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Biografia

Quinto ocupante da Cadeira 13, eleito em 6 de junho de 1918, na sucessão de Sousa Bandeira e recebido pelo Acadêmico Lauro Muller em 26 de novembro de 1919. Recebeu o Acadêmico Alberto de Faria.

Hélio Lobo (H. Leite Pereira), diplomata, ensaísta, biógrafo e historiador, nasceu em Juiz de Fora, MG, em 27 de outubro de 1883, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de janeiro de 1960.

Foram seus pais o dr. Fernando Lobo Leite Pereira e d. Maria Barroso Lobo. Teve em seu pai um dos políticos mais íntegros da República,  mestre e guia que o norteou desde a adolescência para o estudo. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1903. Pouco depois publicou o livro Sabres e togas, em que abordou as mais controvertidas questões de direito penal militar.

Ingressou no Itamarati, quando dominava o prestígio do Barão do Rio Branco. Não tardou muito para que Hélio Lobo revelasse uma vocação para a diplomacia. Em 1907, foi destacado para o Tribunal Arbitral Brasileiro-Peruano e, a seguir, para o Brasileiro-Boliviano, sempre ocupando o lugar de secretário. De 1910 a 1915, passou de terceiro a primeiro oficial da Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Em 1912, foi secretário da Junta de Jurisconsultos Americanos, encarregada de codificar no Rio de Janeiro o Direito Internacional americano.

Foi por essa época que Hélio Lobo começou a escrever os seus primeiros trabalhos sobre a diplomacia brasileira. Isolando-se na biblioteca do Itamarati, compulsando documentos, reuniu material para muitas obras, que lhe dariam um lugar primacial na história da diplomacia. Ao mesmo tempo pela  ação diplomática, desenvolveu uma prestigiosa carreira como cônsul-geral em Londres e Nova York (1920-1926); secretário geral da Delegação do Brasil na Conferência de Versalhes (1919); delegado à IV e à V Conferência Internacional Americana (1910 a 1923); delegado à Conferência para a Manutenção da Paz (1936); ministro do Brasil em Montevidéu e em Haia (1926-1932); representante do Brasil na Conferência sobre Proscritos da Alemanha e Áustria, em Evian (1938). Foi delegado do governo do Brasil às Conferências Internacionais do Trabalho (de 1938 a 1939 e de 1947 a 1951); representante do Brasil no Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra e Montreal (1938 a 1941 e 1947 a 1951).

Atualizado em 12/09/2017.