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Biografia

Terceiro ocupante da Cadeira 28, eleito em 1º de abril de 1943, na sucessão de Xavier Marques e recebido pelo Acadêmico Cassiano Ricardo em 20 de dezembro de 1943. Recebeu o Acadêmico Luís Viana Filho.

(Paulo Menotti del Picchia), poeta, jornalista, político, romancista, contista, cronista e ensaísta, nasceu em São Paulo, SP, em 20 de março de 1892, e faleceu na mesma cidade em 23 de agosto de 1988.

Foram seus pais Luís del Picchia e Corina del Corso del Picchia. Fez os estudos ginasiais em Campinas, SP, e diplomou-se em Ciências e Letras em Pouso Alegre, MG. Cursou depois a Faculdade de Direito de São Paulo, publicando durante o curso seu primeiro livro de poesias, Poemas do vício e da virtude, em 1913. Foi agricultor e advogado em Itapira, onde dirigiu o jornal Cidade de Itapira e fundou o jornal político O Grito. Lá escreveu os poemas Moisés e Juca Mulato, ambos publicados em 1917. Passou a residir em São Paulo, onde foi redator em diversos jornais, entre os quais A Gazeta e o Correio Paulistano. Fundou o jornal A Noite e dirigiu, com Cassiano Ricardo, os mensários São Paulo e Brasil Novo. Colaborou assiduamente no Diário da Noite, onde por muitos anos manteve uma seção diária sob o pseudônimo de Hélios, seção que ele criara, em 1922, no Correio Paulistano, através da qual divulgou as notícias do movimento modernista.

Com Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros, foi um dos arautos do movimento, participando da Semana de Arte Moderna de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e outros, realizou o movimento Verdamarelo; depois, com Cassiano Ricardo e Mota Filho, chefiou o Movimento Cultural da Bandeira.

Além de jornalista militante exerceu inúmeros cargos públicos. Foi o primeiro diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado de São Paulo; deputado estadual em duas legislaturas, membro da Constituinte do Estado e deputado federal pelo Estado de São Paulo em três legislaturas. Presidiu a Associação dos Escritores Brasileiros, seção de São Paulo.

Embora tenha incursionado por vários gêneros literários, é a sua poesia que destaca o sentido nacionalista do modernismo, do qual foi considerado precursor o seu poema Juca Mulato. A sua origem estética, no entanto, ainda se prende ao Parnasianismo, o que se percebe em sua poesia pela grandiloquência e floreios verbais. Em 1982, foi proclamado Príncipe dos Poetas Brasileiros, o quarto e último deste título que pertenceu anteriormente a Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano. Em 1984, recebeu o Prêmio Moinho Santista na categoria poesia.

Atualizado em 31/03/2016.