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Artigos

  • Ovo frito

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/06/2006

    A maioria não gostou do uniforme do Brasil contra o Japão -a camisa amarela e o calção branco. Uma combinação estranha, admito. A menos que o Vaticano (cujas cores oficiais são as mesmas) decida entrar na Fifa, o visual brasileiro do último jogo me agradou bastante. Chegou a dar movimentação maior à seleção, que, na realidade, muito se movimentou em campo.

  • O padre ganhou mais uma

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/06/2006

    A Holanda é uma espécie de queridinha aqui na Europa, por ser considerada uma injustiçada, desde os tempos do carrossel, da laranja mecânica ou que outro nome dê, ao futebol inegavelmente de boa qualidade, que a tem levado até bem perto de títulos importantes como o da Copa. Há até quem diga que havia esquemas armados para favorecê-la desta vez, embora tudo seja na base da fofoca.

  • Reforma na vida

    Extra (Rio de Janeiro), em 26/06/2006

    Um conhecido meu, por sua incapacidade de combinar o sonho com a realização, terminou com sérios problemas financeiros. Sem poder pagar as dívidas que se acumulavam, chegou a pensar em suicídio. Caminhava por uma rua certa tarde, quando viu uma casa em ruínas. “Aquele prédio ali sou eu”. Neste momento sentiu desejo de reconstruí-la. Descobriu o dono, ajeitaram uma maneira de conseguir tijolos, madeiras, cimento. Sentia que sua vida pessoal ia melhorando à medida que a reforma avançava. No fim de um ano, a casa estava pronta. E seus problemas pessoais solucionados.

  • Público e privado

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/06/2006

     A percepção do cidadão é a de que conceitos como política, poder e autoridade não são mais que entraves ao exercício de seus direitos

  • Colonizados e colonizadores

    O Globo (Rio de Janeiro), em 24/06/2006

    Nesta Copa tem havido jogos entre seleções de países que foram colonizados ou ocupados pelos seus adversários no futebol. Ontem mesmo, a França, depois de um primeiro tempo sem gols, acabou ganhando de seu ex-colonizado Togo.

  • Eterna insatisfação

    Extra (Rio de Janeiro), em 24/06/2006

    Shantih percorria a cidade pregando a palavra de Deus, quando um homem veio procurá-lo para que curasse seus males. “Trabalhe. Alimente-se. E louve a Deus”, respondeu Shantih. “Acontece que, quando como, minha barriga queima com azia. Quando bebo, minha garganta arde. E quando trabalho, sinto minhas costas doerem com o peso da lavoura”, disse o homem. “Então morra”, disse Shantih. O homem foi embora. Shantih comentou: “Ele tinha duas formas de encarar cada coisa, e escolheu a pior. Quando morrer, deve reclamar do frio dentro do túmulo”.

  • Genocídio e evidência

    Correio Braziliense (Brasilia), em 23/06/2006

    Na semana passada, participei em Jerusalém de um seminário internacional sobre imigração e cultura. Tema importante, do ponto de vista literário, sobretudo em um país como o Brasil que é um verdadeiro melting pot, uma mistura de etnias, de religiões, de tradições. Não é de admirar que os imigrantes tenham papel destacado nas obras de nossos escritores: os alemães em Graça Aranha, em Vianna Moog e em Josué Guimarães, os espanhóis em Nélida Piñon, os italianos em José Clemente Pozenato, os portugueses em Ana Maria Machado, os libaneses em Milton Hatoum, para ficar só com alguns exemplos. 

  • Mudam as capitais

    Diario do Comercio (São Paulo), em 22/06/2006

    Seria preciso, a meu ver, que um espírito erudito como o embaixador Meira Penna, autor de obra sobre a mudança de capitais, fizesse um estudo sobre a participação ou não da atmosfera miasmática brasiliense na intoxicação da política brasileira nestes últimos tempos.

  • Erros de uma vida

    Extra (Rio de Janeiro), em 22/06/2006

    O filósofo Nietzche disse: “Não vale a pena discutir sobre tudo, já que faz parte da condição humana errar de vez em quando”. Mas não tem jeito: há gente que faz questão de estar certa nos menores detalhes. Nós mesmos agimos assim. Não nos permitimos errar. Daí, ficamos com pavor de seguir adiante. Certos passos exigem decisões que não sabemos como tomar, cujos resultados desconhecemos.

  • Os limites do futuro

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/06/2006

    "Como serei quando tiver 64 anos?", perguntou um jovem nos anos 60, quando estava com tudo à sua frente, o sucesso, a fortuna, a vida inteira, enfim. Esse jovem está fazendo agora 64 anos e, se teve sucesso em sua vida, foi quase um fracasso em prever o seu futuro.

  • A volta dos ditadores

    Diario do Comercio (São Paulo), em 21/06/2006

    Li no noticiário estrangeiro do nosso jornal que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou que vai cassar as licenças de exploração televisiva se as emissoras em funcionamento continuarem a criticar o seu governo. Como se sabe, as televisões dependem de licença do governo, que pode de uma penada provocar a troca do dono ou então fazer com que dispensem comentaristas ou analistas importunos. Evidentemente, Hugo Chávez está assumindo postura de ditador no velho estilo latino-americano, que tantos males trouxe para o continente, tais os excessos praticados durante os respectivos governos.

  • Situações difíceis

    Extra (Rio de Janeiro), em 20/06/2006

    Certas vezes, temos que arregaçar as mangas e resolver uma situação difícil. Nestes casos, nada pior do que adiar. É melhor resolver logo. Quando eu tinha 10 anos, minha mãe me obrigou a fazer um curso de educação física. Um dos exercícios era pular de um píer para água. Eu morria de medo. Ficava no último lugar da fila, e sofria com cada menino que pulava na minha frente, porque logo chegaria a minha hora. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu passei a ter coragem.

  • Dinheiro e sangue

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/06/2006

    Esforço meritório, mas parece que inútil, o do deputado Fernando Gabeira em levar adiante a CPI que investigará o escândalo das ambulâncias. Meritório porque o Congresso precisava fazer alguma coisa para apurar as denúncias que envolvem alguns de seus membros. Inútil porque, apesar da seriedade de Gabeira e de outros congressistas em apurar os fatos, o tempo e o modo fatalmente impedirão que os trabalhos da comissão cheguem a um resultado que puna os culpados.

  • Passo a passo em Munique

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/06/2006

    Sei que vocês devem ter sentido a mesma coisa, aí em frente a tevês ou telões, mas eu estou aqui no centro de imprensa de Munique, duas horas antes do jogo. No meu bolso direito, um frasquinho de uma tisana à base de maracujá, oferecido por uma compatriota solidária com meu estado lamentável.

  • A mídia derrotada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/06/2006

    A pesquisa mais recente, divulgada na última semana, tem sido interpretada de diversos modos e intenções. O crescimento da popularidade de Lula e da aceitação de seu governo não deixa de provocar um exame de consciência nos profissionais da mídia, alguns deles acreditando que a imprensa, em geral, é o quarto poder.