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Artigo

  • Tancredo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/04/2005

    Os 20 anos da morte de Tancredo Neves reabriram os acontecimentos que impediram sua posse na Presidência da República. Sempre que acontecem casos de grande dramaticidade, surgem teorias conspiratórias. Na Itália, um jornal chegou a denunciar "la Mafia bianca", a máfia dos aventais brancos. Acompanhei os lances de sua eleição. No dia 12 de março, Mauro Salles telefonou-me avisando que ele queria jantar no dia seguinte com alguns amigos jornalistas, para ser exato, apenas quatro. Eu não poderia ir, porque estava preparando o primeiro número da revista "Fatos", cuja capa seria o novo presidente do Brasil.

  • Vôte, arreda, urucubaca!

    Lula começa a sair da onda de desencanto dos 500 dias. Marta emparelha com Serra no tira-teima que parece que serviu como decisivo para o plebiscito antecipado do governo, e agora chega o número chave para vencer-se as areias movediças da estabilidade econômico-financeira assentada na jugular do mítico superávit primário. Teríamos saído da dita inserção passiva na globalização nesses atuais 2 bilhões de saldo nas transações correntes, o maior resultado já ocorrido desde 47, quando começam os dados do IBGE. O sucesso estrondoso do setor de exportações nos empresta um saldo comercial de 24% este ano, quando o comércio mundial cresceu 2,5%. E não é bolha, como insinuou o ex-ministro Sayad, mas resultado para ficar, num impulso ao resto do país que aumenta as vendas internas.

  • A humanidade na praça

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 22/04/2005

    O mundo viveu nesses dias a condição inédita de um consenso universal em torno da morte de João Paulo II. Mais do que qualquer protocolo de aparências entre a emoção e o longo preparo para o desfecho em que se fez o preparo à perda do pontífice, neste misto único de despedida e alegria quase radiosa na massa comprimida entre as colunatas de Bernini. O Arcebispo Camilo Ruini, de Roma, deu o mote desta transposição quase luminosa no dizer que João Paulo II já "tocava o Senhor". E a mobilização de todo o mundo dobrou e redobrou a peregrinação única dos tempos modernos que, afinal, socou-se junto à fachada de Miguel Ângelo, a fortalecer o recado do Papa ao mesmo tempo sem concessões e congraçador dos caminhos do mundo. Indiscutível o portento na quebra de escalas nas boas avalanches da humanidade, na materialização única do seu peso, e de uma voz universal.

  • O método em Proust

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 10/08/2004

    Há sempre, no caso do maior escritor do século XX, que se atentar para o Método. Pois nisto reside o plano mais largo da obra de Marcel Proust. Livros como o de Edmund White, da maior utilidade no entendimento das "experiências proustianas", estuda com pormenores as figuras que cercaram Proust, principalmente Robert de Montesquieu, mas não se preocupa demasiadamente com a técnica literária do autor.

  • A unidade ortográfica

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 10/08/2004

    Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite expressões regionais - o mesmo acontecendo com todas as línguas do mundo.

  • O sucesso escolar

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 09/08/2004

    Durante muitos anos, discutimos as causas do fracasso escolar. Seria falta de recursos, poderia ser o despreparo dos professores, seus baixos salários, currículos excessivamente dimensionados ou até mesmo uma imensa e demorada crise de auto-estima, gravando os sistemas.

  • Pio 9º e João Paulo 2º, o drama de dois papas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/04/2005

    Escrevo esta crônica antecipadamente. Quando sair publicada, talvez já se conheça o nome do novo papa -assunto obrigatório dos últimos e próximos dias. Lendo a diversidade de matérias na mídia, a nacional e a internacional, pesquei um detalhe sem importância. Apesar de agnóstico, sempre conservei pela igreja a gratidão pelo que me ensinou e o respeito que ainda me causa.

  • Saúde para dar e vender

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 08/08/2004

    Acho que estou me tornando um exemplo para a terceira idade, que, aliás, não sei bem o que é, pois uns me dizem que começa aos 60, outros aos 65. Mas já me chamaram de ancião mais de uma vez e venho me adaptando esplendidamente à situação, depois de alguns percalços normais para um principiante. Claro, não sou perfeito e admito que prossigo adiando para a segunda-feira (não esta que vem aí, que está muito em cima; a outra) minha volta ao calçadão. Receio fazer uma imediata legião de desafetos, mas a verdade é que já tentei, já até fixei um sorriso hipócrita na cara ao chegar ao calçadão, mas abomino andar nele, a dolorosa realidade é esta, não dá mais para esconder. Nunca me senti bem nem antes nem depois, mesmo insistindo durante meses. Devo padecer de endorfinopenia incurável, expressão que acho que acabo de inventar agora, para descrever a conclusão de que as famosas endorfinas não gostam, ou desistiram, de aparecer no meu organismo. Será talvez uma das incontáveis deficiências que a Natureza me dadivou, mas o único efeito que andar no calçadão exerce em mim é encher o saco - sem pretender deslustrar nenhum andador extremado, respeito a opção sexual de todos, sou muito politicamente correto.

  • Um tiro no pé

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 06/08/2004

    Em agosto de 1954, exatamente no dia 5, completando agora 50 anos, ocorreram o atentado da rua Tonelero a Carlos Lacerda e a morte do major Rubens Vaz, início do processo que levaria à morte de Vargas. Lacerda foi o maior orador parlamentar que conheci. Ele sabia ser violento, contundente, sarcástico e temerário. Mas era brilhante.

  • Ainda no labirinto

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/04/2005

    Depois de três semanas em que os nossos sentimentos se alternaram entre tristeza e alegria, voltamos ao cotidiano. Foram dias de muitas emoções. Primeiro, o longo sofrimento do papa João Paulo 2º, depois, a pompa dos funerais, a comoção do mundo.

  • Monstros contra deuses

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 04/08/2004

    Sucesso em Hollywood depende menos de talento e mais de estar no lugar certo na hora certa, dizia William Henry Pratt, ator inglês que emigrou para os Estados Unidos em 1913, adotou o nome de Boris Karloff e tornou-se mundialmente conhecido ao interpretar o monstro no filme Frankenstein, do diretor James Whale. O lugar certo para Karloff alcançar o sucesso foi a lanchonete do estúdio da Universal, em Hollywood, onde o diretor Whale tomava chá gelado e, ao vê-lo, impressionou-se com seu rosto.

  • Almoço de trabalho

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 04/08/2004

    Por obra e desgraça de um amigo, fui convidado a uma façanha que sempre evitei: um almoço de trabalho. Já ouvi falar em café da manhã igualmente de trabalho, como sempre ouvi falar de disco-voador e de mula-sem-cabeça.

  • Presença de Cyro

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 03/08/2004

    Mesa-redonda, promovida na semana passada pela Academia Brasileira de Letras, tratou da obra de Cyro dos Anjos, sobre a qual falamos Ledo Ivo, Sábato Magaldi e o autor destas linhas.

  • Não morra o MASP

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 02/08/2004

    Num dia de fevereiro de 1948 apresentei-me a Oswaldo Chateaubriand, irmão mais moço de Assis Chateaubriand, que me havia convidado para integrar o corpo diretivo das empresas Associadas em São Paulo. Imediatamente, Oswaldo se levantou de sua cadeira e me pegou pelo braço para conduzir-me a sala de dr. Assis, como era chamado o velho capitão por todos os funcionários das empresas. Eu ia entrar para onde me chamava a vocação.