
Tempo instável, sujeito a chuvas
[2]Há muitas nuvens. São formações pesadas que fazem a meteorologia ter previsão de chuvas, ventos e granizo.
Há muitas nuvens. São formações pesadas que fazem a meteorologia ter previsão de chuvas, ventos e granizo.
Deve ser mania de perseguição: sempre que estou sozinho, disposto a ficar num canto, pensando em nada, há sempre um sujeito fanho por perto, falando demais, e ecleticamente, sobre os mais variados assuntos. Para purgar meus pecados, não por curiosidade ou deleite, presto atenção ao que ele diz, metade por masoquismo, metade por penitência mesmo.
Corrupção na política vira jogo. Empresário lança "Escândalo!", que traz parlamentares como personagens. É um jogo recheado de fraudes e chantagens. Brasil, 15.09.2005
Não é de hoje a preocupação nacional com o destino do ensino médio. O Brasil costuma dar saltos (às vezes no escuro) quando se trata do que se chamou ensino secundário, depois segundo grau e hoje é o ensino médio. Não foi à toa que Anísio Teixeira, há pelo menos 40 anos, batizou de órfão o ensino médio. É preciso dar-lhe um tapa de modernidade.
Dos cineastas estrangeiros que conheci pessoalmente, embora superficialmente, três deles me impressionaram: Stanley Donen, ("Cantando na Chuva"), num almoço aqui no Rio, em companhia do Zevi Ghivelder; Federico Fellini, num almoço em Roma, no Gigi Fazzi, uma espécie de churrascaria que não mais existe, e Robert Wise, com quem passei um fim de semana em Teresópolis, na casa de Adolpho Bloch.
Está em exibição nos cinemas e em DVD um filme para o qual não se previa o assombroso êxito de bilheteria. Esse filme é A Queda - As Últimas Horas de Hitler , um dos três gênios do mal na história, como Stálin e Mussolini. Assisti ao filme no DVD, em minha casa. Achei-o bem feito e bem interpretado.
As atrações, com representantes da música, do teatro, da dança, da moda, das artes plásticas e do artesanato foram apresentadas com brilho no Ano do Brasil na França, no Carreau du Temple, em Paris. Arquitetura inovadora, de jovens profissionais brasileiros, abrigou o chamado Espaço Brasil, que ocupou uma área de 2.400 m2. Por lá passaram e vibraram cerca de 10 mil pessoas. O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, com o apoio da Secretaria de Turismo e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico teve uma participação efetiva no evento, cujo tema foi Brésil, Brésils - O contemporâneo e o diverso na cultura brasileira - considerado muito importante para o implemento das relações franco-brasileiras na área cultural. Serviu, também, para reforçar a cooperação entre os dois países, em todos os níveis.
Poucas vezes na história da mídia universal houve tal e tamanha unanimidade em reprovar o mal e elogiar o bem. Não se trata da burrice banal atribuída a qualquer tipo de unanimidade. Pelo contrário: é um consenso inteligente, e direi mais, um consenso mais do que esforçado. Há uma concorrência feroz na disputa pela "pole position" de quem é ou fica mais indignado.
Sic transit gloria , assim passa a glória deste mundo e hoje ninguém mais fala em Pittigrilli. Aliás, excetuada a turma dos sessentinha em diante, no mínimo cinqüentinha e tantos, ninguém faz idéia de quem foi Pittigrilli. Era um escritor meio peralta, geralmente publicado aqui em volumes com sobrecapas coloridas e sugestivas (no bom ou no mau sentido, conforme você considere Aquilo bom ou mau) que muita gente tinha de ler escondido, mas que hoje seria água-com-açúcar e considerado conservador e bobinho por qualquer pré-adolescente que leia, ou seja, aí uns 0,7% deles embora, no que depender do incentivo presidencial, devamos bater na marca do 0,5% no próximo ano. Na casa de meu pai, Pittigrilli não chegava a ser proibido, mas, para cada livro dele que me pegava lendo, o velho tacava até o Fausto em cima de mim (ao qual, aliás, até hoje tenho horror; perdão, Alemanha), ou me mandava decorar versos da Divina Comédia em italiano, que ele só entendia lendo e eu nem lendo nem ouvindo, o velho não era mole.
No começo era a palavra. Tendo sido a base do entendimento, nela pousamos todo e qualquer avanço. No livro de Alberto Magno, que mergulha na magia da palavra e na feitiçaria dos arranjos verbais com que nos lançamos contra o desconhecido, o autor parte de uma identificação de si mesmo com o Santo que, também chamado Alberto Magno, dizem haver andado próximo a magia. O Alberto Magno de hoje fez pesquisas sobre o "Grimório" que Santo Alberto Magno teria escrito e onde estariam antigos exemplares desse tratado que, às vezes, aparece com o nome de "Grimorium Verum", isto é, "O verdadeiro Grimório", para o distinguir dos falsos.
