Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Pesquisar

Pesquisar

Foram encontrados 35114 itens para sua busca (exibindo de 22336 a 22350)

Artigo

  • Buscando saídas

    Para quem estava acuada nas cordas por manifestações de caráter nacional, a presidente Dilma saiu-se bem em seu pronunciamento, demonstrando jogo de cintura. Não foi arrogante, ao contrário, foi humilde para aceitar que as vozes das ruas têm que ser ouvidas, mas soube ser firme na condenação dos arruaceiros que aproveitaram as manifestações para fazer saques e depredações pelas cidades.

  • O legado das ruas

    Rios de gente invadem as cidades. Transborda o descontentamento. Não foi súbito nem inexplicável. Há muito tempo jovens lotavam as avenidas virtuais por onde passam as redes sociais protestando contra a humilhação a que estávamos submetidos.

  • O bolo e a sopa

    Concordo com o cronista Antonio Prata quando disse, em coluna nesta Folha, que precisamos admitir uma verdade: ninguém está entendendo nada. Exemplo: muita gente, sobretudo no governo, acreditou que os protestos nas ruas de todo o Brasil foram motivados pelo aumento de 20 centavos nos transportes públicos.

  • Ninguém sabe em que vai dar

    Escrevo antes deste domingo e, portanto, pode haver acontecido alguma coisa, ou muita coisa, que invalide o que penso agora. Mas não creio muito nisto, porque praticamente todos, inclusive comentaristas especializados e experientes, se mostram aturdidos, quase tontos, com as manifestações de protesto por todo o país. Não sou exceção à perplexidade geral e tampouco sei responder às perguntas que se oferecem. Como se iniciaram as manifestações, onde foram concebidas, por que de repente multidões saíram às ruas para reclamar e reivindicar? Que lideranças estarão ocultas, interessa a alguém o que vem sucedendo, beneficia algum grupo? O momento terá sido escolhido ou deflagrou-se um movimento espontâneo, que fugiu do controle de quem quer que o tenha organizado? De agora em diante, fazendo-se um retrospecto, talvez as respostas se esbocem, mas, no momento, elas parecem desconhecidas.

  • A classe média

    A decisão do Movimento Passe Livre de não convocar novas manifestações por que “grupos conservadores” infiltraram-se nos últimos atos serve para retirar a máscara desse movimento, que começou o protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus como se fosse apartidário, com foco específico na melhoria dos transportes públicos – com a utopia de alcançar o transporte gratuito como política de governo – e acabou se revelando o que sempre foi: uma organização política ligada a movimentos de esquerda radical, que tem uma pauta muito além da melhoria dos transportes públicos.

  • Cartola e Pasolini

    O Globo, em 19/06/2013

    Fiz uma visita emocionada ao Morro dos Macacos, de mãos dadas com um verso de Pier Paolo Pasolini: “a favela fatalmente nos esperava”. Essa imagem revelou-se mais nítida e grávida de futuro, dentro da creche  que abrigou num fim de tarde a Flupp. Não poderia haver sinal, outro e melhor, que o da creche, radicado numa cidade que espera crescer no seio de uma cultura de paz e igualdade.

  • Campos contra a corrente

    "Quem não quiser pressão, que saia disso", comenta, rindo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mantendo a intenção de se candidatar à Presidência da República em 2014. Na sua avaliação, "eles (o governo) deram uma pressão, fizeram um cerco, achando que era para resolver logo, e não estão conseguindo resolver. Estamos atravessando (as turbulências), convivendo com essa situação, articulando internamente, andando para ver como é que vai ser a composição nos estados".

  • Direitos e deveres

    O país vive nos últimos dias situações de tensão de diversas origens que, misturadas à percepção crescente de pessimismo em relação ao futuro captada por pesquisas de opinião, podem levar a uma crise institucional de grave repercussão.

  • O bom santo São Gonçalinho

    Já passaram, um atrás do outro, o Dia dos Namorados e o dia de Santo Antônio. Não seriam mais assunto para este domingo e cheguei a pensar em escrever sobre a confusão criada pela descoberta (da pólvora) de que o governo americano bisbilhota a internet, com acesso a dados tidos como estritamente pessoais e invioláveis. Mas tratei muito disto aqui e sei que não adianta espernear, porque privacidade é mesmo coisa do passado e, muito em breve, todo mundo será monitorado de várias formas, inclusive em pensamentos antes íntimos. E não somente pelo governo americano, mas por praticamente todos os governos e por diversas entidades particulares. Agora mesmo, acabo de ler que, em Londres, já existem catorze câmeras de segurança e monitoramento para cada habitante. Isso por enquanto, porque o cômputo continua a aumentar e talvez as câmeras venham a ser mais numerosas que as pessoas.

  • Uma lição do passado

    O grande assunto da semana que passou foram os protestos, que se tornaram atos de vandalismo, em São Paulo e no Rio de Janeiro principalmente, e até tiveram repercussões internacionais. Não irei comentá-los, seria uma redundância, mas vou lembrar um momento do passado.

  • Os políticos em xeque

    A tomada simbólica da cúpula do Congresso Nacional pelos manifestantes de Brasília, e os ataques à Assembléia Legislativa no Rio, apesar de inaceitáveis como parte de manifestações democráticas que não deveriam dar lugar a depredações e vandalismos, sintetizam o espírito dos protestos espalhados por várias capitais do país.

  • "Penne arrabbiata"

    Um conhecido de vista e chapéu, como aquele cara que Dom Casmurro encontrou num trem da Central, mesmo sem chapéu, me cumprimentou e perguntou se podia bater um papo. Como as donzelas dos romances antigos, não gosto de conversar com estranhos, mas topei a liberdade e ele sentou-se na mesa onde, sozinho, eu almoçava um "penne arrabbiata".

  • O poder e a cultura

    Dos 190 milhões de brasileiros, parece que sou o único a não ser ouvido ou cheirado pelos altos e baixos escalões República. Não me dou ao respeito de usar cartão de visita, nunca precisei deles pois nunca visito ninguém e não gosto de ser visitado-mas, se tivesse de mandar imprimir esse tipo de apresentação formal, teria pelo menos um título igualmente único para ostentar: "o brasileiro que nunca foi convidado nem indicado para o Ministério da Cultura".

  • Corrupção é o foco

    Mesmo que as reivindicações sejam várias e muitos cartazes exibam anseios mal explicados ou utopias inalcançáveis, há um ponto comum nessas manifestações dos últimos dias: a luta contra a corrupção. A vontade de que o dinheiro público seja gasto com transparência e que as prioridades dos governos sejam as questões que afetam o dia a dia do cidadão comum, como a saúde, a educação, os transportes públicos, está revelada em cada palavra de ordem, até mesmo nas que parecem nada ter a ver com o fulcro das reivindicações, como no protesto contra a PEC 37.