Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Pesquisar

Pesquisar

Foram encontrados 35549 itens para sua busca (exibindo de 34306 a 34320)

Artigo

  • Lula, o sucesso em anticlímax

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/02/2005

    Chegamos a meio caminho do mandato de Lula com o sucesso que quase troca os sinais de apoio ante a expectativa original do governo: as classes mais ricas aplaudem, mais até do que o eleitorado fidelíssimo que o levou ao Planalto. O resultado da dupla Palocci-Meirelles conquistou os novos apoios, que passam a ver no petismo em palácio a continuidade do tucanato. Mas os fiéis de todo o sempre confiam na guinada, acreditando que o segundo tempo será o do despontar de uma social-democracia, para além das restritas receitas cobradas pela dinâmica da globalização. Foram-se os primeiros radicais sem em nada despovoar o pombal petista, mas nas antecâmaras imediatas começaram os distanciamentos. Sinalizaram, mais que a ruptura, o aguardar do começo da diferença, a sair das areias movediças do que está aí.

  • O golpe de misericórdia de Gilberto Freyre

    Jornal do Brasil (RJ), em 15/12/2004

    Quando, em 1933, foi publicado Casa-grande & Senzala, fixava-se o marco irreversível de um novo momento na história dos estudos sociais no Brasil. Com esse livro, o primeiro da grande trilogia freyriana sobre a formação histórica do caráter social brasileiro, assinalavam-se as reflexões e perplexidades diante do que somos nós - os brasileiros - e do que poderemos vir a ser, antes e depois, de Casa-grande & Senzala.

  • Vamos e venhamos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/02/2005

    Nunca houve eleição para a presidência da Câmara dos Deputados igual a essa. Nunca se viu tanta convulsão, tantas reuniões, cafés da manhã, pressões e fusões, alianças e traições. Guardadas as proporções, nem mesmo uma emocionante sucessão presidencial provoca tamanho vendaval (recuso-me a falar em tsunami, que está em moda). O que tudo isso significa? Para onde leva?

  • Ainda as crises

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/02/2005

    Faz poucos dias, comentei nesta coluna as crises que nos atazanam, destacando a mais grave, a da família, que se desfaz. Citei, como exemplo, a morte de algumas famílias, com o crime de eliminação da mãe e do pai, pelos filhos ou filho e comparsas. Tem também, o caso de Campinas, em que uma família morreu, com exceção de uma filha, a mais nova, depois de ter comido um bolo, que continha arsênico em dose mortal. Para todos os efeitos, a filha mais nova, que só provou do bolo, seria a criminosa.

  • Os pinheiros de Roma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/12/2004

    Leitores me perguntam o que eu penso sobre a abertura dos arquivos secretos ou sigilosos do Estado. Sou a favor da abertura, de todas as aberturas e de nenhuma fechadura, a não ser a própria, aquela que botamos nas portas e que fecha e dura. O acesso aos papéis higienicamente guardados pelos sucessivos governos servirão aos historiadores e a um ou outro interessado pessoal. Quando abriram os habeas-data nos Dops da vida, o que apareceu de besteira não foi mole. Um amigo ficou sabendo que havia deflorado a própria mãe. O agente que registrou o grave e assombroso incidente usou o verbo "deflorar", que significa tirar a virgindade de uma mulher. No caso dos arquivos, por motivos legais e afetivos, é urgente e necessário saber o destino dos mortos e desaparecidos, por que, quando e como morreram ou desapareceram. É uma crueldade do Estado manter esse sigilo. Já bastam os ossos de Dana de Teffé, que ninguém até hoje sabe onde estão. Um país decente não pode guardar sua história nos porões de qualquer Estado ou de qualquer regime. Quem faz a nação é o povo, e não o Estado, muito menos o regime.

  • Uma tragédia brasileira

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 15/02/2005

    Reportagem, romance, poema, com páginas que misturam homens, objetos, animais, impulsos, máquinas, crueldades, loucuras, sexo desabrido, num completo rompimento de qualquer normalidade que possa dar segurança ao simples existir no dia-a-dia. - esta é talvez a única maneira de se resumir este livro de Márcio Souza sobre a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.

  • A luta de Vieira

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 14/12/2004

    Eis um livro que mostra a dimensão real de Antonio Vieira, do Padre Antonio Vieira, na formação deste País que é nosso. Nascido em Lisboa, era ele na realidade cidadão espanhol, já que Portugal pertencia, naquele começo do século XVII, à Espanha. Seria melhor chamá-lo simplesmente de o brasileiro Antonio Vieira.

