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Artigos

 
  • Farelo de nada

    Li não sei onde que as autoridades responsáveis pelo tráfego aéreo decidiram diminuir o espaço entre os aviões em voos de carreira. Antes, a distância entre dois aparelhos devia ser de 15 milhas. Agora será de dez milhas, para facilitar a arrumação lá em cima e ganhar tempo na fila das chegadas. Não sei se estou certo ou se entendi errado. O fato é que o espaço lá em cima precisa de rigor, para efeito de navegação aérea. O céu não é o limite: há faixas congestionadas e atrasos cada vez mais frequentes.

  • Imaginário democrático e diálogo universal

    A XXIV Conferência da Academia da Latinidade, que vem de se realizar em Hammamet, nas cercanias de Túnis, coloca o problema fundamental de saber se ainda se mantém um verdadeiro diálogo internacional, diante da emergências das "guerras de religião", da permanência do terrorismo e, sobretudo, como mostra a "primavera árabe", da ameaça do advento, após as ditaduras do Oriente Médio, de um inquietante fundamentalismo islâmico.

  • Uma estranha invasão

    Somos entusiastas de todas as iniciativas que envolvem a proteção à infância e à adolescência, em nosso País. Elas são poucas, se comparado o vulto das necessidades.

  • Doha e a nova globalização

    Vem de terminar a Conferência das Nações Unidas, em Doha, no debate do que sejam, hoje, as prioridades de uma Aliança das Civilizações. Insistiu na defesa do desenvolvimento sustentável em todas as componentes de uma definitiva conquista da melhoria coletiva em nosso tempo e, sobretudo, na sua dimensão cultural. Ecoou a uma tônica na nossa experiência, nestas últimas décadas, mostrando que não se faz só do econômico e do social a conquista deste "mais ser" coletivo. Ela reclama uma tomada de consciência-fenômeno especificamente cultural - como responsável, tanto pela globalidade dos seus benefícios, quanto, sobretudo, da sua aceleração. É o que marca o nosso país, na busca de uma visão da justiça, no advento da melhoria social. Não é pelos progressismos simplesmente econômicos que se logra esse resultado, mas por uma política pública consciente, qual a que entremostrou o modelo Lula ao mundo, pela imediata redistribuição de renda na mudança.

  • Vazios da educação

    A briga pelo aperfeiçoamento da educação brasileira não se limita mais a meia dúzia de abnegados. Hoje, há o generalizado convencimento de que é preciso mudar - e para muito melhor. Os discursos não são originais e esperar por milagres improváveis é deixar o sistema caminhar para um nó inexorável. Quem ganharia com isso?

  • Feliz ano-novo

    Este ano tanto o Natal quanto o ano-novo caíram num domingo (desculpem, não sei dizer se eles sempre caem no mesmo dia da semana e, portanto, não estou lembrando novidade nenhuma; tentei fazer as contas, mas não acertei, o finado Cuiuba tinha razão, sou meio fraco da ideia), ou seja, dia em que estas linhas modestas são publicadas. No domingo passado, minha intenção era escrever outra vez sobre o Natal e desejar a vocês boas festas, mas devo ter sido novamente acometido por um dos meus ridículos arroubos cívicos e trocado de assunto sem querer. Volta e meia, escrever é assim. Quando se vê, a desgraça já está feita.

  • Verissimo humanista

    Luiz Fernando Verissimo, filho do também escritor Erico Verissimo, é um dos maiores vendedores de livros do Brasil. Das suas mais de 50 obras publicadas, registra-se a venda de 5 milhões de unidades, com absoluta primazia para o seu “O analista de Bagé”, que passou de 100 edições. É um raro fenômeno literário, num país que ainda lê pouco.

  • "Ad repellendas tempestates"

    Para iniciar um novo ano, a prudência nos recomenda tomar certas providências. Por isso ou aquilo, degradação dos homens e da natureza, o ano que passou foi marcado por calamidades que produziram enchentes, desabamentos e tsunamis, cuja responsabilidade foi creditada à natureza, que se sente agredida cada vez mais pelo homem.

  • Previsões

    Início de ano, tempo de previsões, geralmente furadas. A começar pelas do governo e seus técnicos, sobretudo os economistas. Sem qualquer ilação com os charlatões e pais de santo, que ficam excitados nesta época, anunciando mundos e fundos para seus devotos, gosto de ler as previsões alheias e de fazer as minhas.

  • Além dos números

    Mais importante que definir que ter o sexto Produto Interno Bruto (PIB) do mundo não significa ter um país melhor - estamos em 84º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); em 88º no Índice de Desenvolvimento Educacional; ainda somos um dos mais desiguais na distribuição de renda do mundo, apesar dos avanços recentes - é entender que, para deixarmos de ser o 73º país no ranking de renda per capita, temos que encarar as reformas estruturais de que o país necessita para crescer sustentavelmente, principalmente na educação.

  • Duplo papel

    Num ano eleitoral, com o julgamento político mais importante da História recente do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) será o centro das atenções a partir de sua volta aos trabalhos em fevereiro. Suas decisões terão necessariamente consequências políticas, seja qual for o resultado do julgamento.

  • Visão restrita

    Pernambuco, estado de origem do ministro Fernando Bezerra, ter recebido 90% das verbas de combate contra enchentes reflete um hábito dos políticos que ocupam o Ministério da Integração Nacional. Quando o ministro era Geddel Vieira Lima, do PMDB, a Bahia foi o estado que mais recebeu verbas, e assim será sempre que os ministérios forem ocupados por prepostos dos partidos políticos.

  • Pelo telefone

    O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, recusa fortemente a acusação de que as verbas para enchentes recebidas pelo estado tenham a ver com uma política fisiológica, ou com o aparelhamento do Ministério da Integração Nacional, que seu partido, o PSB, ocupa por meio de Fernando Bezerra.