
Tempo dos gordos
O secretário de imprensa da Presidência da República, Fábio Kerche, mandou-me e-mail retificando notas que li na imprensa sobre o colete à prova de balas que Lula teria usado no Fórum de Porto Alegre.
O secretário de imprensa da Presidência da República, Fábio Kerche, mandou-me e-mail retificando notas que li na imprensa sobre o colete à prova de balas que Lula teria usado no Fórum de Porto Alegre.
Tem a maior importância o Fórum de Davos, ao assumir a responsabilidade de combate à pobreza.
Até que enfim deparo com um poeta brasileiro que descobre, aproveita e usa as palavras por inteiro, por dentro e por fora, nas suas vogais, nas suas consoantes - isto é naquilo em que a poesia - por ser cântico - se reveste de sons. Isto mesmo: sons, com seu ritmo e sua música. Sons - com suas vogais e suas consoantes da língua portuguesa, com seus "a", "e", "i", "o", "u" e seus fortes batimentos consonantais. É o que faz, em seu livro mais recente, "A rosa anfractuosa", o poeta Fernando Mendes Vianna".
Estamos em plena discussão a respeito da reforma universitária, o que é democraticamente saudável. Há quem manifeste estranheza diante da proposta do MEC, apresentada pelo ministro Tarso Genro, no dia 6 de dezembro de 2004. Talvez ela não fosse necessária, bastando os instrumentos legais hoje existentes, especialmente a Constituição e a LDB.
Não estava em Davos na semana passada e, além de ter perdido o discurso de Lula, que sempre se sai bem quando está diante de poderosos, perdi a oportunidade de participar da vaquinha que a atriz Sharon Stone promoveu para comprar mosquiteiros destinados à Tanzânia.
Faz alguns anos a editora Agir, do Rio de Janeiro, publicou precioso livro, de tamanho similar a maioria dos livros editados no Brasil. Esse livro tinha por título o mesmo título deste artigo. Tratava da educação do príncipe, para que ele, ao chegar o dia de assumir o trono e o governo, acima da administração, obra de seus ministros e da burocracia categorizada por ensino prévio, saiba como se conduzir no exercício de suas funções.
Fiquei triste ao ler nas folhas que o presidente Lula usou um colete à prova de balas na sua recente ida ao Fórum de Porto Alegre. Vendo-o nas TVs, estranhei o blusão rechonchudo que usava, fazendo-o mais gordo do que é, mas sem estragar o visual, que geralmente é bom e simpático.
Quando a Igreja fundou as universidades, espalhando-as pelo mundo conhecido e já percorrido pelas legiões de Roma, não opôs limitações ao ensino. A Ciência e as Letras tinham lugar de relevo no ensino, mas as disputas entre os professores e os alunos era ampla, suscitando o conhecimento dos clérigos e dos leigos, na escala estabelecida pela Santa Madre, com seu poderio de fundadora. Foi como as universidades se desenvolveram.
PASSEI A MANHÃ INTEIRA EXPLICANDO que meus interesses não são exatamente os museus e as igrejas, mas os habitantes do país - e, desta maneira, seria muito melhor que fôssemos até o mercado. Mesmo assim, eles insistem; é feriado, o mercado está fechado.
Mais um plano lançado pelo governo para responder às críticas de sua apatia pela agenda social. Depois do Fome Zero e do Bolsa-Família, que trouxeram mais problemas do que soluções para o próprio governo, vem agora o Prouni, destinado a democratizar o ensino superior. Ao contrário dos programas anteriores, que pelo menos eram bem-intencionados, mas impraticáveis, o Prouni tem um erro de origem, expressando um conceito primário de ensino.
Quando se comemorou o 20.º aniversário do retorno do Brasil ao regime democrático, políticos houve - mesmo entre os que apoiaram incondicionalmente o regime militar - que teceram loas à "sabedoria" com que teriam atuado naquele evento. Na realidade, não houve inesperada volta à democracia, a qual foi reconquistada aos poucos, sendo decisiva a participação de juristas nessa ocorrência.
A festa da reeleição de Bush não se avalia só em comparação com os gastos das posses anteriores. Afinal de contas, foram apenas US$ 44 milhões contra os 35 de Bill Clinton na sua primeira vitória. O novo vem tanto do novo recado no frio do 20 de janeiro quanto do luxo e da opulência da festa no coração de um país em guerra. Um baile somou-se a outro na farandola do rodopio do casal, terminando na coreografia texana dos donos da festa.
Um avanço extraordinário para a moralização da administração pública foi a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Trouxe uma transformação institucional vigorosa para extinguir a irresponsabilidade de gestores públicos que não dão bola a qualquer controle.
Para se avaliar os problemas que a administração municipal deve enfrentar, basta o levantamento de todos eles e o seu cotejo com problemas do passado, que perduram na agenda dos prefeitos. Com o atual prefeito não é diferente. Insiste o titular do cargo que os gestores da fase Marta, a catastrófica, que ficou dinheiro em caixa, e insiste o atual prefeito que nada ficou, somente dívidas e dívidas altíssimas, brutais, mesmo, para os cofres do município.