  • Bombas & Bombas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/02/2005

    Só ficou espantado quem quis. A Coréia do Norte comunicou ao mundo, na semana passada, que já tem a sua bomba nuclear, fato mais ou menos previsto inclusive, e principalmente, pelos Estados Unidos. Mesmo assim, malharam o seu presidente, que fez o anúncio "em hora inoportuna" -segundo os especialistas em política internacional. E, por extensão, malharam o regime daquele país e o próprio país.

  • A rota de San Tiago

    O Globo (Rio de Janeiro), em 14/12/2004

    Fui convidado, em 1962, pelo diplomata Marcílio Marques Moreira para conhecer San Tiago Dantas. Com a curiosidade natural de jornalista e professor, visitei-o na residência da Rua Dona Mariana, em Botafogo, onde havia pelo menos mais 20 pessoas com o mesmo propósito.

  • A Coréia do Norte tem a bomba

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/02/2005

    Quando Einstein anunciou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que poderia ser fabricada a bomba atômica, já tinha conhecimento o sábio que outras bombas atômicas poderiam ser fabricadas no futuro. Previamente, outros países anunciaram em pouco tempo que possuíam ou possuiriam a bomba atômica. Foram empreendidos esforços para impedir a proliferação, mas a assinatura de tratados não vale nada, e a bomba ficou armazenada em arsenais, para uso eventual.

  • Casa-da-mãe-joana

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/12/2004

    O sistema partidário brasileiro só não está no fim porque nunca existiu. O Brasil jamais conviveu com a presença de partidos fortes, nacionais, com espaços ideológicos próprios e quadros criados através da militância. A hierarquia na política não é vertical, é horizontal. Vão tomando a frente aqueles que, pela capacidade de liderança, se vão impondo e, através do respeito e da capacidade, podem tomar decisões e ser obedecidos e seguidos.

  • Jamelão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Aos 91 anos, José Bispo do Santos, que é Jamelão para todos os efeitos, declara-se na prorrogação, diz que está no lucro. Apesar disso, reclama que a Mangueira quer aposentá-lo como puxador de samba, ele que continua sendo o maior de todos, consenso e referência das escolas de samba.

  • A claridade última de José Paulo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 10/12/2004

    Na perfeição do silêncio entrado na madrugada, deparamos a face de José Paulo Moreira da Fonseca, já, de outra paz, as mãos transparentes e vigorosas postas em sossego, o poeta-artesão e o pintor do encaixe; do tom como da elisão do verso. Morria no Botafogo de toda a sua mocidade; da primeira turma da PUC, dos formados em Direito, saídos do Palacete Joppert, em São Clemente, dos jardins cuidadosos, pisados pela universidade que começava.O bar do Cardoso, da primeira esquina, reunia esta quase meninada, do começo do debate do existencialismo; da lufada católica do neotomismo, de Maritain e do nosso Dr. Alceu; dos caminhos da fé de Bernanos ou Gabriel Marcel. José Paulo, de todos nós, tinha a casa mais próxima, à dos pais, Dr. Joaquim e D. Dulce.

  • O Brasil e a China

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Até a queda do Muro de Berlim e a súbita débâcle do "socialismo real", não se considerava compatível com os imperativos da razão e da teoria político-constitucional um governo representado pela coligação de partidos antagônicos, um neoliberal de mãos dadas com um comunista. Respeitava-se um mínimo de coerência ideológica no exercício do poder estatal, admitindo-se apenas parciais concessões no mundo das idéias, sem serem afetados os pontos essenciais dos respectivos programas.

  • O Brasil, quinta Guiana

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/02/2005

    Os mapas históricos do século XVIII espraiavam as denominações do extremo Norte do Continente, na declinação das cinco Guianas. Emoldurando as três européias, apareciam as, hoje, venezuelana e brasileira, esta do litoral do Oiapoque à Foz do Amazonas. Demoramos até hoje no responder a um desígnio antecipado pela geografia, no que fosse a nossa presença na área, de importância até agora relativa em nossa política externa. Só há a explorar aí uma profunda identidade cultural com as etnias africanas, a partir do Haiti - e em contraste com a latinidade espanhola - das Antilhas e, sobretudo, deste único Departamento francês assentado em terra firme do Novo Mundo. Mal conhecemos ainda esta Guiana, nem o foco de Caiena cujo símbolo de prestígio e modernização, inclusive, contrasta, por inteiro, com a velha imagem de uma região de banidos da pior espécie, no cativeiro da Ilha do Diabo que trancafiou, por 4 anos, o coronel Dreyfuss depois triunfalmente reabilitado de seu indigitado crime de traição à pátria.