
As memórias do porão e da luz
Completei, dia 17 de julho de 2020, 60 anos de literatura.
Completei, dia 17 de julho de 2020, 60 anos de literatura.
Pediu-me o nobre editor da Life uma antologia com sessenta poemas, comemorando o meu aniversário de criação literária.
Cada vez que sai uma homenagem aos 60 anos de literatura deste vivente, confesso, leitores, que me sinto tão perto do chão, que – e ainda bem – posso ser plantado.
Albert Einstein adverte, lucidamente, que “é mais fácil desintegrar o átomo do que o preconceito de uma pessoa”.
Tenho assistido a supervalorização dos jovens e o desprezo evidente aos anciãos na sociedade e em muitas instituições.
Observamos que o músico Bob Dylan recebeu, no ano de 2018, o Nobel de Literatura, com reação polêmica no mundo e não precisou ser indicado; depois um escritor japonês, Kazuo Ishiguro, que vive na Inglaterra, que também não foi indicado, já que recebeu surpreso, o Prêmio.
A cidadania é um aperfeiçoamento de nossa educação.
A terceira idade nos dá a vantagem de ser sincero, quando o mundo em torno, geralmente, não o é. E a vantagem de ver.
Alguns mencionam a história que o homem faz ou a sofre. Ou a história é o pesar do tempo nos acontecidos, ou a maneira como eles se desfazem nos dias.
O grande escritor francês, Paul Valéry, diz que “o poeta é uma natureza que pensa por imagens”. Mas se enganou: as imagens é que pensam o poeta.
O grande Euclides da Cunha, de Os Sertões, adverte que “não é o bárbaro que nos ameaça, é a civilização que nos apavora”.
Disse-me uma pessoa amiga ter achado um passarinho, caído do ninho. Levou-o à delegacia ambiental, onde se recolhem animais silvestres.
Foi difícil para mim ler a crônica de meu filho, Fabricio Carpinejar, no Instagram.