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Artigos

 
  • Inclusão digital insustentável

    Chegamos a meio século de existência da  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em suas várias versões, a partir de 1961.  Não se pode afirmar que a LDB tenha trazido boas soluções para os grandes problemas nacionais. A rigor, as Leis 4.024/61, 5692/71 e 9394/96 (em vigor) constituíram-se em belas colchas de retalhos.  Talvez suas piores consequências tenham sido a frágil e tardia assistência à educação infantil e a bigconfusão em torno do ensino médio, que cria embaraços à inclusão digital pretendida em nossos dias.  De jeito que está ela parece insustentável.

  • Prioridades democráticas e neofundamentalismo

    O fato de ser o Brasil o país-foco da Conferência de Davos só ressaltou mais a contundência do pronunciamento do ministro Patriota, diante da interpelação equívoca do presidente da Human Rights Watch, Kenneth Roth, sobre a nossa falta de apoio à presença militar externa na Líbia, e às sanções ao governo sírio. Pode, de vez, Patriota, aclarar o quanto o intervencionismo internacional nesses países não poderia mascarar o neoimperialismo da Otan na área, em contraponto à tarefa que caberia às entidades regionais, como foi o intuito da Liga Árabe, e, exatamente, com o apoio brasileiro.

  • Democracia em questão

    Acho que já contei esta história, mas vou repeti-la para justificar o título desta crônica. Faz tempo, o escritor Álvaro Lins, crítico literário e chefe do Gabinete Civil no governo JK, recebeu convite oficial para visitar a Suíça. Começou em Genebra. No primeiro dia, leu os jornais da cidade e ficou sabendo que haveria eleição geral em toda a Confederação Helvética.

  • Pedagonet: a ciência do futuro

    Estamos vivendo um período de grandes perplexidades e, aparentemente, muitas contradições. Por um lado, alguns intelectuais mais apressados anunciaram o fim dos livros, jornais e revistas impressos em papel. Comemoram, com isso, a sobrevivência de milhões de árvores que deixariam de ser abatidas. Por outro lado, foi divulgada a notícia de que, no Brasil, nos dois últimos anos, a venda de jornais cresceu significativamente, em parte devido à ampliação dos limites da nossa classe média, em virtude do sucesso das políticas econômicas do governo. E um dado formidável: os jovens estão lendo mais, não se contentando apenas com as notícias colhidas na internet.

  • A grafia de abreviatura e o emprego de ‘onde’

    Uma leitora atenta nos indaga sobre como grafar a teoria do princípio de ‘reduzir, reutilizar e reciclar’ em referência ao gerenciamento da eliminação de resíduos sólidos em benefício de preservação do meio ambiente, uma vez que tem visto na imprensa modos diferentes de fazê-lo: 3 R’s, Três R’s, os três Rs.

  • Uma questão de números

    A disputa pelo controle político da nova classe C, explicitada pela preocupação do ministro Gilberto Carvalho de não a deixar “à mercê” de influências conservadoras, tem razões quase matemáticas: cerca de 39,6 milhões ingressaram nas fileiras da chamada nova classe média entre 2003 e 2011, número que vira 59,8 milhões se contarmos desde 1993.

  • ¿Hay gobierno?

    É uma das piadas mais conhecidas: o náufrago espanhol chega a uma ilha, é recebido por alguns habitantes locais e faz a primeira e única pergunta que lhe competia: "¿Hay gobierno acá? Respondem que sim, há governo. O espanhol, ofegante, declara seus princípios: "¡Entonces, soy contra!"

  • Questão de Estado

    A PEC-300, que trata da questão salarial dos policiais militares, aprovada em primeiro turno por unanimidade há um ano e meio devido à atuação do governo federal e dos partidos aliados, agora está sendo firmemente combatida pelos mesmos personagens, que de repente descobriram os malefícios de uma lei que já foi tida como virtuosa e rendeu muitos votos na eleição presidencial de 2010.

  • Exame de consciência

    Não faz muito tempo, ouvi um cineasta declarar, mesmo sem pompa nem circunstância, que somente o cinema novo do Terceiro Mundo pode destruir o capitalismo, a globalização e os crimes ecológicos que estão destruindo o nosso planeta. Já com alguma pompa e algumas circunstâncias, ouço, a cada dia, algum entendido declarar que o Brasil é a quinta, a quarta ou mesmo a terceira economia mundial, dependendo, é lógico, das citadas circunstâncias.

  • Guizo no gato

    Tudo se encaminha para uma decisão partidária, o que não tem sido muito comum no PSDB. Se, como indicam certos movimentos dos últimos 15 dias, for confirmada a decisão do ex-governador José Serra de disputar a eleição para prefeito de São Paulo, os tucanos estarão próximos de uma unidade que poderá facilitar o projeto nacional de voltar à Presidência da República.

  • Soberania popular

    O julgamento da Lei da Ficha Limpa parece se encaminhar para uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor de sua aplicação já na próxima eleição. O fundamental da sessão de ontem na Corte foi o voto da nova ministra, Rosa Weber.

  • O passado condena

    Um dos pontos mais importantes para a atividade política, decidido ontem, na segunda sessão de votação da Lei da Ficha Limpa, que acabou sendo aprovada para entrar em vigor já nas eleições municipais deste ano, foi a possibilidade de impugnar-se candidaturas por fatos passados.

  • Rio Branco

    No último dia 10 de fevereiro, sob os auspícios do chanceler Antonio Patriota, celebrou-se no Itamaraty o centenário de falecimento do barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Júnior, que morreu no pleno exercício de suas funções de ministro das Relações Exteriores. Em 2002, na minha gestão, o Itamaraty promoveu um seminário para comemorar o primeiro centenário da posse de  Rio Branco no Ministério das Relações Exteriores.

  • Muitas novidades – 1

    Eis-me de volta e parece que foi ontem que saí de férias, sensação agravada pela circunstância de que não cheguei a descansar. Por mais que eu tente, o repórter que nunca consegui ser, mas sempre invejei, insiste em pedir outra chance e, mesmo sabendo que mais uma vez não vai dar certo, acabo cedendo. Não parei de cobrir os acontecimentos locais e de me inteirar das novidades para passá-las aos leitores, sempre ávidos por saber como estão as coisas lá na ilha. É muito material e não sei se o espaço será suficiente, mas claro que não perderei a oportunidade de demonstrar um tremendo esforço de reportagem, o que sempre foi meu ideal jornalístico.