
Nem tudo está perdido
Na medida do possível, acompanhei parte do julgamento, no STF, que ganhou louvável e merecida visibilidade durante o processo do mensalão -que, aliás, ainda não acabou, se é que vai acabar mesmo.
Na medida do possível, acompanhei parte do julgamento, no STF, que ganhou louvável e merecida visibilidade durante o processo do mensalão -que, aliás, ainda não acabou, se é que vai acabar mesmo.
Durante a última guerra mundial, como em qualquer guerra, havia um lado certo e outro errado. O lado mau colocava minas no mar, os navios do lado bom batiam nelas e afundavam. Mas o pessoal do bem encontrou um modo de evitar as minas do mal e elas ficaram inúteis.
O ministro Ricardo Lewandowski abriu seu voto renegando a percepção de muitos de que não leva em conta os indícios e conexões dos fatos para construir sua convicção, atendo-se apenas à “verdade processual”.
Deve-se atribuir a nota oficial da presidente Dilma Rousseff em defesa de Lula e com críticas indiretas ao ex-presidente tucano Fernando Henrique ao abalo interno que o julgamento do mensalão está produzindo nas entranhas do PT. Está certo também quem disse que Fernando Henrique "pediu" um posicionamento da presidente, ao tentar pô-la em contraponto a Lula, sobretudo em questões de moralidade pública.
Adolpho Bloch era um otimista nato. Vivia repetindo uma frase que se tornou célebre: “Nossa riqueza é o otimismo.” Foi um defensor entusiasmado da mudança da Capital para Brasília e foi esse fato que o ligou, como irmão, ao então presidente JK. Sofreu muito com a sua cassação e jamais abandonou essa amizade, como sou testemunha privilegiado. Sabendo das dificuldades financeiras do ex-presidente, incumbiu-me por duas vezes de levar-lhe suprimentos financeiros (7 mil dólares por vez), para que pudesse ter vida tranquila em Nova Iorque e Paris. Adolpho me dizia: “Ele não foi acusado de ser a sétima fortuna do mundo? Está sem dinheiro para viver lá fora.”
Com o término do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da primeira das oito etapas do processo do mensalão, já é possível tirarem-se algumas conclusões. Parece certo, por exemplo, que os políticos que sacaram na boca do caixa do Banco Rural ou receberam dinheiro, seja a que título for, das empresas de Marcos Valério serão condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ressalvada alguma especificidade da acusação.
À entrada da campanha mediática, as eleições municipais, no prognóstico crítico das capitais do Centro-sul, dividem-se entre a manutenção teimosa dos empates técnicos, ou, de vez, dos jogos feitos. Curitiba e São Paulo se contrapõem ao Rio de Janeiro. Mas, se as diferenças mínimas entre as três candidaturas em Curitiba nascem das competições dentro das máquinas de governo, São Paulo contrasta neste frente a frente de Serra com Russomano. Desponta aí a candidatura vista, de saída, como inteiramente marginal, confusa, inclusive, até agora, na sua identidade evangélica, vinda de vários afluentes. E o anseio pela busca do novo ou, simplesmente, a manifestação de um cansaço, indicando a recusa às candidaturas óbvias de todo o sempre?
É provável que tenhamos ainda hoje a definição dos votos sobre as acusações contra o deputado federal petista João Paulo Cunha, que precisa de quatro votos em cinco para ser absolvido (já recebeu os votos absolutórios dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli) ou apenas mais dois votos para ser condenado pela maioria do Supremo Tribunal Federal.
Em 1995, quando finalizava meu livro Estrela Solitária, sobre Garrincha, descobri que a Agap, órgão ligado ao MEC e dedicado a amparar ex-jogadores, tentara ajudar Garrincha em seus últimos anos. Isso significa recolhê-lo embriagado nas ruas e, com a ajuda da CBF e da LBA, interná-lo em instituições e acompanhar seu tratamento e liberação. Morto Garrincha em 1982, a Agap produzira um relatório descrevendo as intenções que não foram poucas. Saí à cata desse relatório.
O julgamento do primeiro item do processo do mensalão trouxe definições importantes por parte do Supremo Tribunal Federal que terão repercussão não apenas nas questões jurídicas, mas também no plano político nacional.
Publicada em 30/08/2012
A segunda palestra, “Os novos rumos da lexicografia no Brasil”, foi proferida pelo professor e linguista Francisco S. Borba, dia 4 de setembro, terça-feira, às 17h30min.
Publicada em 30/08/2012
Eles abordarama os temas “Futuro presente”, “O horizonte do acontecimento” e “Entre o passado e o futuro: da mens momentânea à imobilidade do instante”, respectivamente.
O sétimo Ciclo de Conferências da Academia, sobre “Entre a gramática e a linguística”, coordenado pelo Acadêmico Evanildo Cavalcante Bechara, teve início no dia 28 de agosto. A conferência de abertura, denominada “Estrangeirismos: um bem, um mal?”, esteve a cargo do Acadêmico Arnaldo Niskier. Dia 4 de setembro, o professor Francisco da Silva Borba tratará do tema “Os novos rumos da lexicografia no Brasil”. Dia 11 de setembro, o professor Ricardo Cavaliere discorrerá sobre “Norma linguística e inclusão social”. A conferência de encerramento, dia 18 de setembro, “A consolidação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, será proferida pelo Acadêmico Evanildo Cavalcante Bechara.
Realiza-se hoje, 30 de agosto, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., o Seminário Brasil, brasis, sob a coordenação do Acadêmico Domício Proença Filho, e tratará da “Defesa do consumidor”. Serão palestrantes Maria Rachel Coelho, Maria Inês Dolci e José Bonifácio Ferreira Novellino.
No dia 24 de setembro, a convite da Universidade Estadual de Santa Cruz, o Acadêmico Arnaldo Niskier estará em Ilhéus. Vai participar de um colóquio sobre os 100 anos de Jorge Amado. Falará sobre o autor baiano e a Literatura Brasileira.