tenha uma convicção absolutamente doméstica da coisa pública. De toda forma, deparamos um freio contra esse sinal dos tempos das radicalizações, frente a este recado tenebroso da Nigéria, de agora, do movimento Baba Tunde, de radicalidade muçulmana, passando da instalação da Sharia, da perseguição frontal dos cristãos e judeus, da destruição dos templos e morte dos crentes. É a etapa, também, em que a Primavera Árabe escreve o seu primeiro epitáfio, na descrença da democracia, como o liame da convivência das nações africanas e do Oriente Médio, liberadas do seu autoritarismo pós-independência, no meio século passado. El Baradei condena, de vez, o futuro das eleições egípcias, deparando o comando do processo pelas forças militares. O que estaria em jogo, entretanto, numa visão mais larga, é a contradição da consciência política desses Estados, ao se dar conta de que o último fruto da democracia será a islamização desses países e o risco da desaparição do laicismo. Não é outro o temor da Tunísia, ainda que o partido confessional vencedor não mantenha o mesmo perigo da Fraternidade Muçulmana, no Cairo, já associado ao pior radicalismo islâmico dos selafidas. O que importará, no novo paradoxo institucional, é o papel das Forças Armadas nesses territórios, como árbitros da liberdade religiosa, e instituições neutras da emergência da modernidade destes países. Esteia-se o Egito, no exemplo da Turquia, às, agora, vias de conflito com o governo, enquanto o exército, fiel à histórica revolução de Atatürk, é o contraponto ao islamismo de Erdogan, e à ameaça de uma torna ao Estado confessional.

  • A China inova

    A China, revelada esta semana mais urbana que rural, busca agora um crescimento qualitativo tanto no seu desenvolvimento social quanto no tecnológico.

  • Futebol e cerveja

    O pessoal da Fifa continua insistindo em detalhes a respeito da próxima Copa do Mundo a ser realizada no Brasil. Não compreendo como, após a decisão final da própria Fifa, quase um ano atrás, certos problemas pontuais não tenham sido esclarecidos por ambas as partes.

  • A competitividade chinesa

    O relatório intitulado “Tecnologia e competitividade em setores básicos da indústria chinesa”, fruto de um termo de cooperação entre a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, sob o comando do ministro Moreira Franco, do PMDB do Rio, e a Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da UFRJ, define a inovação tecnológica como o ponto central do desenvolvimento da China.

  • Questão de consciência

    Deparamos, no fruir do ano, os primeiros votos do Supremo relativos aos limites da ação fiscalizadora do Conselho Nacional de Justiça sobre o Judiciário. Está em causa a manifestação crítica que a nossa Corte terá sobre esta instituição, que começa, no país, o sistema de controles externos dos poderes públicos. O Conselho caracterizou-se como o maior avanço da nossa democracia profunda, permitindo a eliminação de toda a velha autonomia, no exercício da competência dos Poderes, e no dispor sobre a sua remuneração.

  • Poetas e poesias

    Não me lembro qual foi o poeta que se recusou a fazer um romance porque jamais escreveria esta frase: "A marquesa saiu às quatro horas". Era um fundamentalista em matéria de literatura. De minha parte, há mais de 60 anos que quase todos os dias escrevo que a marquesa ou a condessa, se não saiu às quatro horas, saiu às quatro e meia. E dai?

  • Davos social

    Houve época em que a reunião do Fórum Econômico Mundial aqui em Davos era um encontro que praticamente definia os caminhos do capitalismo mundial. A crise econômica que domina o mundo desde 2008, no entanto, retirou de Davos essa prerrogativa, resumindo as reuniões seguintes a debates estéreis sobre como sair da crise, sem que surgissem ideias criativas ou soluções viáveis.

  • Austeridade versus empregos

    Não é por acaso que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abrirá o Fórum Econômico Mundial aqui em Davos. A Europa está no centro das discussões sobre como sair da crise atual, e enquanto os Estados Unidos parecem estar encaminhando uma lenta recuperação, a zona do euro não encontrou um consenso sobre como tratar o assunto de maneira conjunta.

  • Reinventar o capitalismo

    O clima aqui em Davos no primeiro dia de Fórum Econômico Mundial, se não chega a ser de pessimismo, é muito marcado pela necessidade de rever atitudes e procedimentos para que o capitalismo continue sendo o melhor sistema econômico disponível.