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Artigos

 
  • Da greve dos bombeiros ao partido militar

    As manifestações de rua dos bombeiros, por quase um mês a fio, marca, sem dúvida, uma nova etapa das pressões grevistas na presente democracia brasileira. Não é mais um comício; são horas a fio dos manifestantes junto ao Palácio Tiradentes, na cantilena incessante de bordões e invectivas, cantos e cantochões, numa continuidade de vigília que passou, também, a atravessar os fins de semana. Acampamentos de rua, barracas contra as portas da Assembleia Legislativa, em todo o contrário de uma debandada pelo cansaço. Estamos diante de uma maratona, somando às lideranças um verdadeiro corpo de tropa e suas próprias famílias. O novo do movimento é a sua fusão com a crença evangélica. Seu principal comandante manifesta-se, exatamente, na linha ostensiva da crença, e começa a sua conclamação, sempre, em nome de Deus, da mobilização da fé, cercado, inclusive, pela certeza profética de seu êxito.

  • Nem que o mundo caia sobre mim

    Nem tudo está perdido: o Brasil está proibido pela Constituição de fabricar armas nucleares e só poderá usar a energia atômica para fins pacíficos e para o bem maior da humanidade. Não é nada, não é nada, mas o Paraguai e a Bolívia já manifestaram, anteriormente, os mesmos e sadios propósitos, vale dizer, o mundo deverá se curvar ante a trindade augusta formada pelos três paladinos da paz e da prosperidade entre os povos.

  • Sarney Ponto Com

    Uma jovem americana, Sarah Law Wu, tem o endereço @sarney no Twitter. Ela explica que é o apelido que lhe foi dado por sua avó, no Colorado, quando era menina -hoje tem 34 anos.

  • Classe média lê muito

    O livro está sendo submetido, nos tempos atuais, a testes de toda ordem. Ora se discute se a versão impressa tem os seus dias contados, ora se duvida de que haverá, em poucos anos, o absoluto predomínio do livro digital. Existe até a versão de que o mais provável, mesmo, é que coexistam as duas versões, o que parece muito mais lógico.

  • Redesenho eleitoral

    Uma proposta de redesenho do mapa eleitoral brasileiro, a fim de reduzir a fragmentação partidária que tira a eficiência de nosso presidencialismo de coalizão, favorecendo a negociação fisiológica no Congresso, é o que propõe um trabalho conjunto do cientista político Octavio Amorim Neto, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas do Rio, o geógrafo Bruno Cortez, do IBGE, e Samuel Pessôa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV-Rio.

  • Mojimirim e Mojiguaçú

    Um professor encaminha-nos a seguinte questão: "Pelo Acordo Ortográfico, usa-se hífen 'nos vocábulos terminados por sufixo de origem tupi-guarani '-açu', '-guaçu', '-mirim', quando o primeiro elemento terminar por vogal acentuada(...). Pergunto: nesse caso, os topônimos 'Moji Mirim' e 'Moji Guaçu' devem ser hifenados? Há alguns colegas que defendem as formas 'Mojimirim' e 'Mojiguaçu?'

  • Teoria e prática

    Publicado na mais recente edição de Opinião Pública, revista de ciência política da Unicamp, um trabalho do cientista político Octavio Amorim Neto, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas do Rio, o geógrafo Bruno Cortez, do IBGE, e Samuel Pessôa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV-Rio oferece uma proposta de reforma do sistema eleitoral da Câmara dos Deputados.

  • Prossegue a reforma

    Procurando num calendário eletrônico este domingo, dia 19 de junho, me bati por engano com o 19 de julho e a informação de que é o Dia Nacional do Futebol, como se aqui os outros dias do ano também não fossem do futebol. O legislador que o instituiu devia estar pensando em criar um feriado ou, unindo a diversão aos negócios, obter verbas e cargos para uma Comissão dos Festejos do Dia Nacional do Futebol, participar com a família de viagens de trabalho à sede da Fifa na Europa, manter talvez algumas ONGs e diversas bocas-livres às custas do erário e, enfim, perseguir os objetivos com que se costuma legislar entre nós. A experiência induz a crer que alguém pegou, pega e pegará alguma grana com o Dia Nacional do Futebol, é isso mesmo, faz parte da nossa afamada realidade. Não é hoje, é daqui a um mês, mas não pude resistir ao comentário, que não vou poder fazer no dia exato.

  • Contra meus hábitos

    Como escrevi na crônica anterior, sou incapaz de extrair um recado na carta que dona Dilma dirigiu a FHC. Li considerações profundas a respeito, mas fiquei fiel à minha obtusidade hereditária e -como diria Nelson Rodrigues- vacum.

  • Às vésperas da 'guerra de religiões'

    Depois da revolução árabe vamos, de fato, à democracia? Ou estamos mergulhando no fundamentalismo, no Ocidente ou no Oriente Médio, num sentimento defensivo de identidade e não de efetiva coexistência internacional? A recente Conferência da Academia da Latinidade, realizada em Barcelona, examinou este contraponto, onde está em causa a possível regressão do pluralismo político sob o álibi do arranco democrático e do abate das ditaduras no Mediterrâneo muçulmano. Começam as interrogações com a reforma constitucional da Tunísia, que rejeitou o laicismo, e o perigo da aparição de partidos únicos, como o da Fraternidade Muçulmana, num novo alinhamento pressentido das forças políticas, no Egito.

  • Num bar em Buenos Aires

    Estou com a escritora venezuelana Dulce Rojas, tomando um café em Buenos Aires; discutimos sobre a ideia da paz, que tem andado muito distante do coração humano. Dulce então me conta a seguinte história:

  • Visão autoritária

    Não terá sido por acaso que no espaço de poucos dias o governo federal decidiu por medidas restritivas, em dois casos de repercussão nacional, com o objetivo de impedir, por razões diversas, que a sociedade se inteire de informações que estão sob o controle do Executivo.

  • O nó da questão

    Considero um saco abordar assunto que é comentado por toda a mídia. Talvez seja uma expressão do espírito de porco do qual a natureza me dotou, desde o berço distante até o túmulo próximo. Mas vamos lá.

  • Disputa tecnológica

    Uma disputa interna na base aliada do governo, que volta e meia tem consequências externas, é a do PSB com o PT por espaços políticos. Ter perdido para o PT o Ministério da Ciência e Tecnologia, que era seu feudo partidário desde o início do governo Lula em 2003, é uma ferida que não está cicatrizada, e tem reflexos políticos.