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Artigos

 
  • O outro lado da torre de babel

    O Globo (Rio de Janeiro), em 30/01/2005

    PASSEI A MANHÃ INTEIRA EXPLICANDO que meus interesses não são exatamente os museus e as igrejas, mas os habitantes do país - e, desta maneira, seria muito melhor que fôssemos até o mercado. Mesmo assim, eles insistem; é feriado, o mercado está fechado.

  • Carência e mérito

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/01/2005

    Mais um plano lançado pelo governo para responder às críticas de sua apatia pela agenda social. Depois do Fome Zero e do Bolsa-Família, que trouxeram mais problemas do que soluções para o próprio governo, vem agora o Prouni, destinado a democratizar o ensino superior. Ao contrário dos programas anteriores, que pelo menos eram bem-intencionados, mas impraticáveis, o Prouni tem um erro de origem, expressando um conceito primário de ensino.

  • O jurista e o retorno democrático

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 29/01/2005

    Quando se comemorou o 20.º aniversário do retorno do Brasil ao regime democrático, políticos houve - mesmo entre os que apoiaram incondicionalmente o regime militar - que teceram loas à "sabedoria" com que teriam atuado naquele evento. Na realidade, não houve inesperada volta à democracia, a qual foi reconquistada aos poucos, sendo decisiva a participação de juristas nessa ocorrência.

  • O baile sem fim da hegemonia

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 28/01/2005

    A festa da reeleição de Bush não se avalia só em comparação com os gastos das posses anteriores. Afinal de contas, foram apenas US$ 44 milhões contra os 35 de Bill Clinton na sua primeira vitória. O novo vem tanto do novo recado no frio do 20 de janeiro quanto do luxo e da opulência da festa no coração de um país em guerra. Um baile somou-se a outro na farandola do rodopio do casal, terminando na coreografia texana dos donos da festa.

  • Responsabilidade fiscal e sex shop

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/01/2005

    Um avanço extraordinário para a moralização da administração pública foi a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Trouxe uma transformação institucional vigorosa para extinguir a irresponsabilidade de gestores públicos que não dão bola a qualquer controle.

  • Os problemas da cidade

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/01/2005

    Para se avaliar os problemas que a administração municipal deve enfrentar, basta o levantamento de todos eles e o seu cotejo com problemas do passado, que perduram na agenda dos prefeitos. Com o atual prefeito não é diferente. Insiste o titular do cargo que os gestores da fase Marta, a catastrófica, que ficou dinheiro em caixa, e insiste o atual prefeito que nada ficou, somente dívidas e dívidas altíssimas, brutais, mesmo, para os cofres do município.

  • A eficiência da Abin

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/01/2005

    Li no "Estadão" que o Planalto quer saber o que os movimentos sociais do país "acham do serviço de inteligência brasileiro, que tem como órgão central a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entidade que substituiu o extinto e malfadado Serviço Nacional de Informações (SNI)".

  • Juros nas alturas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/01/2005

    Temos cinco Copas do Mundo de futebol. É um de nossos títulos de glória no mundo. E temos, paralelamente, outro título de glória: estabelecemos os mais altos juros do planeta, um verdadeiro tsunami, para evitar o retorno da inflação.

  • O petismo de volta às origens

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/01/2005

    O começo do segundo tempo de Lula torna bem clara a noção do caminho à frente e da importância de uma imantação das bases, para o ganho de um segundo mandato. E de, por aí mesmo, acreditar-se numa substantiva política de mudança. Não é outro o ferrete efetivo da esperança do Brasil do outro lado. Um propósito efetivo de transformação continua o impulso de chegada ao poder, nascido do mais fundo do inconsciente social dos destituídos, a explicar a sua inédita paciência com o deslanche de um governo como o atual.

  • Salvando a minha pele

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/01/2005

    Aterrado, literalmente aterrado, pois se trata de uma tragédia que envolverá terra e Terra, li no último domingo o excelente artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp, sobre o péssimo futuro que nos aguarda.

  • O combate à pobreza

    Diário do Comércio (São Paulo), em 26/01/2005

    Desde que a história passou a ser escrita, a pobreza foi um assunto e um problema focalizado com freqüência. Não foi, portanto, o romantismo com os "Os Miseráveis", de Victor Hugo que mostrou a chaga social da pobreza, a tristeza que a envolve, o baixo padrão que nela se insere em permanência, mas a própria natureza humana, séculos após século, que multiplicou os pobres, e estabeleceu as classes sociais, com as diferenças conhecidas e combatidas, até agora inutilmente.

  • Os gestores culturais

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/01/2005

    James Joyce escreveu a maior obra literária do século 20, Ulisses, sustentando-se (mal) como professor de inglês, exilado da sua Irlanda natal. Franz Kafka suportou o trabalho burocrático de escriturário numa companhia de seguros para poder escrever suas incomparáveis parábolas sobre a condição humana como O processo e A metamorfose. E que dizer dos pintores malditos do impressionismo e do expressionismo, que se alimentavam de absinto e morriam de fome em suas mansardas? Van Gogh, o recordista dos leilões milionários de hoje, não vendeu uma só tela em seu tempo de vida. Todos estes artistas eternizaram a sua arte sem nenhum patrocínio, apoiados apenas pela crença interior na sua arte e movidos pelo impulso de criar sem nenhuma garantia imediata de sucesso.

  • De Proust a Agnaldo Timóteo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/01/2005

    O amigo admite: "Eu fazia um péssimo juízo de mim mesmo. Julgava-me um idiota desde os 15 anos, quando tentei ler Proust. Nunca ia além da página 50 ou 60. No Carnaval passado, decidi fazer uma higiene mental, apanhei o Proust e, maravilha, devorei os sete volumes, devagarinho. Agora posso me olhar no espelho".

  • A condição humana

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 25/01/2005

    Estudar um livro ou qualquer manifestação literária exclusivamente do ponto de vista estético ou político do momento foi a constante de uma corrente da crítica literária que se avolumou a partir do século XIX. Na linha dessa posição, muita gente se enganou - como se engana ainda hoje - pensando que a vanguarda está aqui quando está lá, lá quando aqui.

  • O diabo e o demônio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/01/2005

    Enquanto a mídia se esbofa na avacalhação do novo avião da Presidência da República, deixa de criticar, asperamente como devia ser o caso, os dois programas sociais que Lula, antes do avião, botou no ar para mascarar a política econômica: a médio e longo prazo, tornará mais dramático o desnível social que já se tornou um dos mais injustos do mundo.