O melhor verso
Faz tempo, fizeram um concurso para se saber qual o verso, isolado, que deveria ser considerado o mais bonito da literatura brasileira. Ganhou, acho que disparado, aquele verso de Castro Alves: "Auriverde pendão da esperança".
Faz tempo, fizeram um concurso para se saber qual o verso, isolado, que deveria ser considerado o mais bonito da literatura brasileira. Ganhou, acho que disparado, aquele verso de Castro Alves: "Auriverde pendão da esperança".
O professor Edgar Morin é conhecido no Brasil, não só por suas obras, que são numerosas, como por ter estado na Universidade Cândido Mendes, dando conferências sobre a crise planetária da qual já tanto nos habituamos que não a percebemos como antes, se não nós, os nossos antepassados. Escritor prolífico e bem orientado nas suas reflexões sobre o planeta, acaba de conceder à revista Le Point , uma entrevista arrepiante, tais as suas conclusões.
Há muitos brasileiros preocupados com o destino da língua portuguesa, ainda hoje inculta e bela. Se há um propósito deliberado de assassinar o português, não se pode garantir que o caminho inexorável seja o nosso improvável lingüicídio. Até porque registram-se reações muito importantes ao aparente descaso com que a matéria é tratada.
Sábado de dezembro, em frente à árvore de Natal, aqui na Lagoa. Na igreja de São José, redonda, paredes de vidro, o casal celebra bodas de ouro, filhos, netos, parentes. De repente, as paredes ficam estilhaçadas. Todos se deitam no chão, padre, sacristão, fiéis e infiéis.
Quem acompanha o noticiário policial, para saber como andar nas ruas e em que ruas andar, para saber, também, como agem os criminosos, alguns condenados a penas altas, mas desfrutando de liberdade nas ruas, deve estar impressionado com o número de jovens que se tornam criminosos, inúteis, portanto, para a nação. Não há dia sem que um ou mais jovens praticam assaltos, nas ruas, nos ônibus, nos pontos de aglomeração, sobretudo na avenida Paulista, quando ali falta o policiamento.
Já vivemos tempos mais chiques, em que artigos de jornal às vezes ostentavam epígrafes em língua estrangeira, sem tradução. Senti um pouco falta desses tempos agora, porque quis tacar aí em cima a epígrafe que, de qualquer forma, taco aqui embaixo, embora assim não seja mais epígrafe: will wonders never cease ? - jamais cessarão as maravilhas? É o que me pergunto, mais uma vez, ao tomar conhecimento das medidas que vêm sendo adotadas para nossa segurança, bem como dos conselhos que a experiência e o know-how (lá vem inglês de novo, devo ter-me exposto em excesso ao sereno na Barra da Tijuca) das nossas autoridades nos ditam. É uma demonstração cabal de que, ao contrário do que espalha a canalhocrática mídia, está tudo sob controle e nossa segurança, na verdade, só depende de nós mesmos.
O GUERREIRO DA LUZ QUE NÃO compartilha com outros a alegria de suas escolhas jamais irá conhecer as próprias qualidades e defeitos. Portanto, antes de começar qualquer coisa, busque aliados - gente que se interesse pelo você está fazendo. Não digo: “busque outros guerreiros da luz.” Digo: “encontre pessoas com diferentes habilidades, porque a luta de um guerreiro por seu sonho não é diferente de qualquer caminho seguido com entusiasmo.” Seus aliados não serão necessariamente aquelas pessoas que todos olham, se deslumbram e afirmam: “não existe ninguém melhor”. Muito pelo contrário: são pessoas que não têm medo de errar e, portanto, erram muito. Por causa disso, nem sempre o que fazem é elogiado ou reconhecido. Mas é este tipo de pessoa que transforma o mundo, e depois de muitos erros consegue acertar algo que fará a diferença completa em sua comunidade. Os aliados são pessoas que não podem ficar esperando que as coisas aconteçam, para depois poderem decidir qual a melhor atitude a tomar: elas decidem à medida que agem, mesmo sabendo que este tipo de comportamento é muito arriscado.
Pode parecer estranho que, após mais de sete décadas de convivência com a problemática jurídica, procurando alcançar seus fundamentos, eu ainda sinta necessidade de tecer considerações gerais sobre a justiça. Nada, no entanto, me parece tão criticável como, logo no início dos estudos jurídicos, pretender-se expor a própria teoria da justiça, às vezes após longa exposição das principais doutrinas sobre o assunto, desde Platão e Aristóteles até os mais celebrados autores contemporâneos.
Em comentário na CBN, falei sobre o trio final dos antigos times de futebol. Na formação clássica, o goleiro e os dois zagueiros formavam o aludido trio final: Castilho, Píndaro e Pinheiro, o trio final do Fluminense numa das melhores fases.
Comecei a ter receios quanto à integração do Cone Sul, particularmente ao Mercosul. Esse tema está presente em nossas preocupações permanentes porque essa iniciativa é sem dúvida nenhuma a mais importante tomada pelo nosso país e pela Argentina no sentido de mudar a história do continente.
Perdemos com Celso Furtado a voz mas não o recado maior - de um economista exposto a um momento canônico da vida do espírito brasileiro - que exprimia um tempo de fundação da nossa mudança. Representou singular remate do que logrou o cientista social, num País de frágil vocação para a plenitude do pensamento feito obra.
O ombudsman Marcelo Beraba telefonou-me semana passada comunicando que, estando meu nome na berlinda, faria o comentário que lhe cabia fazer sobre as indenizações. Obedecendo à regra básica do jornalismo, Beraba procurava ouvir o "outro lado", que era eu. Disse-lhe que nada teria a sugerir. Que fizesse a coluna com a independência e a competência que tanto admiramos nele.
Menos por conhecimento próprio, mais por informação generalizada na mídia, o governo Lula tomou conhecimento do aumento do PIB, tal como em 1995, e está, como acentuou Palocci, fazendo Lula cantar de alegria, embora não saiba ao certo como esse aumento se deu. Mas, na realidade, a indústria, a agroprodução e os demais setores da economia subindo com força, fizeram o país dar ao mundo demonstração de que o risco Brasil está caindo e deverá cair ainda mais.
Aproveito os dias de tratamento médico para reler com calma a obra de Machado de Assis. São vários volumes, numa edição bem apresentada. Machado é de longe o nosso maior escritor, o único de dimensão universal. Digo universal e não internacional - que são coisas e qualidades diversas.
Aproveito os dias de tratamento médico para reler com calma a obra de Machado de Assis. São vários volumes, numa edição bem apresentada. Machado é de longe o nosso maior escritor, o único de dimensão universal. Digo universal e não internacional - que são coisas e qualidades diversas.