Recriando o que copia
Acho que, se estivesse na arena, entre os dez mil vibrantes torcedores do judô, seria com certeza o único a perguntar ao vizinho se não teria segundo tempo.
Acho que, se estivesse na arena, entre os dez mil vibrantes torcedores do judô, seria com certeza o único a perguntar ao vizinho se não teria segundo tempo.
O Brasil é uma potência cultural, o que ignoravam todos os que anunciaram, antes do tempo, só catástrofes e fracassos.
A explicação mais plausível para o ataque ao carro da Força Nacional que resultou no ferimento grave de um dos soldados é também a confirmação da situação de guerra que estamos vivendo no Rio de Janeiro. Os membros da Força Nacional, por serem de outros Estados e não conhecerem o Rio, seguiram a orientação de um aplicativo e entraram por engano na Vila do João.
A votação da noite de terça-feira no Senado demonstrou que não há mais indecisos no plenário, e se os houver, são senadores que podem votar pelo afastamento definitivo da presidente Dilma. Talvez por isso ela tenha adiado mais uma vez a carta que divulgaria, propondo um plebiscito sobre novas eleições gerais.
Com a certeza de que o processo de impeachment no Senado caminha para uma decisão amplamente favorável à sua efetivação no cargo, e pacificada a base aliada em relação à cassação do mandato do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que deve ocorrer apenas depois da definição do impeachment para prevenir qualquer tipo de retaliação, o governo Temer negocia intensamente a aprovação do projeto que define limitação nos gastos de Estados e Municípios.
O senador petista Lindbergh Farias, exercendo seu papel de líder da oposição no Senado, tenta mais uma manobra para suspender o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, alegando que o presidente em exercício Michel Temer ganhará imunidades constitucionais caso a presidente Dilma seja afastada definitivamente, e não poderá ser investigado pela denúncia de que recebeu R$ 10 milhões da empreiteira Odebrecht, conforme constaria da delação premiada de Marcelo Odebrecht.
Abertura dos Jogos foi mesmo uma metáfora dramatizada de nossa história de resistência e superação, da volta por cima, a trajetória cultural de um país antropofágico.
Na mais recente edição do boletim Em Foco do IBRE da Fundação Getulio Vargas, os economistas Vilma da Conceição Pinto e José Roberto Afonso escreveram um artigo intitulado "Rumo à falência dos governos estaduais?" que, além de análise das questões econômicas que levaram à crise dos governos estaduais, traz uma advertência de cunho político que não está sendo levada em conta nos debates: Se não superarem a crise social decorrente da crise financeira dos Estados, a intervenção federal é inevitável.
Em julho passado André Franco Montoro faria cem anos. Em um país desmemoriado é bom recordar: Montoro foi dos raros políticos capazes de, sendo realista, não deixar de lado os sonhos, as crenças, os valores. Em época de pouco caso ao meio ambiente, Montoro exortava as pessoas a plantarem hortas, a darem preferência à navegabilidade dos rios, a deixarem de lado os egoísmos nacionais e olharem para a América Latina, a dizer não à bomba atômica.
De grão em grão, a galinha enche o papo. Pancada de amor não dói. Uma andorinha não faz verão. Não sou contra os ditados populares que antigamente os eruditos chamavam de anexins. Reconheço que eles expressam o "veredicto dos séculos".
A tentativa do ex-presidente Lula de criar um clima de suspeição sobre o juiz Sérgio Moro, na expectativa de que uma eventual condenação seja considerada uma perseguição política, não uma punição por crimes de que é acusado, pode acabar apressando denúncias contra ele.
Costuma-se dizer que o país não tem memória. Mas às vezes são alguns políticos os que sofrem de esquecimento, uma espécie de amnésia de conveniência
Num estado democrático de direito, foro privilegiado não se justifica mais. Pode, no máximo, proteger a opinião expressa por parlamentares na tribuna
O comentário aparentemente cândido do presidente do PT Rui Falcão sobre as dificuldades que a proposta de um plebiscito sobre nova eleição presidencial enfrentaria para se tornar realidade, na verdade é uma crítica direta à presidente afastada Dilma Rousseff que explicita a separação entre o partido e aquela que foi sua candidata à presidência por influência de Lula.
À medida que o processo de impeachment caminha no Congresso, a realidade vai demonstrando que a retórica política do golpe não tem base. A cada passo, os parlamentares que defendem a presidente afastada tentam diversos recursos tendentes a protelar o resultado final.