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Artigo

  • A reforma política já chegou

    Suspeita-se na ilha que a propalada operação de safena a que se submeteu recentemente Zecamunista foi na verdade um implante criado pela diabólica medicina da União Soviética, que, quando não mata, como foi o caso de Zeca, injeta tamanha dose de energia no indivíduo que ele sozinho vale por todo um Politburo, coisa braba mesmo, do tempo do camarada Stalin Marvadeza e da NKVD. Não sei se os rumores procedem, mas de fato Zeca, exibindo a cicatriz do peito por trás de uma correntinha com uma foice e um martelo e umas contas de Xangô (quando uma vez eu perguntei a ele que mistura era essa, ele me deu um sorriso de desdém e respondeu apenas que não era materialista vulgar), está mais elétrico do que nunca. Na hora em que o peguei, ele ainda recebia abraços e apertos de mão pela palestra que acabara de fazer no bar de Espanha, esclarecendo a todos sobre o sistema político brasileiro. Infelizmente, perdi a palestra, mas ele, muito modestamente, me disse que não tinha sido nada de mais.

  • Observações de um usuário

    A língua inglesa nunca teve academias para formular gramáticas oficiais e certamente seria afogado no Tâmisa ou no Hudson o primeiro que se atrevesse a tentar impor normas de linguagem estabelecidas pelo governo. Sua ortografia, que rejeita acentos e outros sinais diacríticos, é um caos tão medonho que Bernard Shaw deixou um legado para quem a simplificasse e lhe emprestasse alguma lógica apreensível racionalmente, legado esse que nunca foi reclamado por ninguém e certamente nunca será, apesar de algumas tentativas patéticas aqui e ali. Ingleses e americanos dispõem de excelentes manuais do uso da língua, baseados na escrita dos bons escritores e jornalistas – e, quando um americano quer esclarecer alguma dúvida gramatical ou de estilo, usa os manuais de redação de seus melhores jornais.

  • A era do bedelho universal

    Ou muito me equivoco, ou nunca passamos por um período tão rico em normas e prescrições quanto o presente. Acho que deveria até silenciar sobre o que, segundo li num jornal, vigora na Suécia, porque, para tudo quanto é novidade adotada na Suécia (menos a ausência de mordomias oficiais, pois quanto a isto preferimos nosso atraso mesmo), aparece logo um alegre querendo implantá-la aqui. Refiro-me ao fato de que lá, de acordo com o jornal, o homem que fizer sexo sem camisinha é considerado réu de estupro. Não lembro se isso ocorre mesmo quando a parceira concorda ou se os casados têm de obter um alvará especial, mas essa história de Suécia pega muito nos progressistas nacionais, de maneira que deve ser bom negócio começar a comprar ações de fabricantes de camisinhas.

  • O romancista e o restaurante

    Viajando, vou parar num restaurante sozinho, na hora do almoço. Preferia ter companhia, mas não quis incomodar os amigos, que precisariam sair de seus cuidados, se quisessem ver-me. Além disso, na minha profissão, há um aspecto positivo em almoçar sozinho. Não sei se com outros romancistas, ou ficcionistas em geral, acontece a mesma coisa, mas comigo é incoercível e tampouco sei se tenho esse hábito por ser romancista ou se sou romancista porque tenho esse hábito.

  • Somos todos comida

    Depois da notícia de que, ao fim de prolongado debate jurídico, foi negado por um tribunal o habeas corpus impetrado em favor de um chimpanzé enjaulado em solidão no Zoológico de Niterói, vieram ao conhecimento público outras providências judiciais em nome de animais, pelo Brasil afora. Isso está ficando interessante. Antigamente, era fácil dizer que os animais não tinham direito nenhum, pois não são sujeitos de direito, não são pessoas, não podem acionar o poder judiciário, da mesma forma que não têm deveres, nem podem ser interpelados pela justiça. Direitos e deveres são província exclusiva do ser humano e, embora isso não soe bem, um cachorro, por exemplo, não tem o direito de não ser maltratado. O homem é que tem o direito de estabelecer em lei que maltratar um animal é criminoso e de protestar e intervir, quando a lei for descumprida.

