
O inevitável bom senso cívico
Não tivemos, desde a "cristianização" do candidato governamental contra Vargas, eleição mais rebelde aos donos do poder e ao Brasil de todo o sempre, que a do próximo 6 de outubro. Domina a cena a proeza decisiva do primeiro partido moderno do País, ensejando ao PT a vitória com o sucesso pertinaz, de disciplina, consulta às bases e, sobretudo, capacidade de aglutinação de Lula. O que mais ressalta é o profundo amadurecimento, mais que do candidato, da própria consciência política brasileira. Alastrou-se, nesses dias sísmicos do País diante da telinha e do noticiário jornalístico, derrubando, de vez, o comício das turbas despejadas dos ônibus-monstro e dos candidatos-pretexto, para o sucesso das duplas sertanejas.