
Quarenta anos depois
Não tive com o Museu Nacional a relação afetiva que tinha com o Museu de Arte Moderna, que na madrugada de 8 de julho de 1978 foi também destruído por um incêndio.
Não tive com o Museu Nacional a relação afetiva que tinha com o Museu de Arte Moderna, que na madrugada de 8 de julho de 1978 foi também destruído por um incêndio.
Não foi surpresa a decisão pessoal do ex-presidente Lula de esticar a corda até onde for possível para manter sua candidatura à presidência da República no centro do debate político.
Evitemos ferir suscetibilidades falando em candidatura fake, farsa, palhaçada, carnaval, molecagem, chanchada, em relação ao circo armado para não cumprir a Lei da Ficha Limpa — promulgada por Lula nos tempos em que era presidente, e os anos não trazem mais.
A decisão Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de permitir que o candidato a vice Fernando Haddad participe da propaganda eleitoral no rádio e televisão como se candidato a presidente fosse, é mais uma das muitas heterodoxias a que tem se submetido os tribunais superiores da Justiça brasileira no pedregoso caminho provocado pela crise política e econômica que retira do PT a hegemonia política do país.
Todos nós somos arqueiros da vontade Divina. E, portanto, é indispensável saber que instrumentos temos à nossa disposição.
Em todas as entrevistas, sabatinas e debates de que têm participado, os candidatos à presidência da República mais viáveis até o momento apresentam ao eleitor metas sem levar em consideração a realidade das contas públicas.
Muito oportuna neste ano eleitoral a série “Política: modo de fazer” que a GloboNews inicia hoje em parceria com a Maria Farinha Filmes e o Instituto Update, revelando novas práticas surgidas em comunidades e periferias.
O episódio em que o ex-ministro José Dirceu levou uma bronca do então presidente Lula, incluído no seu livro de memórias, que Ancelmo Gois revelou ontem, foi talvez o primeiro choque petista na burguesia brasileira, poucos meses depois de chegar ao poder.
A eleição presidencial mais atípica desde a redemocratização tem características singulares, como já salientou Fernando Gabeira em recente artigo em que ressaltou a estranheza de um candidato concorrer da prisão, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, e outro, referindo-se ao Cabo Daciolo que subiu a uma montanha para orar, estar “a caminho do hospício”.
Fizeram para mim a pergunta do momento: “Você já sabe em quem vai votar pra presidente?”. Respondi que não, eu e a torcida do Flamengo, exagerando um pouco.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pode tornar hoje o candidato à presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro réu pela segunda vez. Ele já o é por incentivo ao estupro, devido ao episódio envolvendo a deputada Maria do Rosário.
Com a fina ironia que lhe é peculiar, o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan cunhou a frase “no Brasil, até o passado é incerto”, uma decorrência do que um de seus autores preferidos, Millor Fernandes, disse de nosso país: “a cada 15 a 20 anos o Brasil esquece o que aconteceu nos últimos 15 a 20 anos”.
Em 1986, na cidade de Logroño, participávamos de um casamento quando o meu guia, Petrus, começou a falar das três palavras que os gregos usam para designar amor: Eros, Philos e Ágape.
Nelson Rodrigues deve estar mordendo a língua. Como poderia prever que ele próprio desmentiria uma de suas mais famosas afirmações, a de que “toda unanimidade é burra”? Não sei se existe hoje no teatro brasileiro uma unanimidade mais inteligente do que ele.
A partir das eleições de 2006, o Nordeste passou a ser um reduto eleitoral petista. Foram seis turnos de vitórias avassaladoras. Em trabalho recente, o cientista político e professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jairo Nicolau analisa fatores que podem afetar a intensidade da transferência de votos no principal reduto petista, sem a presença de Lula nas campanhas e, sobretudo, na urna eletrônica.