
FHC – ‘Diários’, 1999-2000
Narrativa do cotidiano das dificuldades em situação de agrura, por um 'scholar' de 1.ª linha.
Narrativa do cotidiano das dificuldades em situação de agrura, por um 'scholar' de 1.ª linha.
Com o ataque dos EUA à Síria, gregos e troianos, torcedores do Corinthians e do Flamengo, homossexuais e heterossexuais, chefes de Estado, a totalidade da mídia da esquerda ou da direita, está condenando os mísseis que Donald Trump jogou em cima dos defensores da cruel ditadura de Bashar al-Assad.
O sistema político-eleitoral em que vivemos não está atendendo às exigências democráticas e precisa ser regenerado.
Tão nauseabunda quanto a tentativa patética dos seguidores do PT de naturalizar a escandalosa relação do ex-presidente Lula e dos seus principais assessores com a empreiteira Odebrecht, aí incluída a ex-presidente Dilma, é a maneira quase debochada como o patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, surge nos vídeos, contando, com um permanente sorriso, suas peripécias nos bastidores dos governos petistas, peemedebistas, tucanos.
Deparamos há pouco o massacre de Berlim, seguido da abordagem e morte de seu responsável, em uma operação de rotina dos carabinieri em uma estação de trem próxima a Milão.
O aliancismo clássico se sobrepõe às disciplinas partidárias, tal como são os blocos da hora que tornam imprevisíveis o passo adiante ou o emperro no trato atual com o Poder Legislativo.
Assim como aconteceu com todos os petistas que foram envolvidos no mensalão e/ou petrolão, dos mais graúdos, como José Dirceu, aos mais desimportantes, o ex-presidente Lula começa a jogar às feras um de seus principais assessores, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Para os que alegam em sua defesa que as delações premiadas são fantasiosas, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Procurador Deltan Dallagnol tem um dado incontestável: até hoje, nos três anos de investigações, não houve um só delator que tivesse mentido.
Aconteceu o que se previa, muitos temiam e outros desejavam: a lista de Fachin misturou alhos com bugalhos e colocou todos os relacionados no mesmo patamar. Que país sairá dessa crise que, no seu ápice, envolve 9 ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, 12 governadores e cinco ex-presidentes do Brasil, José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) ? O próprio presidente estaria na lista, não fosse protegido pela imunidade temporária que o cargo lhe confere.
Apesar da perda do mandato, Dilma continuou com direito de disputar eleições, votar, ocupar postos públicos e a ter regalias como viagens ao exterior com 4 assessores.
No dia 7 de fevereiro de 1985, pouco depois de voltar de uma viagem internacional, Tancredo Neves reuniu-se no Rio, com Ulisses Guimarães, para formar o ministério da Nova república. Depois do primeiro encontro, os dois grandes políticos voltaram a se reunir, em Brasília, para uma conversa mais definitiva. É certo que o novo presidente falou com todos os governadores do Brasil, inclusive os seus adversários, como Leonel Brizola, para negociar nomes. Soube-se disso pelas informações passadas por parentes do futuro presidente, como o seu filho Tancredo Augusto, que me contou essa particularidade, no jantar na Manchete, em Brasília, dois dias antes do que seria a posse festiva.
Os petistas e assemelhados estão montando uma nova narrativa sobre a possibilidade de o ex-presidente Lula vir a ser preso, inviabilizando seu projeto de se candidatar à presidência da República em 2018. Já não se trata mais de denunciar que não existem razões para que Lula seja réu em nada menos que cinco processos na Justiça Federal, dois em Curitiba e três em Brasília. Agora, o que se quer é avaliar o grau de nossa democracia pela permissão ou não de Lula ser candidato.
As diversas variantes da história recente da política brasileira encontraram-se na noite de sexta-feira na posse do economista Edmar Bacha na Academia Brasileira de Letras. Recebido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, responsável pelo que Bacha considera o ponto culminante de sua vida pública, a participação no Plano Real, teve a presença de outro ex-presidente, José Sarney, com quem colaborou na elaboração do Plano Cruzado e na presidência do IBGE.
A bem da verdade, não é apenas o senador Renan Calheiros que está se movimentando no cenário político de olho na eleição do ano que vem, cuidando do próprio umbigo, sem levar em conta os interesses do país.
O Rio de Janeiro continua lindo, mas maltratado e às voltas com uma crise ao mesmo tempo política, econômica e moral, que está longe de terminar.