Mesa-redonda em homenagem a Guimarães Rosa
Publicada em 20/09/2006
Publicada em 20/09/2006
Publicada em 20/09/2006
Publicada em 18/09/2006
Publicada em 18/09/2006
Publicada em 18/09/2006
Publicada em 18/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Publicada em 15/09/2006
Mergulho nos poemas de Amélia Sparano. É mergulho mesmo, com toda a atenção posta em suas imagens, em suas palavras, em seu ritmo e até em seu silêncio. Entre a leitura de um poema e de outro sinto que o movimento de significados se apossa de mim de tal modo que percebo os dois idiomas em que ela escreve - o italiano e o português - como que se unindo e se mesclando de modo natural.
Os incidentes finais da legitimação da chapa presidencial eleita no México abrem uma nova brecha na validade das instituições latino-americanas. O candidato Lopez Obrador, perdendo a eleição por frações mínimas, pediu e obteve a recontagem de votos, forçando ao extremo as regras do jogo democrático. Não obstante a clara sentença final da Corte Suprema pelo candidato Fernando Calderón, o perdedor, em manifestação inédita, neste último século, em todo o Continente, negou-se em aceitar a voz das urnas referendada pelo martelo do Judiciário.
Em tempos de eleição duas coisas são impossíveis: lazer e meditação. Quanto ao primeiro, nem pensar. Todos os momentos são tomados e às vezes os organizadores de agenda fixam vários eventos na mesma hora: às oito horas, três cafés em lugares diferentes, para discutir coisas diferentes. E aí entram taxistas com enfermeiros, pequenas empresas com agentes de saúde. A tudo se tem que estar atento. Isto sem perder a paciência e atrasar. Mas políticos não têm horários. Horário foi feito para organizar a vida da gente e dos outros, mas a minha experiência é que o atrasar faz parte de nossa cultura política. Eu fico angustiado. Sou homem de cumprir horário, mas quase sempre recebo a desculpa: "O pessoal não chegou. O senhor chegou na hora…".