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Artigos

  • O baile sem fim da hegemonia

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 28/01/2005

    A festa da reeleição de Bush não se avalia só em comparação com os gastos das posses anteriores. Afinal de contas, foram apenas US$ 44 milhões contra os 35 de Bill Clinton na sua primeira vitória. O novo vem tanto do novo recado no frio do 20 de janeiro quanto do luxo e da opulência da festa no coração de um país em guerra. Um baile somou-se a outro na farandola do rodopio do casal, terminando na coreografia texana dos donos da festa.

  • Responsabilidade fiscal e sex shop

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/01/2005

    Um avanço extraordinário para a moralização da administração pública foi a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Trouxe uma transformação institucional vigorosa para extinguir a irresponsabilidade de gestores públicos que não dão bola a qualquer controle.

  • Os problemas da cidade

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/01/2005

    Para se avaliar os problemas que a administração municipal deve enfrentar, basta o levantamento de todos eles e o seu cotejo com problemas do passado, que perduram na agenda dos prefeitos. Com o atual prefeito não é diferente. Insiste o titular do cargo que os gestores da fase Marta, a catastrófica, que ficou dinheiro em caixa, e insiste o atual prefeito que nada ficou, somente dívidas e dívidas altíssimas, brutais, mesmo, para os cofres do município.

  • A eficiência da Abin

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/01/2005

    Li no "Estadão" que o Planalto quer saber o que os movimentos sociais do país "acham do serviço de inteligência brasileiro, que tem como órgão central a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entidade que substituiu o extinto e malfadado Serviço Nacional de Informações (SNI)".

  • Juros nas alturas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/01/2005

    Temos cinco Copas do Mundo de futebol. É um de nossos títulos de glória no mundo. E temos, paralelamente, outro título de glória: estabelecemos os mais altos juros do planeta, um verdadeiro tsunami, para evitar o retorno da inflação.

  • O petismo de volta às origens

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/01/2005

    O começo do segundo tempo de Lula torna bem clara a noção do caminho à frente e da importância de uma imantação das bases, para o ganho de um segundo mandato. E de, por aí mesmo, acreditar-se numa substantiva política de mudança. Não é outro o ferrete efetivo da esperança do Brasil do outro lado. Um propósito efetivo de transformação continua o impulso de chegada ao poder, nascido do mais fundo do inconsciente social dos destituídos, a explicar a sua inédita paciência com o deslanche de um governo como o atual.

  • Salvando a minha pele

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/01/2005

    Aterrado, literalmente aterrado, pois se trata de uma tragédia que envolverá terra e Terra, li no último domingo o excelente artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp, sobre o péssimo futuro que nos aguarda.

  • O combate à pobreza

    Diário do Comércio (São Paulo), em 26/01/2005

    Desde que a história passou a ser escrita, a pobreza foi um assunto e um problema focalizado com freqüência. Não foi, portanto, o romantismo com os "Os Miseráveis", de Victor Hugo que mostrou a chaga social da pobreza, a tristeza que a envolve, o baixo padrão que nela se insere em permanência, mas a própria natureza humana, séculos após século, que multiplicou os pobres, e estabeleceu as classes sociais, com as diferenças conhecidas e combatidas, até agora inutilmente.

  • Os gestores culturais

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/01/2005

    James Joyce escreveu a maior obra literária do século 20, Ulisses, sustentando-se (mal) como professor de inglês, exilado da sua Irlanda natal. Franz Kafka suportou o trabalho burocrático de escriturário numa companhia de seguros para poder escrever suas incomparáveis parábolas sobre a condição humana como O processo e A metamorfose. E que dizer dos pintores malditos do impressionismo e do expressionismo, que se alimentavam de absinto e morriam de fome em suas mansardas? Van Gogh, o recordista dos leilões milionários de hoje, não vendeu uma só tela em seu tempo de vida. Todos estes artistas eternizaram a sua arte sem nenhum patrocínio, apoiados apenas pela crença interior na sua arte e movidos pelo impulso de criar sem nenhuma garantia imediata de sucesso.

  • De Proust a Agnaldo Timóteo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/01/2005

    O amigo admite: "Eu fazia um péssimo juízo de mim mesmo. Julgava-me um idiota desde os 15 anos, quando tentei ler Proust. Nunca ia além da página 50 ou 60. No Carnaval passado, decidi fazer uma higiene mental, apanhei o Proust e, maravilha, devorei os sete volumes, devagarinho. Agora posso me olhar no espelho".

  • A condição humana

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 25/01/2005

    Estudar um livro ou qualquer manifestação literária exclusivamente do ponto de vista estético ou político do momento foi a constante de uma corrente da crítica literária que se avolumou a partir do século XIX. Na linha dessa posição, muita gente se enganou - como se engana ainda hoje - pensando que a vanguarda está aqui quando está lá, lá quando aqui.

  • O diabo e o demônio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/01/2005

    Enquanto a mídia se esbofa na avacalhação do novo avião da Presidência da República, deixa de criticar, asperamente como devia ser o caso, os dois programas sociais que Lula, antes do avião, botou no ar para mascarar a política econômica: a médio e longo prazo, tornará mais dramático o desnível social que já se tornou um dos mais injustos do mundo.

  • O desrespeito à LRF

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/01/2005

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pôs em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal com o único objetivo moralizador de disciplinar os gastos dos prefeitos, em geral, de capitais e do interior. Quem acompanha, como somos obrigados por dever de ofício, constata que os titulares das prefeituras, em geral, gastam desproporcionalmente, infringindo dispositivos da LRF, para se elegerem ou reelegerem, enfim, para estarem no lugar que lhes permite vida fácil e boa mesa com dinheiros públicos.

  • Língua de fora

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 24/01/2005

    Há poucos anos, houve um sério debate, nos meios intelectuais brasileiros, quando o Itamaraty resolveu abolir o francês dos seus exames de admissão. Não é difícil lembrar que se argumentou muito com o seguinte fato: o mundo, no caminho inexorável da globalização, está preferindo o inglês como língua universal. Por que sobrecarregar os nossos futuros diplomatas com a língua francesa, que já não seria mais tão importante assim?