Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Furlan e Lessa

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 01/07/2004

    O presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou, em Nova York - lugar excelente para afirmações - que o presidente do BNDES, o sr. Lessa, é subordinado do sr. Furlan, ele mesmo titular do Desenvolvimento, e ativíssimo ministro do corpo de colaboradores do chefe do governo. Estão entrando em rota de colisão os dois auxiliares do alto clero do lulismo, quando foi preciso o presidente dizer essas palavras, que agradaram a um e desagradaram a outro.

  • Escritores entre o Império e a República

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 30/06/2004

    Há alguns meses, voltou às estantes das livrarias, por uma feliz iniciativa da editora Topbooks e da Academia Brasileira de Letras, um clássico da epistolografia brasileira. Referimo-nos à Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, que, apresentada e anotada por Graça Aranha, ultrapassa em muito o âmbito de conversa entre amigos e levanta questões importantes acerca do papel do intelectual e do escritor no período compreendido entre o final do Império e os primórdios da República Velha.

  • O fascínio de um romance

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 29/06/2004

    O que, em primeiro lugar, se destaca neste romance de Amélia Sparano, "A espectadora (Entre o ocaso e o amanhecer)", é sua agilidade narrativa, pois, como se trata de uma história que repousa sobre personagens, a dinâmica do relato mantém um movimento incessante de situações que a romancista, como "espectadora", acompanha, minuto a minuto, de tal modo que é toda uma fascinante faixa de emoções que ela, como narradora, passa para o leitor.

  • O Zé-povinho e o povão

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 29/06/2004

    Há dois tipos de intelectual: o engajado, que, segundo Joãosinho Trinta, gosta do povo, mas por motivos táticos; e o alienado, que chuta para córner as conveniências ideológicas e, como a Chiquita Bacana da marchinha cantada por Emilinha Borba, "só faz o que manda o seu coração". Eventualmente, a sua razão.

  • Da imprensa livre

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 29/06/2004

    Uma democracia só se firma e se desenvolve, consolidando-se como uma instituição, quando tem uma imprensa livre a publicar, com critério e oportunidade, todos os assuntos que dizem respeito à opinião pública. O New York Times publica que tudo deve ser publicado, ou seja, tudo quanto interessa à opinião pública saber, comentar e reagir, se necessário for. A esse respeito, dão lições os franceses, que saem às ruas para as comunas e outras invectivas contra os governos.

  • Altas novidades

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 27/06/2004

    A coisa está boa, pelo menos do ponto de vista de quem precisa achar assunto para escrever, cruel fadário de cronistas, colunistas e assemelhados. Mais uma vez bendigo a sorte de não padecer de falta de assunto, mas de excesso. Olho as gazetas, é um nunca-acabar de novidades, inclusive algumas que a gente não entende bem, ou não entende nada, como o superávit primário. Posso estar esclerosado, mas não me recordo dessa conversa de superávit primário no passado. Deve ser parente do desenvolvimento sustentável ou da já talvez prematuramente abandonada espionagem participativa, de que cogitou o governo faz algum tempo. Vocês podem ter esquecido, mas falaram, sim, em espionagem participativa, a espionagem como direito básico de todo cidadão e mais uma lacuna que seria preenchida pela nova administração.

  • Um velho arretado

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 25/06/2004

    É inevitável, sendo político e sempre em campo oposto, não escrever sobre Leonel Brizola, que tinha na alma a herança dos caudilhos irredentos do Rio Grande do Sul, como Bento Gonçalves, Davi Canabarro e tantos mais, indormidos, de lança em punho, prontos para a peleja e a degola. Foi um pelejador.

  • O intelectual do ano

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 24/06/2004

    Não costumo - nem gosto - de escrever sobre livros neste canto de página. Mas não posso deixar sem registro dois dos mais recentes trabalhos de Alberto da Costa e Silva. Durante anos, em que ele como diplomata de carreira morava fora do Brasil, só o conhecia pela sua poesia, sendo ele filho de outro poeta.

  • Como um gênio morre pobre

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 23/06/2004

    São múltiplas as atrações culturais de Amsterdã. Na última visita feita à capital da Holanda, além da beleza das suas pontes líricas, pude me encantar com a esplendorosa Sinagoga Portuguesa, com as suas luzes eternas, antes passando pelo Rembrandt Corner, bem perto da casa em que morou o maior pintor holandês do século 17, hoje transformada em museu.

  • O vermelho e o negro

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 23/06/2004

    Colar o rótulo de bom ou mau, no fundo, é o ofício humano mais freqüente, aberto diante de cada um de nós diariamente, ou melhor, a cada minuto de nosso cotidiano. Se usamos aquela camisa, se vamos ou não vamos a algum lugar, se falamos ou se calamos, se comemos bife com fritas ou sem elas, nos departamentos mais nobres e nos mais prosaicos, não fazemos outra coisa a não ser navegar entre aquilo que nos parece o bem ou o mal, o necessário ou o supérfluo, o devo ou o não devo.

  • O caso chinês

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 23/06/2004

    O imbróglio China e Brasil, aparentemente resolvido, merece algumas reflexões. Do lado chinês, temos a sua legendária paciência. O chinês aprende, desde criança, a ter paciência, em tudo, na vida, da infância até a morte, O chinês não perde a paciência por nada deste mundo e, em revide, usa a sua arma preferida com tal perícia que o adversário acaba vencido, se também não agir com paciência. É uma luta das mais duras, mas que, no comércio internacional, tem de ser travada entre as partes.

  • Tragédia em ficção

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 22/06/2004

    Numa lista dos melhores romances de todos os tempos, feita há cerca de 50 anos na Europa, "Judas, o obscuro", de Thomas Hardy, ocupou o sexto lugar. A pergunta foi renovada, em Paris e em Londres no começo deste novo milênio, e "Judas" manteve sua posição. Listas e respostas a inquéritos não passam de opiniões, mas a escolha de Hardy como romancista merece atenção porque, ao ser publicado, em 1895, "Judas" foi classificado, por uma parte ponderável da crítica literária inglesa, como "lixo".

  • O salário do logro

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 22/06/2004

    Quando Vargas criou o salário mínimo, sabia que estava criando um caso, mas comprou a briga. Anos depois, quando aumentou o mínimo em 100%, encarou uma briga com os coronéis que deitaram manifesto, hoje considerado o começo do fim de seu segundo mandato e de sua vida.

  • A Unctad em São Paulo

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 21/06/2004

    Está sendo provado, cada vez mais e com mais intensidade, que o Brasil alça-se entre as nações, para vir a se colocar como uma das primeiras. Essa reunião da Unctad, organismo da ONU para o desenvolvimento, nos distingue com uma nota brilhante, que deve nos estimular a mais esforçar-nos, a fim de nos destacar na América do Sul e já visualizar, não diremos com pressa os G-8, mas às nações emergentes batendo á porta dos mais poderosos.