Tempos estranhos
Só agora, com o início das obras de restauração do Cristo Redentor, é que me dei conta de que temos a mesma idade — somos, ele e eu, de 1931.
Só agora, com o início das obras de restauração do Cristo Redentor, é que me dei conta de que temos a mesma idade — somos, ele e eu, de 1931.
Se o prefeito Eduardo Paes achava que podia caminhar em harmonia com dois parceiros que são, entre si, declarados desafetos políticos — Jair Bolsonaro e João Doria —, bastou a primeira segunda-feira do ano para desfazer a ilusão.
Ainda repercute a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, assassinada pelo ex-marido com 16 facadas diante de suas três filhas, de idades entre 7 e 9 anos, na véspera do Natal.
Além de tudo, a vacinação em massa seria um bom negócio para o país.
É possível que o próprio Eduardo Paes não desconheça o caráter plebiscitário destas eleições — mais do que aprovação a ele, elas foram de rejeição a Marcelo Crivella.
Para Bolsonaro, vidas negras não importam ou importam pouco.
Passamos o último fim de semana mobilizados por eleições e, com certeza, vamos passar o próximo também.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais no domingo para decretar que “o tiro também é cultura”.
Quando o vice Hamilton Mourão surgiu esta semana para botar panos quentes, como costuma fazer, as hostilidades haviam cessado, deixando a impressão de que, afinal de contas, era muito fácil xingar um general-ministro de “Maria Fofoca” e ficar por isso mesmo.
O acadêmico Zuenir Ventura há alguns anos utilizou o conceito sociológico de cidade partida para caracterizar a profunda cisão social da cidade do Rio de Janeiro em dois universos justapostos e desiguais, fenômeno que se repetia em outros núcleos urbanos brasileiros e de outros países.
Só espero que não se repita mais o que aconteceu este ano, quando, por causa da pandemia, não pude abraçar meu netos Alice e Eric nos seus aniversários.
Moral da história: o crime às vezes compensa, como agora, no caso do bandido André do Rap, cujo exemplo foi logo seguido pelo também traficante Gilcimar de Abreu, conhecido como Poocker.
Comentando a possível fusão do Ibama com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pretendida pelo ministro Ricardo Salles, o leitor Mario Barilá Filho escreve para advertir que é preciso garantir que o nome do líder seringueiro seja mantido na instituição que resultar dessa operação, cujo objetivo seria apagar qualquer memória da luta do ambientalista pela Amazônia, que causou o seu assassinato.
A maldição Marcelo Crivella está aí para provar que o carioca se acha muito esperto, mas não sabe votar.