
"Res sacra reus"
Mais por penitência do que por curiosidade, assisti até o fim à sessão da comissão de inquérito que convocou o Cachoeira para dar informações sobre o atual e vergonhoso escândalo que continua em cartaz.
Mais por penitência do que por curiosidade, assisti até o fim à sessão da comissão de inquérito que convocou o Cachoeira para dar informações sobre o atual e vergonhoso escândalo que continua em cartaz.
Como não podia deixar de ser, o papel dos BRICS no cenário mundial foi tema recorrente em várias palestras no encontro da Academia da Latinidade que terminou na sexta-feira aqui em Beijing. Entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na visão do secretário-geral da Academia, o cientista político Cândido Mendes, os poderes emergentes se diferenciam, a começar pelo fato de que existem quatro nações em desenvolvimento e a Rússia “em franca regressão”. Dentre eles, há o protagonismo de Brasil e China, a situação brasileira reforçada pela política externa “de afirmação de independência” no Oriente Médio, de avanço nas ações africanas, mas, sobretudo, segundo ele, de “descontextualização da antiga moldura latino-americana”. Para Cândido Mendes, o Brasil entra nessa globalização não hegemônica que se desenha com parceiros que seriam impensáveis há 20 anos, e nesse quadro o protagonismo de Brasil e China pode ser constatado na expansão das atividades dos dois, e na consequente competição, na África.
Vale muito a curiosidade pelo que irão operar as redes escolares brasileiras no acompanhamento crítico da "Rio + 20". Sem o envolvimento estudantil, sobretudo do alunado do ensino médio, perderão substância as campanhas necessárias por tornar o tema da sustentabilidade comum às preocupações das famílias. Sem o interesse dos moços não prospera a campanha. É a aposta no futuro. Por isso persigo o trabalho de avaliação, de participação da juventude seja no que for. É mais do que usar termômetro ou tensiômetro.
Uma das preocupações mais sentidas entre os estudiosos chineses nestes dias de seminários aqui em Pequim, que já havia ficado registrada nos debates em Xangai, é fazer com que o mundo ocidental conheça a genuína cultura chinesa e entenda o espírito de seu povo.
Não faz muito, dei um giro por terras e ares do chamado Oriente Médio, onde estavam acontecendo coisas que não me interessavam, mas interessavam à revista na qual trabalhava. Naquela época, as coisas pareciam estar melhores do que agora, com as sucessivas crises econômicas e políticas que estão acontecendo por lá. Houvera uma espécie de acordo entre Israel e Egito, o que me obrigou a uma certa permanência nos dois países.
A expressão desenvolvimento sustentável está na moda. Tem tudo a ver com as nossas perspectivas de vida saudável e, por isso mesmo, o papel da educação, nesse processo, é fundamental, quando, numa aula de Ciências, discute-se a quantidade de animais ameaçados de extinção, como é o caso das ararinhas azuis, que não se encontram mais na natureza (só em cativeiros), na verdade estamos preparando o espírito dos nossos futuros executivos para a necessidade inadiável de respeito aos limites do planeta.
Repercute, hoje, internacionalmente, o avanço democrático brasileiro, expresso na consolidação do Conselho Nacional de Justiça e no reforço dos direitos humanos, ou, agora, na Comissão da Verdade. Sobretudo, desponta uma nova articulação entre o nosso regime político e o sistema federativo, instalado com a República, mas deixado até nossos dias à margem das mecânicas de centralização do poder. Devemos a Rui Barbosa a implantação na República " do sistema, no estrito transplante do regime americano. Mas chegamos, praticamente, até o novo século sem qualquer regionalização funcional do poder, como evidenciou o regime do "café-com-leite", na Velha República, na troca entre Minas e São Paulo, da nascida instrumentação dos poderes da União.
O fenômeno da globalização continua sendo o centro das discussões, agora no seminário da Academia da Latinidade aqui em Pequim, realizado na Universidade Tsinghua — uma das melhores do mundo —, e um contraste interessante surgiu logo no primeiro dia de debates, com os analistas chineses tendo uma visão mais favorável do que a maioria dos ocidentais. O professor Walter Mignolo, diretor do Centro de Estudos Globais e Humanidades da Universidade Duke e professor visitante na City University de Hong-Kong, tem uma visão negativa do fenômeno da globalização, que analisa em seu novo livro, "The darker side of Western modernity" (_"0 lado mais escuro da modernidade ocidental" em versão livre).
O professor Chen Changshen, do Instituto de Filosofia da Academia de Ciências Sociais de Xangai, fez no seminário promovido em conjunto com a Academia da Latinidade uma análise muito aguda da situação atual da China, partindo da constatação de que a globalização é a principal tendência e a ideologia dominante em nosso tempo.
Enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava em Brasília a mais que esperada Comissão da Verdade, um velho sobrado, na rua do Lavradio, desabava de modo irreversível. Segundo as estimativas do Crea, uma centena de prédios antigos corre o mesmo risco de naufragar nas ondas do descaso.
Publicada em 25/05/2012
A coordenação do ciclo foi do Acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco, e o tema da palestra foi “A mídia: direitos e responsabilidades”.
Publicada em 25/05/2012
O documento foi assinado pela Presidente da ABL, escritora Ana Maria Machado, e o Superintendente do Instituto, Sérgio Arthur Ferreira Alves, no dia 29 de maio, às 15h30min, na sala da Presidência da Academia.
Publicada em 24/05/2012
O seminário, sob coordenação do Acadêmico Domício Proença Filho, Primeiro-Secretário da ABL, contou com a participação dos jornalistas e profissionais de televisão Luis Erlanger e Marcelo Tas.
O terceiro Ciclo de Conferências da Academia, sob o título “Eleições e Reflexões”, coordenado pelo Acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco, teve início dia 8 de maio. A conferência de abertura, “Voto e cidadania”, esteve a cargo do Acadêmico José Murilo de Carvalho. Dia 15 de maio, o professor Sérgio Besserman Vianna tratou do tema “A representatividade na democracia brasileira”. Em 22 de maio, o Sociólogo Sérgio Abranches discorreu sobre “Federação e presidencialismo de coalizão”, e a conferência de encerramento, “A mídia: direitos e responsabilidades”, será proferida pelo Acadêmico Merval Pereira, no dia 29 de maio.
Entre os dias 3 e 5 de julho, no Píer Mauá, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro realizará uma Semana de Arte, de que consta o Seminário em que serão proferidas cinco palestras sobre a vida e a obra do Acadêmico José Cândido de Carvalho.