Todo santo dia, os meios de comunicação publicam matérias sobre a decadência do nosso futebol. O futebol carioca, então, nem se fala, porque os grandes times do Rio estão em situação ainda pior do que a de outros Estados. E, de fato, mesmo os maníacos, que têm tevê a cabo, pay per view e parabólica e não perdem um jogo, ou os mais fanáticos, que ainda enfrentam os perigos que ameaçam os grandes estádios em dias de jogo, não podem negar que, atualmente, assistir a um jogo de futebol não é mais a mesma coisa e às vezes fica mais chato do que a exibição das fitas de vídeo que um casal de amigos fez de sua excursão pela Europa, onde os narradores são ela e ele discutindo e falando ao mesmo tempo e ele confundindo Bruxelas com Barcelona - "não sei por quê, deve ser por causa dos nomes, Barcelona, Bruxelas, para mim o som é parecido, só pode ser isso".
É CURIOSO”, COMENTA O GUERREIRO da luz consigo. “Encontrei tanta gente que - na primeira oportunidade - tenta mostrar o pior de si. Esconde a força interior atrás da agressividade; disfarça o medo da solidão com o ar de independência. Não acredita na própria capacidade, mas vive pregando aos quatro ventos suas virtudes”.
A prudência, sucessivamente identificada com a sapiência e a sabedoria, veio aos poucos se enriquecendo de novos valores, até se tornar a mais importante das virtudes que compõem a ética, condição primordial que é de uma solução justa para solução dos conflitos humanos.Na antiguidade greco-romana foi ela vista, primeiro, como sapiência ou ciência para, depois, ser equiparada à sabedoria, conforme ocorreu na ética de Aristóteles e dos estóicos, sendo esse o entendimento predominante para a maioria dos pensadores medievais. Mesmo na Idade Moderna prevaleceu a compreensão da prudência como sabedoria, ou seja, como virtude que rege a vida prática.
Rui Barbosa criou a máxima de que ''fora da lei não há salvação''. Hoje, que outros temas e outras aspirações circulam na cabeça e na esperança de todos nós, a palavra desenvolvimento passou a ter status de magia. É que sem ela não só não existe salvação, como não existem emprego, renda, bem-estar, paz, segurança, tranqüilidade pública e futuro. Daí a necessidade de crescer. Enfim, desenvolvimento, progresso e crescimento são farinhas do mesmo saco.
Muito me comovo quando ouço augustos personagens de nossa vida pública, políticos, empresários, intelectuais, líderes disso e daquilo, afirmando que tudo estão fazendo para deixar um mundo e um Brasil melhores para seus netos.
Links
[1] https://www.academia.org.br/academicos/jose-sarney
[2] https://www.academia.org.br/artigos/tempo-instavel-sujeito-chuvas
[3] https://www.academia.org.br/academicos/carlos-heitor-cony
[4] https://www.academia.org.br/artigos/o-pato-rouco
[5] https://www.academia.org.br/academicos/moacyr-scliar
[6] https://www.academia.org.br/artigos/como-vencer-o-jogo-da-corrupcao
[7] https://www.academia.org.br/academicos/arnaldo-niskier
[8] https://www.academia.org.br/artigos/um-tapa-de-modernidade
[9] https://www.academia.org.br/artigos/robert-wise
[10] https://www.academia.org.br/academicos/joao-de-scantimburgo
[11] https://www.academia.org.br/artigos/estranho-fascinio
[12] https://www.academia.org.br/artigos/atracoes-do-brasil-em-paris
[13] https://www.academia.org.br/artigos/crise-e-o-sacudo
[14] https://www.academia.org.br/academicos/joao-ubaldo-ribeiro
[15] https://www.academia.org.br/artigos/so-livro-cara-dessas-duas
[16] https://www.academia.org.br/academicos/antonio-olinto
[17] https://www.academia.org.br/artigos/caminhos-da-magia
[18] https://www.academia.org.br/artigos/cade-o-futebol
[19] https://www.academia.org.br/academicos/paulo-coelho
[20] https://www.academia.org.br/artigos/aceitando-os-paradoxos
[21] https://www.academia.org.br/academicos/miguel-reale
[22] https://www.academia.org.br/artigos/variacoes-sobre-prudencia
[23] https://www.academia.org.br/artigos/sair-do-berco-esplendido
[24] https://www.academia.org.br/artigos/o-admiravel-mundo-pior
[25] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2150
[26] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2147
[27] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2148
[28] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2149
[29] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2152
[30] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2153
[31] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2154
[32] https://www.academia.org.br/pesquisar?page=2155