A DRU e a crise
A crise que começou em 2008 não pode ser comparada à de 1929. Há 82 anos o mundo era outro, quase um fóssil dos tempos atuais. Foi uma crise da economia americana que, em ondas sucessivas, provocou marolas no mundo.
A crise que começou em 2008 não pode ser comparada à de 1929. Há 82 anos o mundo era outro, quase um fóssil dos tempos atuais. Foi uma crise da economia americana que, em ondas sucessivas, provocou marolas no mundo.
No seu novo livro “A soma e o resto”, — título que “tomou emprestado” de um livro de seu amigo Henri Lefebvre — lançado ontem no Rio com uma conversa entre o ex-presidente Fernando Henrique, a colunista Miriam Leitão e eu na Livraria Cultura, com mediação da editora de O País do GLOBO, Silvia Fonseca, dentro do projeto Prosa na Livraria, surge um retrato mais humanizado, muitas vezes ignorado, do intelectual Fernando Henrique, tido geralmente como um cético.
Assim como expectativa de direito é direito, em política, expectativa de poder é poder. Enquadra-se nesse caso a consultoria do (ainda) ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que após sair da prefeitura, em 2009, até dezembro de 2010 atuou privadamente, arrecadando milhões de reais, enquanto era candidato ao Senado pelo PT e um dos principais coordenadores da campanha da então candidata petista, Dilma Rousseff.
Li não sei onde que as autoridades responsáveis pelo tráfego aéreo decidiram diminuir o espaço entre os aviões em voos de carreira. Antes, a distância entre dois aparelhos devia ser de 15 milhas. Agora será de dez milhas, para facilitar a arrumação lá em cima e ganhar tempo na fila das chegadas. Não sei se estou certo ou se entendi errado. O fato é que o espaço lá em cima precisa de rigor, para efeito de navegação aérea. O céu não é o limite: há faixas congestionadas e atrasos cada vez mais frequentes.
A XXIV Conferência da Academia da Latinidade, que vem de se realizar em Hammamet, nas cercanias de Túnis, coloca o problema fundamental de saber se ainda se mantém um verdadeiro diálogo internacional, diante da emergências das "guerras de religião", da permanência do terrorismo e, sobretudo, como mostra a "primavera árabe", da ameaça do advento, após as ditaduras do Oriente Médio, de um inquietante fundamentalismo islâmico.
Somos entusiastas de todas as iniciativas que envolvem a proteção à infância e à adolescência, em nosso País. Elas são poucas, se comparado o vulto das necessidades.
Vem de terminar a Conferência das Nações Unidas, em Doha, no debate do que sejam, hoje, as prioridades de uma Aliança das Civilizações. Insistiu na defesa do desenvolvimento sustentável em todas as componentes de uma definitiva conquista da melhoria coletiva em nosso tempo e, sobretudo, na sua dimensão cultural. Ecoou a uma tônica na nossa experiência, nestas últimas décadas, mostrando que não se faz só do econômico e do social a conquista deste "mais ser" coletivo. Ela reclama uma tomada de consciência-fenômeno especificamente cultural - como responsável, tanto pela globalidade dos seus benefícios, quanto, sobretudo, da sua aceleração. É o que marca o nosso país, na busca de uma visão da justiça, no advento da melhoria social. Não é pelos progressismos simplesmente econômicos que se logra esse resultado, mas por uma política pública consciente, qual a que entremostrou o modelo Lula ao mundo, pela imediata redistribuição de renda na mudança.
A briga pelo aperfeiçoamento da educação brasileira não se limita mais a meia dúzia de abnegados. Hoje, há o generalizado convencimento de que é preciso mudar - e para muito melhor. Os discursos não são originais e esperar por milagres improváveis é deixar o sistema caminhar para um nó inexorável. Quem ganharia com isso?
A observação é de Euclides da Cunha "É difícil lidar com a saudade? Cuidado com a saudade". A saúde é fogo lento. A dor do fogo vai queimando o coração, devagarinho.
Este ano tanto o Natal quanto o ano-novo caíram num domingo (desculpem, não sei dizer se eles sempre caem no mesmo dia da semana e, portanto, não estou lembrando novidade nenhuma; tentei fazer as contas, mas não acertei, o finado Cuiuba tinha razão, sou meio fraco da ideia), ou seja, dia em que estas linhas modestas são publicadas. No domingo passado, minha intenção era escrever outra vez sobre o Natal e desejar a vocês boas festas, mas devo ter sido novamente acometido por um dos meus ridículos arroubos cívicos e trocado de assunto sem querer. Volta e meia, escrever é assim. Quando se vê, a desgraça já está feita.
No seu 'Dicionário onomástico etimológico da Língua Portuguesa', o eminente filólogo José Pedro Machado assim comenta a escrita 'Singapura':
Luiz Fernando Verissimo, filho do também escritor Erico Verissimo, é um dos maiores vendedores de livros do Brasil. Das suas mais de 50 obras publicadas, registra-se a venda de 5 milhões de unidades, com absoluta primazia para o seu “O analista de Bagé”, que passou de 100 edições. É um raro fenômeno literário, num país que ainda lê pouco.
Para iniciar um novo ano, a prudência nos recomenda tomar certas providências. Por isso ou aquilo, degradação dos homens e da natureza, o ano que passou foi marcado por calamidades que produziram enchentes, desabamentos e tsunamis, cuja responsabilidade foi creditada à natureza, que se sente agredida cada vez mais pelo homem.
Início de ano, tempo de previsões, geralmente furadas. A começar pelas do governo e seus técnicos, sobretudo os economistas. Sem qualquer ilação com os charlatões e pais de santo, que ficam excitados nesta época, anunciando mundos e fundos para seus devotos, gosto de ler as previsões alheias e de fazer as minhas.
Mais importante que definir que ter o sexto Produto Interno Bruto (PIB) do mundo não significa ter um país melhor - estamos em 84º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); em 88º no Índice de Desenvolvimento Educacional; ainda somos um dos mais desiguais na distribuição de renda do mundo, apesar dos avanços recentes - é entender que, para deixarmos de ser o 73º país no ranking de renda per capita, temos que encarar as reformas estruturais de que o país necessita para crescer sustentavelmente, principalmente na educação.