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Artigos

 
  • As vantagens do planejamento

    Uma longa prática nos ensina que o bom planejamento não deve passar de cinco anos.  Em geral, os planos decenais sugeridos pelo governo central, com raríssimas exceções, acabam fazendo água no meio do caminho.  Há fatores imponderáveis que se interpõem, no processo, frustrando expectativas.

  • Ficção científica

    Não sou curtidor do gênero, não acredito em disco voador nem em horóscopo. Contudo, e apesar das maravilhas tecnológicas e científicas de nosso tempo, considero que ainda estamos na era das cavernas em matéria de conhecimento do mundo físico em que estamos instalados.

  • Além da inflação

    No momento em que a inflação oficial de 2011 é anunciada como a mais alta desde 2004, atingido o teto da meta, mas sem ultrapassá-lo como muitos temiam, para alívio do governo, o economista André Nassif, da Universidade Federal Fluminense e do BNDES, em artigo que está saindo numa edição especial da Revista de Economia Política, editada por Bresser-Pereira, propõe que, devido à dificuldade para levar a taxa de juros ao centro da meta no ano, o prazo desse “ano oficial” poderia ser ampliado para 18 meses.

  • Saindo de férias

    Este ano, como sempre, vou viajar nas férias. Mas desta vez acho que lamentarei um pouco o afastamento daqui do terraço. Há muito tempo não lhes conto os acontecimentos no terraço, há novidades. Herculano, o gavião que volta e meia fazia ponto na esquina do alambrado, sumiu de vez. Em compensação, estabeleceu-se nas redondezas o casal de sabiás Wanderley e Ademilde, que deve ter ninho aqui perto e apresenta alguns duetos admiráveis, de manhã cedo e ao entardecer. Instalou-se também um clã de bem-te-vis, chefiado por Arnaldão, bem-te-vizão parrudíssimo, maior que certos pombos, e por Hildete, sua esposa, igualmente fortezinha e disposta.

  • O mundo e a glória

    Nunca vi nada igual. Ao descer no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, para cobrir a Copa do Mundo de 1998, fiquei pasmo diante de um enorme pôster de Ronaldo Fenômeno.

  • Todos 'japoneses'

    A eleição para a prefeitura de São Paulo, conforme está se desenhando até o momento, mais parece a perfeita tradução da mediocridade da política brasileira. Todos os candidatos até aqui apresentados são "japoneses", diz-se na gíria política, isto é, são todos igualmente desconhecidos do eleitorado e semelhantes nos seus anonimatos.

  • O amado rei do livro

    Teremos um ano bastante rico em matéria de cultura. Haverá, em 2012, a comemoração de dois significativos centenários: o do Barão do Rio Branco e o de Jorge Amado, ambos pertencentes à galeria de imortais da Academia Brasileira de Letras. O escritor baiano, pela grande aceitação popular de seus livros, ultrapassou as fronteiras da literatura, tornando-se um dos autores brasileiros que mais tiveram a obra vertida para a televisão e o cinema.

  • As novas letras K, W e Y

    O Acordo Ortográfico de 1990 inclui no alfabeto as letras k, w, e y. Não é preciso dizer que eram sempre lembradas, quando se contavam 23 letras, para serem utlilizadas com nomes estrangeiros e derivados portugueses (Kant, William, Yach, kantismo), e de certas abreviaturas e símbolos internacionais (k= potássio, km= quilômetro). Com a inclusão definitiva destas três letras, o nosso alfabeto passou a 26 símbolos gráficos. Esse fato suscitou algumas dúvidas a alguns de nossos leitores a que passaremos a responder.

  • Energia: Fonte de integração do Amapá ao Brasil

    Em hidreletricidade, energia limpa e inesgotável, o Brasil ocupa no mundo uma posição semelhante à da Arábia Saudita em petróleo. Graças a nossas características hidrográficas e nosso engenho técnico nos últimos 50 anos, mais de 90 por cento de nossa capacidade de geração se baseia em duas coisas gratuitas: a água das chuvas e a força da gravidade. Bacias hidrográficas generosas, com centenas de rios perenes e abundantes, se espalham por grandes regiões cujos regimes de chuvas são bastante diferentes. Quando barrados, constituem grandes lagos, energia potencial estocada que país nenhum possui. Em 1957, o Estado construiu a barragem de Furnas, para  garantir o necessário aumento de oferta. Com o esforço e o talento de várias gerações, tudo se aperfeiçoou. Como as chuvas também variam de região para região, o sistema foi interligado por linhas de transmissão, de modo a permitir que um operador central racionalizasse o uso da água disponí-vel em todo o país. Dessa combinação de características eminentemente brasileiras resultava uma altíssima confiabilidade. O Brasil, finalmente, tinha energia barata e segura que assegurasse força suficiente para a política desenvolvimentista iniciada por JK.

  • Almas grandes e pequenas

    Li em algum lugar que um cidadão francês, antes de se suicidar, deixou um bilhete explicando o seu gesto: "Estou cansado de abotoar e desabotoar os botões de minhas calças". Evidente que ainda não haviam inventado o zíper.

  • AL sem Brasil

    Apesar de ter uma viagem marcada para o Brasil durante a campanha presidencial, quem tiver curiosidade de saber a opinião de Mitt Romney sobre o país não terá nenhuma pista no principal documento divulgado até agora sobre a estratégia de política externa do mais provável candidato republicano à presidência dos Estados Unidos.

  • As aparências enganam?

    Um dos graves problemas brasileiros é o nepotismo, a ponto de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter sido obrigado a formalizar "a proibição de nomeação ou designação, para cargos em comissão e funções gratificadas em tribunais ou juízos, de cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau dos membros ou juízes vinculados".

  • Ambição reduzida

    A presidente Dilma parece estar com dificuldades para fazer a reforma ministerial que deveria marcar o recomeço de seu governo sem magoar sua base política, tão díspar e heterogênea que não cabe em um Ministério de tamanho normal. Esse Ministério tamanho GG - 39 ministros ou secretários com status de ministros - abarca não um programa partidário, mas os interesses dos vários partidos que tomaram a barca do governo, alguns deles quando a viagem já estava em andamento, como o PSD, que ainda não tem um lugar ao sol sob a proteção do governo Dilma, mas terá mais cedo ou mais tarde.

  • Conciliação

    O insuspeito sociólogo Luiz Werneck Vianna, homenageado no recente 15º Encontro da Sociedade Brasileira de Sociologia com o prêmio Florestan Fernandes, defendeu em entrevista ao "Valor Econômico" uma posição bastante independente com relação à Comissão da Verdade, servindo para colocar nos trilhos a pretendida revisão da Lei de Anistia de 1979.