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Artigos

 
  • Política externa: o trunfo a caminho

    Diante das eleições de outubro próximo, a polêmica brasileira fixa-se, de mais em mais, sobre a permanência, ou não, da atual política econômico-financeira como premissa para o próprio futuro da chapa presidencial. O ministro Palocci terminou por vencer todas as escaramuças de derrubada, e sua sustentação assimila-se à de como o País é visto nos rumos da globalização. Com que outras cartas conta o Governo em 2006? Por entre a poeira das disputas do mensalão, do desapontamento com o pior Congresso da nossa história política, ou do acórdão do descrédito final, deixamos, às vezes, de lado, os trunfos da política exterior.

  • A Bolívia e seus demônios

    Quando, em 1985, encontrei-me com o presidente Reagan, durante visita oficial a Washington, depois de discutirmos problemas bilaterais, disse-lhe que não desejaria encerrar nosso encontro sem falar um pouco sobre a Bolívia. Era um país sofrido, cujas riquezas se exauriam e, no seu balanço de recursos naturais e estabilidade, poderia tornar-se problemático. A Bolívia necessita de uma atenção sem retórica, rigorosamente especial por parte da comunidade internacional. Suas cicatrizes históricas e algumas revoltantes injustiças criaram um caldo de cultura e justificados ressentimentos. Acrescentei -naquela época em que as guerrilhas estavam em moda- que a desestabilização da Bolívia teria repercussões em toda a América do Sul. Certamente pensando na geopolítica foi que Che Guevara escolhera aquele país para testar seu heróico misticismo revolucionário.

  • A tecnologia e o grito de eureca

    Bons tempos os que vivemos, em que tudo tem prazo de validade e tudo pode ser descartável. Meu pai herdara uma máquina fotográfica do meu avô, foi com ela que registrou os primeiros passos de seus filhos, o batizado, a primeira comunhão, chegou mesmo a fotografar o casamento do irmão mais velho com o mesmo equipamento, que era chamado de "caixote". Ainda tenho fotos tiradas por aquela ancestral das atuais câmaras digitais, que duram o espaço daquelas rosas de Malherbe.

  • Cinco voltas

    Notícia divulgada há dias indica que o presidente Lula já deu em seu novo Air Bus, em número de viagens, o equivalente a cinco voltas da Terra, ou seja, 200 mil quilômetros.

  • A Bela e a Fera

    Um dos desejos de minha infância foi habitar um palácio como o de "A Bela e a Fera", evidente que sem a fera. Tinha tudo, do bom e do melhor naquele palácio. As luzes se acendiam à passagem da moça, a mesa estava sempre posta, havia solidão e silêncio, ninguém enchia o saco dela, a fera providenciava tudo e ainda fazia o favor de não aparecer, não queria assustá-la.

  • Armadilha para os EUA

    Tem excelentes e bem remunerados assessores o presidente dos Estados Unidos. Mas o que às vezes espanta é que o chefe de uma Nação de tal poderio desconhece as regiões do mundo onde intervém, por não ser informado ou não estar suficientemente preparado para a missão que se avoca.

  • As novas esperanças do Brasil de sempre

    Os dados contundentes do Ibope neste fim de ano desfizeram toda garantia de uma reeleição de Lula. Os números castigaram, tanto do ponto de vista das preferências paulistas, quanto de um decréscimo generalizado, no país, da popularidade do presidente. Teria talvez atingido a própria base profunda, ou o sertão do seu sucesso. Mas não há como confundir este abalo, não só com a viabilidade de um êxito final, mas com a clara superação dessas desvantagens de percurso, desde que o próprio Planalto se dê conta de que a continuidade de Lula não é o fruto amadurecido do primeiro mandato. O novo, sim, é o impacto desses números sobre a reentrada na liça, para valer, da eleição, e as esperanças que desperta nos oposicionistas que dava como favas contadas a manter o presidente a faixa no peito, agora reforçada de seu peso em ouro.

  • O tema de todos os temas

    Não há dúvida de que a TV Digital, começando a funcionar no próximo ano, representará um enorme ganho tecnológico. As imagens dos aparelhos de TV serão muito mais perfeitas, com o fim dos detestáveis chuviscos e outras imperfeições do envelhecido sistema analógico.

  • Bombas de fabricação caseira

    A poética universal acaba de ser enriquecida com os versos do hino oficial da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Embora repartição civil, está sendo militarizada aos poucos, como Jorge Zaverucha revelou em recente artigo. Tem até um hino marcial no qual se pode ler (e os interessados podem cantar) a seguinte estrofe:

  • Lembrar Juscelino

    Em dia da semana passada, antes do almoço, minha enteada perguntou-me se eu já havia assistido na Rede Globo a algum capítulo do seriado biográfico sobre Juscelino Kubitschek. Foi para mim uma surpresa saber desse feito televisivo sobre Juscelino, pois assisto muito pouco à televisão. Juscelino não esperava essa consagração, de resto bem merecida.

  • Jorge e Zélia

    A vida do escritor é pública. A morte do escritor é pública. A partir do tempo em que seus livros atraem um número ponderável de leitores, que passam a esperar o próximo romance ou volume de poesia, ou de crônica, começa o escritor a pertencer, por bem ou por mal, a eles, aos leitores que se tornam amigos, aos amigos que se tornam leitores.

  • É a guerra!

    Reconheço o mau gosto. Mas, quando escrevo para jornais e, às vezes, para mim mesmo, uso palavras ou frases em outra língua, sobretudo a latina, na qual me eduquei e, na maioria das vezes, é a que melhor expressa o que estou pensando ou sentindo.

  • A importância do Simples

    É o Simples Paulista , uma lei baixada para facilitar o desenvolvimento das empresas, principalmente as de menor até médio porte, um fator de real valia para acelerar o arranco do desenvolvimento que nos coloca entre as grandes potências econômicas do mundo.

  • Previsões sobre o menino que nasceu nas alturas

    Mulher dá à luz no banheiro de avião francês durante vôo. Uma passageira da companhia francesa Air Austral deu à luz uma criança no banheiro do avião em que voava da cidade de Lyon para a ilha francesa de Reunião, no oceano Índico. A passageira entrou no banheiro do aparelho sem avisar ninguém. Uma aeromoça percebeu que a mulher, de 25 anos, não saía e foi perguntar o que estava acontecendo. Só então soube que um bebê estava nascendo enquanto o avião, com 170 passageiros, sobrevoava o território etíope. Um médico que estava a bordo se encarregou de cortar o cordão umbilical e comprovar que a mãe e o recém-nascido estavam em perfeito estado de saúde.

  • Sociedade bem informada

    Fomos informados de que o presidente da República, de calção vermelho, pança respeitável à mostra, descansa uns dias em praia reservada, no uso de um direito que a Constituição e o bom senso aprovam. Ninguém é de ferro.