Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Davos e a pobreza

Davos e a pobreza

 

Tem a maior importância o Fórum de Davos, ao assumir a responsabilidade de combate à pobreza.


O fórum sobrepõe-se aos movimentos mundiais da Igreja contra o estado de pobreza em que vivem milhões de habitantes do planeta, nos países em desenvolvimento e nos ainda subdesenvolvidos, como os africanos. Os recursos para obra dessa envergadura terão de ser canalizados dos países ricos, o G- 8 ou outros que formem o clube dos ricos, para um órgão com essa finalidade.


Sabemos ou supomos saber que a pobreza não terá fim. O próprio Cristo alertou para essa situação no fluxo do tempo, afirmando que pobres sempre teremos em nosso meio. Palavra de Deus feito homem e sujeito aos problemas dos entes vivos, das famílias e dos grandes grupos nacionais, como os nordestinos brasileiros, esse sorvedouro de verbas, sem que se veja para ele um paradeiro digno. É ali, embora no sul rico da nação também se tenha um Tonel das Danaides, que não se enche nunca.


Quem estuda economia e quem domina a matemática sabe que a pobreza é um anteparo duro de ser vencido pela sua destruição, quando o mundo entraria na fase dourada de que falam as Escrituras.


O mundo opulento não tem perspectiva de surgir, pois a população é assunto malthusiano, aumentando sempre, sem a base econômica que proverá de recursos as famílias, que constituem a sociedade. Daí, as tremendas dificuldades que se apresentam aos capitalistas em Davos.


Mas convém ressaltar que a decisão de lutar contra a pobreza, em grande parte envergonhada, como a conhecemos em parcelas de população e de famílias isoladamente ou em conjunto. Isto, por se unir aos demais problemas citados, ter a parte moral um peso enorme na luta pelo fim dessa praga econômica.


Entretanto, já é um meritório e decisivo argumento saber que os ricos do planeta vão se lançar contra a pobreza, a vergonha da humanidade e sua infelicidade.


 


Diário do Comércio (São Paulo) 02/02/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 02/02/2005