
O desfile da crise
Joãosinho Trinta exaltou a riqueza ao afirmar que ‘povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual’. Mas o seu mais famoso enredo, o mais revolucionário, foi sobre o lixo.
Joãosinho Trinta exaltou a riqueza ao afirmar que ‘povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual’. Mas o seu mais famoso enredo, o mais revolucionário, foi sobre o lixo.
Dilma não imaginava que chegaria a hora de pagar a conta das teimosasdecisões equivocadas? É hoje o dia. Da agonia.
Talvez tenha sido um dos homens mais cultos do Brasil. Nascido em 1920, em Porto Calvo, Alagoas, Newton Lins Buarque Sucupira formou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito de Recife (1942) e bacharel em filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (1947). Em 1961, indicado por Anísio Teixeira, integrou o primeiro grupo de intelectuais a compor o Conselho Federal de Educação (CFE), atualmente Conselho Nacional de Educação (CNE). Atuou até 1990 como professor da Fundação Getulio Vargas e da UFRJ. Morreu aos 86 anos, no Rio, em 2007.
E pensar que até outro dia reclamava-se de que o carnaval de rua no Rio tinha acabado, estava morto. Hoje há até de sobra. São cerca de 500 blocos.
Não deixem de visitar o Museu Nacional de Belas Artes antes do dia 13 de março, dia em que termina a exposição “San Sebastiano”. Dois jovens artistas bolonheses da Itália barroca: Guercino e Guido Reni. Jovens porque suas obras parecem ter sido feitas no ano de 2015, sem uma ruga no rosto, sem qualquer sinal desses quinhentos anos. Digamos que houvesse apenas uma pintura no MNBA, em virtude de hipotética reforma, e que as paredes estivessem brancas, despovoadas, e que a única imagem presente fosse apenas “O Martírio de São Sebastião”: mesmo assim a visita valeria, e muito!
Poucas vezes tivemos crise como a que atravessamos. Não é dramática como a de 1954, que provocou o suicídio de um presidente. Nem sanguinária (até agora), como os golpes de 1964 e 1968.
As últimas semanas estão mostrando, no quadro político americano, a extrema radicalização de Donald Trump em sua proposta eleitoral nas primárias, que já se iniciaram.
Blocos saem às ruas ostentando alegria que não rima com sofrimento que a incerteza presente e futura está trazendo.
Não sei se foi de dona Zizi, minha mãe, ou de Newton Ferreira, meu pai, que herdei esta tendência a não me submeter a verdades indiscutíveis.
O lugar comum garante que há gosto para tudo. Em criança, meu objeto de desejo era ser maquinista da Estrada de Ferro Central do Brasil. Adorava os trens, dentro ou fora deles. Minhas preces suplicavam a Deus, aos anjos, arcanjos e serafins, a graça de passar o resto da vida dirigindo as antigas Marias-Fumaças.
A Macroplan, empresa de consultoria especializada em estratégia e cenários de longo prazo, em estudos para a atualização das análises para o Brasil 2016-2035, identificou e delineou “fatos portadores de futuro” - eventos ou processos em fase de amadurecimento no país, que carregam consigo o germe de mudanças significativas.
Se isso é o que nos oferece o presente e se é inútil tentar reviver o passado, o jeito é fugir pra frente, nem que seja sob a forma dos meus dois netinhos, Alice e Eric
Marcelo Odebrecht, então presidente da empreiteira, comentou com conhecidos, pouco antes de ser preso pela Operação Lava-Jato, a atuação de Leo Pinheiro, presidente da OAS, no sítio de Atibaia: “O que que tem o Léo ajudar o Lula naquele sítio dele? São amigos, não custa nada ajudar”.
O MP do Rio de Janeiro pediu hoje a proibição da venda em todo o estado do livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito por Hitler, cujos direitos autorais caíram em domínio público, foi editado no Brasil e já está à venda em diversas livrarias.
Outro dia fiz um comentário no J10 da Globonews que merece aprofundamento, a respeito da sem-cerimônia com que a ex-ministra do Gabinete Civil Erenice Guerra transita nos bastidores em Brasília, mesmo depois de ter sido demitida do seu cargo devido a acusações de tráfico de influência em favor de seu filho.