  • O culpado é ele mesmo

    Relutei em tocar nesse assunto, não só porque já se escreveu muito sobre ele, como porque, ao abordá-lo, passo a integrar a “glória” póstuma com que sempre contam criminosos como o autor da recente matança de escolares no Rio de Janeiro. Desprezados, ofendidos, marginalizados, humilhados, ignorados, esses assassinos sabem, porque se espelham em precedentes, que, depois de sua morte, serão finalmente vistos e comentados e sua foto será estampada por jornais, revistas e cadeias de televisão. Como vários deles, inclusive o do Rio, referem-se ou são ligados a alguma crença religiosa, é possível que acreditem na imortalidade da alma e tenham certeza de que, despidos do seu invólucro corporal, virão a assistir à sua transformação em celebridades.

Notícia

  • Merval Pereira é eleito para Cadeira nº 31 da ABL

    Publicada em 02/06/2011

    A Academia Brasileira de Letras escolheu no dia 2 de junho, o escritor e jornalista  Merval Pereira como o 8º ocupante da Cadeira nº 31, vaga desde 27 de fevereiro último, com o falecimento do Acadêmico Moacyr Scliar.

  • Centenário de Afrânio Coutinho é tema de abertura do Ciclo de Conferências “A Memória Reverenciada”

    Publicada em 02/06/2011

    A Academia Brasileira de Letras promoveu no dia 7 de junho, às 17h30min, a abertura do Ciclo de Conferências “A Memória Reverenciada”, com a presença do Acadêmico Eduardo Portella, do Acadêmico Evanildo Bechara e de Eduardo Coutinho, falando sobre o tema “Afrânio Coutinho: 100 anos”. A coordenação foi do Acadêmico Alberto Venancio Filho. A entrada foi franca.

  • ABL elege sucessor de Moacyr Scliar na Cadeira nº31

    Publicada em 01/06/2011

    A Academia Brasileira de Letras elege nesta quinta-feira, 2 de junho, a partir das 16h, o sucessor do Acadêmico Moacyr Scliar na Cadeira nº31, vaga desde 27 de fevereiro. Concorrem à vaga os escritores e jornalistas Antônio Torres e Merval Pereira.

  • ABL estabelece Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Jorge Amado

    Publicada em 12/05/2011

    A Academia Brasileira de Letras, sob a presidência do Acadêmico Marcos Vilaça, no uso de suas atribuições, estabelece a Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Jorge Amado, compostas pelos Acadêmicos Ana Maria Machado (presidente da Comissão), Alberto da Costa e Silva, Alfredo Bosi, Domício Proença Filho, Geraldo Holanda Cavalcanti e João Ubaldo Ribeiro.

  • Especial "Brasil, brasis"

    Publicada em 17/04/2011

    No ano de 2010, a Academia Brasileira de Letras promoveu o “Seminário Brasil, brasis”, repleto de debates, contando com a participação de expoentes representantes das mais diversas áreas culturais da sociedade brasileira. Por essa razão, a ABL preparou o “Especial – Seminário Brasil, brasis”. Confira.

Publicação

  • Frases feitas

    Autores: 
    João Ribeiro
    Coleção: Coleção Antônio de Morais Silva
    Ano: 
    2009
    Páginas: 
    608
    ISBN: 
    978-85-7440-246-8
  • Curiosidades Verbais

    Autores: 
    João Ribeiro
    Coleção: Coleção Antônio de Morais Silva
    Ano: 
    2008
    Páginas: 
    238
    ISBN: 
    978-85-7440-245-1
  • Selecta Clássica

    Autores: 
    João Ribeiro
    Coleção: Coleção Antônio de Morais Silva
    Ano: 
    2010
    Páginas: 
    428
    ISBN: 
    978-85-7440-257-4